-
O Brasil está eliminado da Copa do Mundo de 2022. A seleção perdeu nos pênaltis para a Croácia e deixou o Mundial nas quartas de final — o mesmo desempenho de quatro anos atrás, na Rússia. Aqui estão sete motivos por que o time dirigido pelo técnico Tite caiu cedo na briga pelo hexacampeonato
-
Neymar sem bater pênalti
Melhor cobrador de pênalti da seleção brasileira, Neymar foi escalado pelo técnico Tite para ser o quinto — e último — batedor do Brasil contra a Croácia. Mas, com os erros de Rodrygo e Marquinhos, o craque do PSG nem teve a chance de cobrar: a equipe foi eliminada antes -
Alisson não brilhou
Considerado um dos melhores goleiros do mundo, Alisson não brilhou quando o Brasil mais precisou dele. O jogador do Liverpool deixa a Copa do Mundo sem ter sido decisivo. Contra a Croácia, a única bola que foi em direção ao gol entrou, contando com o desvio na zaga brasileira. Nos pênaltis, o goleiro não deu mostras de que iria pegar alguma cobrança croata -
Livakovic brilhou
Em compensação, o goleiro croata Livakovic foi um dos destaques do jogo. Ele terminou a partida com a incrível marca de 11 defesas, algumas cara a cara com os atacantes brasileiros. Para coroar a apresentação, ainda pegou o pênalti de Rodrygo no início das cobranças, dando tranquilidade para que a Croácia conquistasse a classificação -
Substituições equivocadas
Tite não acertou nas mudanças que fez contra a Croácia. Vinícius Jr., que vinha fazendo uma boa partida, saiu ainda no primeiro tempo para a entrada de Rodrygo, que perdeu o primeiro pênalti brasileiro. Antony e Pedro também não conseguiram decidir o jogo depois de terem saído do banco, enquanto Fred, que entrou na prorrogação, não ajudou a segurar a bola para evitar o gol da Croácia -
Convocação capenga
O problema de Tite ter mexido na partida está ligado à convocação capenga da seleção brasileira, com nove atacantes, poucos meias de criação e um lateral-direito que não era confiável. Assim, Tite só tinha Everton Ribeiro como opção para tentar dar mais qualidade à organização das jogadas. Mesmo assim, o treinador não usou o jogador do Flamengo. Além disso, Tite não tirou Danilo de campo, mesmo com o lateral sentindo dores. O técnico optou por colocar Alex Sandro no lugar de Militão, mesmo sem que ele estivesse totalmente recuperado de uma lesão, em vez do veterano Daniel Alves -
Não soube segurar o resultado
Faltou maturidade para segurar o resultado no segundo tempo da prorrogação. Com a vantagem no placar, o Brasil recuou e deixou a Croácia crescer, até que o rival chegou ao gol, quando faltavam três minutos para o fim da partida. Thiago Silva, Marquinhos, Casemiro e Neymar, os jogadores mais experientes da seleção, não conseguiram controlar o ritmo do jogo. Além disso, a seleção levou o gol em um contra-ataque, e ninguém no meio-campo matou a jogada -
Pouco treino contra europeus
Essa era uma bola cantada. A seleção brasileira só enfrentou um time europeu nos quatro anos de preparação para a Copa. Foi em 2019, em um amistoso contra a República Tcheca. No Mundial, o Brasil teve dificuldade contra os rivais do continente. Na primeira fase, bateu a Sérvia e a Suíça, mas com gols apenas no primeiro tempo. Diante da Croácia, teve o sexto tropeço seguido diante de seleções da Europa em Copas. A última vez que o Brasil venceu um time europeu no Mundial foi em 2002, na final contra a Alemanha
