O Choque-Rei deste sábado (27) terá um valor especial para o técnico Rogério Ceni. O jogo contra o Palmeiras será o primeiro em que o técnico do São Paulo terá pela frente um time comandado por um dos seus ex-treinadores.
Cuca e Ceni trabalharam juntos no São Paulo em 2004. Contratado após boa campanha com o Goiás em 2003, Cuca levou o Tricolor à semifinal da Libertadores daquele ano e foi responsável por montar o time que seria campeão da Libertadores e do Mundial em 2005. Porém, a queda para o Once Caldas na competição sul-americana e um desentendimento com o Mito teriam minado o ambiente de trabalho do treinador.
“Ele [Rogério Ceni] teve uma discussão com meu preparador físico [Omar Feitosa, atualmente no Palmeiras] e eu peguei as dores do meu preparador sem saber o teor, e o teor era que ele estava totalmente errado, o meu preparador”, admitiu Cuca, em 2013, em entrevista ao jornal O Estado De São Paulo.
Durante a preparação do Palmeiras para o clássico deste sábado, o treinador do Verdão voltou a falar sobre o assunto e exaltou o agora companheiro de profissão, Rogério Ceni.
“Eu encaro com alegria e felicidade [enfrentar Rogério Ceni]. É uma pessoa que todos admiram. Um líder e ícone dentro de um clube. É um jogador que jogou só em um time no Brasil. É raro de acontecer. O início nunca é fácil, para mim também não foi. Mas é natural, ele vai amadurecer como profissional. Tenho certeza que ele será um grande treinador, elogiou Cuca.
“O Cuca é um grande treinador, campeão brasileiro, é consagrado, com muita rodagem, muito tempo de estrada. Foi meu técnico há 13 anos e tem sempre uma boa estratégia de jogo”, lembrou Rogério Ceni. “Será complicado enfrentá-lo por sua capacidade de armar equipes. Ele é muito qualificado. Vamos tentar fazer o melhor possível para neutralizar os pontos fortes do Palmeiras e enxergar uma brecha para vencer o jogo”, analisou.
O duelo de hoje carrega um tabu indesejado para o time alviverde. A última vitória palmeirense sobre o São Paulo no Morumbi foi o 4 a 2 pelo Torneio Rio-São Paulo de 2002, quando o meia Alex marcou seu inesquecível gol de placa.
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