Renato Gaúcho, o único exemplo de fidelidade verdadeira - até aqui
@gauchorenatoUma balbúrdia tão maluca, tão desenfreada, que ninguém parece capaz de apontar o número exato. Eu já li de 24 a 27. De todo modo, pelas minhas contas, se considerarmos todas as repetições, se considerarmos os personagens que transitaram por times diversos, eventualmente até mesmo em inusitadas viagens de ida e de volta, foram 51 aqueles que ocuparam o cargo de treinador nas vinte agremiações do Campeonato Brasileiro de 2019. E me desculpe quem espera que eu culpe os cartolas, exclusivamente, por tanta esculhambação. Não, não. Também existem técnicos que se portaram de maneira, digamos, no mínimo bem esquisita nesta temporada.
Apenas três clubes iniciaram e terminaram o torneio com um mesmo “mister” no seu comando. O Bahia, de Roger Machado. O Grêmio, de Renato Portaluppi, o Gaúcho. E o Santos, de Jorge Sampaoli. Renato, aliás, permanece no “Mosqueteiro do Sul” desde 19 de Setembro de 2016, e não se mostra disposto a mudar de plaga tão cedo. Roger, o seu antecessor no Grêmio, tentou o Atlético Mineiro e o Palmeiras e deve continuar mais um tempo no “Tricolor” de Salvador. O argentino Sampaoli, todavia, chegou até a disputar o posto de “Melhor do Ano” com Jorge Jesus, o português vencedor com o Flamengo. E no entanto se indispôs com a administração do “Peixe”, se escafedeu e começou a namorar, quem diria, o rivalérrimo Palmeiras.
Dyego Coelho
corinthians.com.brDescontados os infinitos interinos, como Dyego Coelho, que melhorou o Corinthians de Fábio Carille embora já tivesse Tiago Nunes (ex-Athletico Paranaense) prestes a assumir o seu lugar, descontados os eternos suplentes, do sub botafoguense Bruno Lazaroni ao colorado Ricardo Cobalchin, houve diversos recordistas do inacreditável. Exemplo, o Argel Fucks que pediu a alforria no CSA de modo a ficar com o lugar de Adílson Batista no Ceará. O Adílson que se mudou ao Cruzeiro de onde haviam saído Mano Menezes e Rogério Ceni. O Mano Menezes que se transferiu ao Palmeiras mas não sobreviveu até o final do campeonato. O Ceni, que tinha abandonado o Fortaleza e fracassado no Cruzeiro e retornado ao “Tricolor”, depois de ceder a posição a Abel Braga que tinha saído do Fla e que, devidamente, fulminantemente detonado na “Raposa”, foi substituído por Adílson.
Mano Menezes
palmeirasonlinePois é. Intrincado. Corcoveante. Difícil de acompanhar. Mano conseguiu a magia de sucumbir duas vezes, num mesmo certame, em times de raízes na Velha Bota, dois de nome Palestra Itália, dois que, antes de o Brasileiro se iniciar, eram os favoritos de supostos especialistas, como eu, aliás. Ceni conseguiu a magia de dirigir duas vezes o mesmo Fortaleza, com um intervalozinho de fracasso no Palestra Itália de Belo Horizonte. Zé Ricardo Mannarino, que apenas tinha comandado dois clubes entre 2017/18, o Flamengo e o Vasco, conseguiu a magia de orientar três, somente em 2019, Botafogo, Fortaleza e Internacional. A mesma façanha que perpetrou Alberto Valentim, com o Vasco, o Avaí e o Botafogo. E me desculpe quem espera que eu prossiga nesta cantilena. Não. Paro por aqui, antes de ensandecer,
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