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Os jogadores da Ucrânia estão divididos com a possibilidade de classificação para a Copa e o horror da guerra. Uma vitória diante do País de Gales neste domingo (5) coloca o país de novo no Mundial, mas os dramas vividos por seus familiares não saem da cabeça.
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Taras Stepanenko, volante que atua no Shakhtar Donetsk-UCR, foi um dos que dividiu o seu drama particular
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Em meio à guerra, quando ainda estava em território ucraniano, o meio-campista precisou mentir para os três filhos sobre o barulho dos mísseis, que eram escutados diariamente, dizendo que a ofensiva militar russa era longe de onde estavam
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O goleiro Dmytro Riznyk, do Vorskla Poltava-UCR, passou os primeiros quatro dias da guerra em uma maternidade da cidade, acompanhado da sua mulher e do filho recém-nascido. Em 30 de abril, Riznyk precisou se juntar aos companheiros e deixar sua família. O goleiro tomou 20 horas de ônibus até a Eslovênia, país que sediou uma série de treinos da Ucrânia
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O meia Oleksandr Karayev sabe que seu irmão e sua cunhada, que deu luz a uma menina há pouco mais de um mês, têm acesso à água e comida, mas sabe também que não pode enviar recursos para seus familiares, pois as tropas russas estão confiscando, principalmente, medicamentos
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Oleksander Zinchenko, principal jogador da equipe, tem sido uma das vozes ativas contra o que chamou de "agressão russa"
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Campeão da Premier League nesta temporada, Zinchenko dedicou o título do Inglês ao povo que "está passando fome e tentando sobreviver"
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Em um momento especial, o jogador pegou a bandeira azul e amarela e a enrolou no troféu de campeão da Premier League.
"Dedico este título a todos os ucranianos que estão passando fome e tentando sobreviver no meu país devido à agressão da Rússia. Estou muito orgulhoso por ser ucraniano e levar este título para a Ucrânia, para o povo ucraniano. Eles merecem", disse o jogador à emissora inglesa Sky Sports -
O treinador Oleksandr Petrakov também pensa o jogo como um momento de alegria para o povo ucraniano
"Se conseguirmos (vaga para a Copa do Mundo), eu terei vivido a minha vida por um motivo", disse Petrakov, cuja família está na Ucrânia -
"Eu tento brincar, contar aos atletas algumas histórias interessantes do futebol e da vida, para levantar o ânimo deles. É importante distraí-los dos maus pensamentos, mas, por outro lado, todos sabemos que as pessoas estão morrendo pela Ucrânia. Eles têm de mantê-los em suas mentes e corações, pois todo o país está esperando por alguma felicidade", compartilhou o treinador
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