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Os últimos jogos da 13ª e 14ª rodadas do Brasileirão foram marcados por algo que, em tese, deveria acontecer com pouca frequência: reclamações contra a arbitragem. Flamengo, Grêmio, Goiás e Atlético-MG estão entre os times que viram nos árbitros o motivo do insucesso do elenco na partida.
Confira abaixo os protestos, do mais ao menos recente, contra a arbitragem e quais foram as contestações feitas: -
Botafogo 2 x 0 Grêmio – 9/7
No último domingo, o Grêmio perdeu a invencibilidade na Arena depois da derrota para o Botafogo. A resposta de Renato Gaúcho no pós-jogo surpreendeu a todos: ele listou uma série de erros de arbitragem que têm prejudicado o Tricolor Gaúcho.
Para o técnico, o clube foi afetado no Brasileirão e na Copa do Brasil, quando o gol de Villasanti contra o Cruzeiro foi anulado, quando não houve a marcação de pênalti em dois jogos contra o Bahia e, o mais recente, a não marcação de um pênalti em Bitello enquanto o jogo contra o Glorioso estava empatado.
"Seneme [chefe da Comissão de Arbitragem], você está cobrando da arbitragem? O que se faz com o VAR? Por que não tem chamado o árbitro de campo? O adversário segura e puxa pela camisa o Bitello", reclamou -
Goiás 3 x 4 Santos – 9/7
A quebra do regime de derrota do Santos, no último domingo, não agradou nada ao vice-presidente do Goiás, Harlei Menezes. O dirigente fez duras críticas à atuação do árbitro Bruno Arleu, depois de ele, mesmo contrariado pela cabine do VAR, ter mantido o pênalti marcado para o Peixe, nos 47 minutos do segundo tempo.
"Isso é um escândalo. O que aconteceu aqui hoje não tem outro nome. Mais um capítulo desastroso do futebol brasileiro. Um futebol sem credibilidade, um futebol que está esfacelado e que tem tragédias anunciadas em todas as rodadas, como a que sofremos em São Januário", disse após a partida -
Palmeiras 1 x 1 Flamengo – 8/7
Após o empate contra o Verdão, o diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta, criticou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nas redes sociais. O profissional tornou pública a revolta do time com a não marcação de pênalti em cima de Everton Ribeiro, após um choque com Ríos.
"Não tem chororô nem mimimi aqui, mas fica ruim para a CBF e principalmente para a continuidade da competição pela forma que estão conduzindo as coisas", escreveu.
O clube carioca vai até a sede da entidade, no Rio de Janeiro, para fazer uma representação formal contra a arbitragem de Ramon Abatti Abel -
América-MG 1 x 3 Coritiba – 8/7
O América-MG saiu do campo do Couto Pereira com a promessa de que iria à CBF reclamar de um "pênalti inexistente" marcado para o Coritiba e de uma falta não marcada ao próprio time. Segundo o clube, no pênalti, a bola bateu no peito de Danilo Avelar antes de bater no braço, o que não seria considerado penalidade máxima.
"O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, em palestras realizadas aos clubes, já comentou que o braço de apoio em lances assim não é para resultar em pênalti, ainda mais com o toque anterior no peito do atleta", disse.
Já no segundo gol do adversário, a direção alega que houve uma falta em Juninho no início da jogada, que foi ignorada. O time ainda criticou que nenhuma das duas jogadas foi revisada no VAR -
Atlético-MG 2 x 2 América-MG – 2/7
No empate do clássico mineiro, Felipão fez questão de deixar clara a sua insatisfação com a arbitragem. O técnico foi expulso de campo, assim como o capitão do time, Hulk. Para Felipão, existe uma ordem da CBF para punir o atacante: "Se o Hulk olhar feio, já é cartão amarelo".
Ele ainda diz que o árbitro da partida, Wilton Pereira Sampaio, tem um problema pessoal com o Galo. "Só ver o histórico dele com o Atlético. Só pegar e ver", afirmou.
A origem da confusão foi a não punição de Maidana com cartão pela falta cometida no próprio Hulk -
Palmeiras 2 x 2 Athletico Paranaense – 2/7
Uma das confusões com a arbitragem que mais ganharam notoriedade no Brasileirão foi a protagonizada pelo Palmeiras, após João Martins, auxiliar técnico de Abel, tornar pública sua indignação com a "revoltante" arbitragem brasileira, que "é especialista em perder tempo".
O profissional alega que, o árbitro da partida contra o Athletico, Jean Pierre Gonçalves Lima errou em não expulsar Zé Ivaldo depois da falta cometida em Endrick, que deu origem ao primeiro pênalti do jogo — o zagueiro do Athletico ganhou apenas um cartão amarelo.
O auxiliar também reclamou que Pierre começou "a dar faltinhas e mais faltinhas", situação que pode ser danosa para os jogadores. Para ele, o cenário é premeditado, e o sistema (a CBF) não quer que o Palmeiras conquiste dois Brasileirões seguidos.
O auxiliar chegou a ser denunciado no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após as falas, consideradas infundadas, infantis e até xenofóbicas pela CBF