Corinthians vacila outra vez, leva empate no fim e perde chance de voltar ao G-6
Em Florianópolis, Camacho marcou para o Timão e Rafael Moura descontou para o Figueira
Futebol|Do R7
Corinthians e Figueirense deixaram a emoção da partida para os minutos finais e o time catarinense foi premiado pela vontade na noite desta quarta-feira. Mesmo sem ter uma grande atuação, a equipe paulista tinha a vitória na mão, mas levou o gol aos 47 minutos do segundo tempo e deixou o estádio Orlando Scarpelli com o empate por 1 a 1 e um sabor de derrota. O estrago foi tão grande que, além de evitar a derrota, o gol de Rafael Moura tirou a equipe paulista do G6.
O placar acabou sendo um resultado mais justo, tamanha limitação demonstrada pelas duas equipes ao longo de toda a partida. O resultado fez o Corinthians chegar aos 51 pontos e se manter em sétimo, enquanto o Figueirense segue sua árdua luta contra a degola, agora com 34 pontos, na 18ª posição.
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Como se já não bastasse a necessidade de recuperar a autoestima, abalada após a goleada sofrida por 4 a 0 para o São Paulo, na rodada passada, o temor antes da bola rolar era com a inexperiência da defesa corintiana. Pedro Henrique tem 21 anos, Guilherme Arana, 19, jogou na lateral-esquerda e o garoto Léo Santos tem apenas 17 anos e fazia nesta quarta seu primeiro jogo como profissional.
Logo de cara, o defensor tinha que encarar o veterano Rafael Moura, que não é craque, mas tem experiência de sobra e poderia atrapalhar sua estreia. Para se ter ideia, quando Léo Santos nasceu, Rafael Moura já jogava na base do Atlético-MG, onde se profissionalizou.
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Apesar da discrepância de idade, o menino teve uma atuação segura e deixou um belo cartão de visita. No Corinthians, muitos apostam que o ele será o novo Marquinhos, que saiu da base e se tornou zagueiro do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira.
O desafio entre o jovem zagueiro e o experiente atacante foi, inclusive, uma das poucas coisas atrativas da partida. Léo Santos mostrou personalidade e sangue frio, mesmo quando Rafael Moura tentava intimidá-lo e apostava nas jogadas de corpo a corpo.
Mas a falta de qualidade técnica demonstrada pelos dois times serviu para mostrar porque uma equipe luta para evitar o rebaixamento e a outra até briga pelo G6, mas sem convencer a quase ninguém.
O único momento que se viu um lance de habilidade coube a Camacho. Aos 43 minutos, quando o torcedor já bocejava e esperava ver uma partida de futebol no segundo tempo, o volante pegou a bola na frente da área, deixou três no chão e bateu com estilo: um belo gol.
Na volta para o segundo tempo, as substituições deixaram claro o que cada treinador pensava da partida. O Figueirense, desesperado, se lançou ao ataque. Oswaldo de Oliveira apostava na inércia e no relógio a seu favor. Só foi mexer no time nos minutos finais. Mesmo assim, quase os visitantes marcaram mais um, com um chute cheio de curva de Giovanni Augusto, que parou na trave.
O esforço dos visitantes valeu a pena. Aos 47, Yago cobrou falta quase do meio-campo e Rafael Moura desviou de cabeça. Corinthians pagou caro por sua covardia e deixou Santa Catarina com um ponto. Mesmo aos trancos e barrancos, a equipe continua na briga pelo G6.