Memória do Esporte Brasileiro

Memória do Esporte Brasileiro – Uma derrota inesperada marcou a carreira do jovem nadador José Silvio Fiolo nas Olimpíadas de 1968

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Péterson Neves, do R7

Apoiado por 8 mil pessoas, o nadador mexicano Pepe Munhoz foi empurrado para a conquista da medalha de ouro para o México. Aliás, dez dias após o inicio da competição, era a primeira vez que um mexicano subia ao pódio, sendo que também era a primeira vez que a natação do país conquistava uma medalha de ouro - a única até os dias de hoje.

Durante a prova do nado peito de 100 metros, o grande destaque era o brasileiro José Silvio Fiolo, de apenas 17 anos.  Não é atoa que havia tanta expectativa sobre o nadador, oito meses antes de iniciar a competição ele quebrou o recorde mundial ao completar uma prova em 1m 6s 4d.

No início das olimpíadas, o brasileiro passou facilmente pela etapas classificatórias e a final do 100 metros peito era a mais esperada pelos colegas brasileiros de delegação. Todos acreditavam que aquela medalha de ouro seria brasileira, mas por ironia do destino veio uma derrota inesperada e uma dor e tristeza inconsolável.

O brasileiro ainda tentou disputar a tão sonhada medalha nas olimpíadas de Munique (1972) e Montreal (1976), mas sem sucesso. Desiludido com a falta de apoio que o esporte recebia, José Silvio Fiolo se mudou para a Austrália e nunca mais se ouviu comentar naquele nadador que tinha tudo para ser o maior ícone daquele esporte no Brasil.

Aquela dor, agustia e magoa acabou se tornando alegria 44 anos depois, quando seu filho Pietro foi medalhista no polo aquático nas Olimpíadas de Londres (2012), no esporte em que ele havia iniciado sua trajetória.

Confira o quinto episodio da série baseada no documentário “México 1968 – A última olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti.