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Um vexame, e a Itália fica fora da sua segunda Copa consecutiva

Inacreditável derrota, em casa, Macedônia do Norte 1 x 0. Bem melhor para Portugal, que bateu a Turquia. Gales venceu a Áustria, e a Suécia despachou a República Tcheca. As decisões no dia 29

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Festa da Macedônia do Norte, vexame da Itália em Palermo
Festa da Macedônia do Norte, vexame da Itália em Palermo Festa da Macedônia do Norte, vexame da Itália em Palermo

Depois de 254 partidas em que se registraram 772 tentos, a média muito boa de 3,04, as Eliminatórias da Europa à Copa do Catar atingiram nesta quinta-feira, 24 de março, o seu penúltimo afunilamento. Com 55 afiliadas, a Uefa, entidade que toca o Futebol no Velho Mundo e é a mais portentosa das seis confederações que perfazem a Fifa, ganhou 13 das 32 vagas da competição. As Eliminatórias, por lá, principiaram em 24 de março de 2021. Passaram por várias etapas, até que, na fase de grupos, dez seleções consolidaram a sua participação: Alemanha, Bélgica, Croácia, Dinamarca, Espanha, França, a ex-Holanda que se rebatizou de Neerlândia, Inglaterra, Sérvia e Suíça, todas de passaporte visado.

Fim de jogo, a constatação do inevitável
Fim de jogo, a constatação do inevitável Fim de jogo, a constatação do inevitável

Agora, numa série compacta de mata-matas que deveria envolver as dez vices dos grupos mais duas repescadas da Nations League (uma contenda paralela que a Uefa idealizou em 2018), restaram somente seis em busca das três últimas vagas. Deveria, porque a Fifa desclassificou a Rússia, consequência da agressão militar à Ucrânia. De todo modo, as outras nove vices – Escócia, Gales, Itália, Macedônia do Norte, Polônia, Portugal, Suécia, Turquia e Ucrânia – mais as duas repescadas, Áustria e República Tcheca, a partir desta quinta deveriam se envolver em um nervoso, intrincado playoff. Deveriam, porque a Ucrânia, com justíssimos motivos, pediu à Fifa que adiasse o seu duelo com a Escócia. Eis as fichas das pugnas do dia 24, inclusive com a terrível humilhação da Itália em Palermo.

A vibração de Gareth Bale, o capitão de Gales
A vibração de Gareth Bale, o capitão de Gales A vibração de Gareth Bale, o capitão de Gales

ROTA A

GALES 2 x 1 ÁUSTRIA

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Cardiff City Stadium, Cardiff, País de Gales

Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia)

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Gols: Bale/2 X Davies/con

Razoavelmente favorecida nas estatísticas, seis vitórias contra três, em 11 combates, a Áustria visitante enfrentou dois adversários em Cardiff: além da seleção de Gales, os seus fervorosos torcedores. Graças a seu craque maior, Gareth Bale, os “Dreigiau”, os “Dragões”, aos 25' fizeram 1 x 0 nos “Unsere Burschen”, os “Nossos Rapazes” da Áustria. O mesmo Bale dobraria, aos 51'. E a Áustria esboçaria a sua reação aos 61', num tiro de Baumgartner que Davies desviou à própria meta. Uma reação que, porém, se demonstraria insuficiente.

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Em junho, data ainda não fixada:

ESCÓCIA X UCRÂNIA

Hampden Park, Glasgow, Escócia

2 jogos = 1vit-Esc/0emp/1vit-Ucr

Decisão da vaga

Também em junho, data não fixada:

GALES X ESC/UCR

No Cardiff City Stadium, Cardiff, Gales

ROTA B

SUÉCIA 1 x 0 REPÚBLICA TCHECA

Friends Arena, Solna, Suécia

Árbitro: Michael Oliver (Inglaterra)

Gol: Quaison

Quaison e Isak, da Suécia
Quaison e Isak, da Suécia Quaison e Isak, da Suécia

Invicta nas três contendas anteriores, um sucesso e duas igualdades, a anfitriã hospedou como favorita o elenco aguerrido da República Tcheca. Exibiu-se muito mal a “Blagult”, a equipe “Azul-amarelada” da Escandinávia, diante da “Lokomotiva”. Consequência lógica: a prorrogação. Aos 110', uma tabela maravilhosa de Quaison com Isak propiciou o tento que qualificou a dona da casa, 1 x 0. Detalhe: Ibrahimovic promete estar inteiro na decisão.

Desmarcado, definitivamente:

RÚSSIA 0 x WO POLÔNIA

VTB Arena, Moscou, Rússia

Decisão da vaga

Dia 29:

POLÔNIA X SUÉCIA

No Stadion Slaski de Chorzow, Polônia

ROTA C

ITÁLIA 0 x 1 MACEDÔNIA DO NORTE

Stadio Renzo Barbera, Palermo, Itália

Árbitro: Clément Turpin (França)

Gol: Trajkovski

Berardi, uma das 21 finalizações frustradas da Itália
Berardi, uma das 21 finalizações frustradas da Itália Berardi, uma das 21 finalizações frustradas da Itália

Não trazia boas lembranças, para os “tifosi” da Itália, a única ocasião em que a sua equipe dileta se debateu com a Macedônia do Norte. Aconteceu nas Eliminatórias para a Copa da Rússia/2018. A “Azzurra” venceu em viagem, em Skopje, 3 x 2, mas empacou na volta, em Turim, 1 x 1. Segunda do seu grupo, atrás da Espanha, como agora se obrigou aos mata-matas suplementares, despachada pela Suécia, 0 x 1 e 0 x 0. E o sofrimento se repetiu. Durante um primeiro tempo unilateral em que teve 9 corners a 0, desferiu 13 tiros à meta de Dimitrievski contra só 1, chocho, ao arco de Donnarumma, a anfitriã domou os “Linces” e amargou duas chances grotescamente desperdiçadas por Verrati e por Berardi.

O chute único, mas fatal, de Trajkovski
O chute único, mas fatal, de Trajkovski O chute único, mas fatal, de Trajkovski

Bem pior, no segundo tempo o padecimento prosseguiu, impiedoso. O treinador Roberto Mancini esperou demais, até os 64', para sacar o indolente Insigne e enviar ao jogo o mais ambicioso Raspadori. E, enquanto isso, o seu rival Blagoja Milevski apostava na retranca, no cronômetro, na expectativa da loucura da prorrogação. Tensos, no banco da “Azzurra”, o Mancio e seus assessores principais, Lele Oriali e Alberigo Evani, se entreolhavam: “Fazer o quê?”. Nada, obviamente desistir de seus cargos, porque, aos 90', a Macedônia do Norte fez 1 x 0. A Itália, então, somava 16 escanteios a nenhum, 21 finalizações a meras 2, e o afortunado Aleksandar Trajkovski, 29 anos, avante do pequenino Aalborg da Dinamarca, inscreveu a sua assinatura nas antologias ao sacar a “Azzurra” de uma Copa pela segunda vez consecutiva. Tiro de fora da área, no meio de quatro zagueiros, e Donnarumma como de costume atrasado na acrobacia. Vexaminoso desfecho para uma geração que, ali atrás, em 2021, com um Calcio vistoso e elegante, havia se consagrado a campeã da Europa.

PORTUGAL 3 x 1 TURQUIA

Estádio do Dragão, Porto, Portugal

Árbitro: Daniel Siebert (Alemanha)

Gols: Otávio, Diogo Jota, Matheus Nunes X Burak Yilmaz

O CR7, desta vez nenhum gol e ostensivo mau humor
O CR7, desta vez nenhum gol e ostensivo mau humor O CR7, desta vez nenhum gol e ostensivo mau humor

Com seis triunfos e apenas duas derrotas em oito partidas, na teoria e no papel beneficiaram Portugal o fato de ser o time mandante e a circunstância de dispor de um atacante do talento de de Cristiano Ronaldo. O elenco das “Cinco Quinas”, dos cinco escudos azulados da sua bandeira, não necessitou do CR7 para definir o seu destino. Suportou a forte pressão da “Ay-Yıldızlılar”, equipe do “Crescente Estrelado”, e em dois lances muito bem trabalhados, ainda na etapa inicial, cravou 2 x 0. Aos 15', após uma troca de passes que mobilizou quatro jogadores, Bruno Fernandes, de fora da área, arrematou num poste, e Otávio aproveitou a rebatida. Aos 42', Otávio levantou a bola até a cabeçada seca de Diogo Jota. A Turquia tentou voltar ao jogo, aos 65', com Burak Yilmaz. Portugal, de todo modo, continuaria a não precisar do CR7. E ainda se refrescaria, já nos acréscimos, numa investida em velocidade de Matheus Nunes, um reserva que havia entrado aos 88'.

Decisão da vaga

Dia 29:

PORTUGAL X MACEDÔNIA DO NORTE

No Estádio do Dragão, no Porto, em Portugal

Os resultados da quinta-feira
Os resultados da quinta-feira Os resultados da quinta-feira

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