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Outro triunfo do Brasil, e agora excelente, no Pré-Olímpico/2020

Depois do sufoco anterior, só 1 X 0 no Peru, a seleção de André Jardine despacha o muito perigoso Uruguai, velho rival, placar clássico, 3 X 1

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Pedrinho, a celebração do gol de 1 X 0
Pedrinho, a celebração do gol de 1 X 0 Pedrinho, a celebração do gol de 1 X 0

Praticamente sete décadas depois da derrota por 1 X 2, naquele famigerado 16 de Julho, boa parte da Mídia do País ainda se recorda do “Maracanazo” que a “Celeste” do Uruguai pespegou numa seleção do Brasil na decisão da Copa de 1950. Parece incrível, mas provocam menos mágoa os 7 X 1 cravados pela Alemanha em 8 de Julho de 2014. Talvez sirvam de explicação a vizinhança e o fato de a antiga Província Cisplatina só ocupar uma área inferior à do Paraná e ter uma população equivalente ao dobro das favelas, somadas, do Rio.

Numa manchete, a intensidade da tragédia do "Maracanazo"
Numa manchete, a intensidade da tragédia do "Maracanazo" Numa manchete, a intensidade da tragédia do "Maracanazo"

Nada justifica, porém, que se acentue qualquer rivalidade quando o Brasil e o Uruguai se defrontam, com os seus times Sub-23, num torneio Pré-Olímpico. Provavelmente nem eram ainda vivos os avós dos atletas que duelaram nesta noite, 22 de Janeiro de 2020, em Pereira, Colômbia, pelo torneio que decide duas vagas aos Jogos de Tóquio. No Grupo B, ao lado do Paraguai, do Peru e da Venezuela, a “Canarinho” e a “Celeste” batalhavam pela liderança de tal quinteto e pela passagem à fase crucial do certame, um quadrangular com seu campeão, o vice e os respectivos do Grupo A (Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru). Viajarão ao Japão os dois melhores no geral.

Os onze que começaram o jogo contra o Uruguai
Os onze que começaram o jogo contra o Uruguai Os onze que começaram o jogo contra o Uruguai

Horas antes, no mesmo Estádio Hernán Ramírez Villegas, meros 20% dos seus 39.890 lugares ocupados, por 2 X 0 o Paraguai havia sobrepujado a Bolívia e conquistado os seus primeiros pontos no Grupo B. Ganhadores nas suas estréias, ambos por 1 X 0 sobre Peru e Paraguai, o Brasil e o Uruguai lutavam pela liderança. Incrível, na partida diante do Peru, a “Canarinho” dirigida por André Jardine havia se safado do empate nos acréscimos, tento perdido pelo adversário a um metro de Ivan (Ponte Preta). E a “Celeste” desperdiçou uma chance idêntica, assim que o jogo de Pereira começou. Um novo sufoco?

Pedrinho, do Corinthians
Pedrinho, do Corinthians Pedrinho, do Corinthians

Aliviou a situação do Brasil uma descida de Antony (São Paulo) aos 14’. Do flanco direito brotou um levantamento ao miolo da área do Uruguai. Na velocidade, entre perplexos dois zagueiros, invadiu o esperto Pedrinho (Corinthians), um toque sutil e a “Canarinho” à frente 1 X 0. Daí, com a tranqüilidade que a vantagem propiciou, imediatamente o elenco de Jardine, sob o comando do precioso, elegante e maduro volante Bruno Guimarães (Athletico/PR), depressa assumiu todo o controle das ações. Apenas precisaria se preocupar com o lado direito da sua retaguarda, no qual o lateral Guga (Atlético/MG) eventualmente titubeava. Então, aos 29’, Matheus Cunha (R. B. Leipzig/Ale) sofreu um penal do arqueiro Arruabarrena. O artilheiro da gestão Jardine, 10 gols, converteu, 2 X 0, e subiu aos 11 em 13 porfias.

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O momento da cobrança do penal por Matheus Cunha, 2 X 0
O momento da cobrança do penal por Matheus Cunha, 2 X 0 O momento da cobrança do penal por Matheus Cunha, 2 X 0

Na etapa derradeira, do nada, o drama renasceu. Choca ver como se sucedem as falhas, por distração, na defesa do Brasil. Logo aos 48’ o arqueiro Ivan salvou a pátria com uma intervenção milagrosa e, pateticamente, Bueno chutou a rebatida na haste do escanteio, a meta aberta. A “Canarinho”, de todo modo, se re-aprumou, excelentes as presenças de Pedrinho e de Bruno Guimarães, muito boa a exibição de Paulinho (Bayer Leverkusen/Ale). Acuado pelo placar adverso, o Uruguai optou pela pressão e concedeu espaço às contra-ofensivas em velocidade. Aos 67’, um passe sensacional de Matheus Henrique (Grêmio) deixou Pepê, seu colega de clube, absolutamente livre. Pepê encobriu Arruabarrena e ampliou a folga, 3 X 0.

Pepê, 3 X 0
Pepê, 3 X 0 Pepê, 3 X 0

Um momento fundamental para o terceiro gol. Porque os jovens da “Celeste” resolveram resgatar o orgulho ferido. E aos 79’, num cruzamento, o formidável Ivan falhou e permitiu a testada de Bueno, 1 X 3. Hora de sossegar os nervos, de tocar a pelota no meio de campo e de esperar o aparecimento de uma chance. Pena, aos 84’ e aos 85’, Bruno Tabáta (Portimonense/Por), que acabara de entrar no lugar de Paulinho, arruinou as duas ocasiões nas quais, em sequência, esteve prestes a anotar o quarto gol. O Brasil, de todo modo, abocanharia os três pontos e, como queria, manda solitário na classificação do Grupo B. Acumula 6, para os 3 de Uruguai e Paraguai, zero de Bolívia e Peru. Volta a campo na próxima terça, dia 28, no Centenário de Armênia, e deverá se garantir no quadrangular que definirá os dois promovidos ao Japão.

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