Atual campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro sabe o que quer fazer na Copa Libertadores para faturar o tricampeonato na competição — clube venceu em 1976 e 1997.
De frente para o antigo algoz Boca Juniors, nesta quarta-feira (18), em La Bombonera, o time de Mano Menezes segue uma receita do Grêmio de 2017 para continuar vivo no torneio.
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Na temporada passada, vivo no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores, o Tricolor Gaúcho poupou seus melhores nomes nas competições nacionals.
O técnico Renato Gaúcho encarou muitas críticas pela escolha até que a equipe fautoru o título continental, após vencer a final diante do Lanús.
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Com foco na Libertadores, a Raposa tem seguido a receita: frequentemente, Mano Menezes se utiliza de times mistos no Campeonato Brasileiro para ter seus titulares na melhor forma possível e chegar com força total no mata-mata continental.
Nas oitavas de final, diante do Flamengo, a estratégia funcionou. Logo no jogo de ida, o Cruzeiro visitou o Fla no Maracanã e voltou do Rio de Janeiro com uma vitória por 2 a 0. Na volta, a derrota por 1 a 0 classificou a equipe mineira, que administrou a vantagem feita do primeiro jogo.
Agora, os comandados de Mano terão pela frente o gigante Boca Juniors, seis vezes campeão da Libertadores (1977,1978, 2000, 2001, 2003 e 2007).
Artilharia pesada em Boca Juniors x Cruzeiro
O duelo desta quarta-feira marca o encontro de dois dos melhores ataques da Libertadores de 2018.
De um lado, o Boca Juniors, com 14 gols em oito jogos. Carlos Tévez e Ábila, com três gols cada, são os homens-gol do Boca. Além deles, Pavón, com quatro gols e cinco assistências na competição, é um nome para se ficar de olho.
O Cruzeiro, por sua vez, é o segundo melhor ataque da competição, com 17 gols. Thiago Neves, com cinco tentos, e Sassá, com quatro, são os goleadores da Raposa na Liberta. O lateral Egídio é quem mais deu passes para gols no torneio, com seis assistências.
Experiência recente no mata-mata
Para bater o Boca e seguir na busca pelo tricampeonato, o Cruzeiro conta com sua experiência recente em jogos de mata-mata para seguir na competição.
Na última edição da Copa do Brasil, a Raposa ficou com o título ao passar por clubes como São Paulo, Palmeiras e Grêmio, e, na final, superar o Flamengo nos pênaltis após empates por 0 a 0, na ida, e 1 a 1, na volta. Foi graças ao título nacional, inclusive, que o Cruzeiro garantiu sua vaga nesta edição da Libertadores.
Coincidentemente, o Grêmio passou pela mesma situação para conquistar seu terceiro título na Liberta.
Após vencer o Atlético-MG na final da Copa do Brasil de 2016, o elenco de Renato Gaúcho confirmou seu lugar na Libertadores de 2017.
Na edição do ano passado, o time chegou com fama de 'cascudo' e, fase a fase, eliminou seus adversários com certa tranquilidade — no mata-mata, o time gaúcho nunca esteve em situação de derrota ou desvantagem — até a final. Na decisão, bateu o Lanús nos dois jogos (1 a 0 e 2 a 1) e coroou a aposta do treinador em poupar os titulares em outras competições.
Antigo algoz pela frente
Tradicionais clubes na América do Sul, Cruzeiro e Boca Juniors já se enfrentaram outras oportunidades na Libertadores, com vantagem para o Boca.
A três primeiras foram válidas pela final da edição de 1977, um ano após a primeira conquista do time mineiro na competição.
Após uma vitória por 1 a 0 para cada lado, o confronto teve um terceiro jogo, que terminou empatado por 0 a 0. Nos pênaltis, os argentinos venceram por 5 a 4 e ficaram com o título.
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Em 1994, eles voltaram a se encontrar na Libertadores. Ainda na fase inicial da copa, pelo Grupo 2, o Cruzeiro venceu os dois jogos — no Mineirão e em La Bombonera — por 2 a 1.
Por fim, o último duelo entre a Raposa e o Boca na competição aconteceu em 2008, nas oitavas de final. Desta vez, foram os argentinos que venceram os dois jogos por 2 a 1, e assim classificaram-se às quartas.
Somando todos os confrontos, há plena igualdade: são três vitórias cruzeirenses, três vitórias do 'xeneizes' e um empate.
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Na prática, porém, os triunfos do Cruzeiro correspondem a dois jogos de fase de grupos e um da final de 1977, que terminou com título argentino.
Já do outro lado, são duas vitórias em oitavas de final e uma na mesma decisão de quatro décadas atrás, resultando na primeira de seis conquistas do Boca na Libertadores.
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