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O futuro do COB: uma entrevista exclusiva com Paulo Wanderley

Depois de abolir a obrigação da gravata, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil fala sobre as outras novidades que ainda pretende implantar

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Paulo Wanderley: o olhar no futuro
Paulo Wanderley: o olhar no futuro Paulo Wanderley: o olhar no futuro

Potiguar de Caicó, nascido em 17 de março de 1950, desde a meninice Paulo Wanderley Teixeira se interessou pelos esportes. Na adolescência se transferiu a Vitória, no Espírito Santo, e logo principiou a praticar o Judô. Tanto se dedicou que lá fundou o Centro Capixaba de Judô. Em 1972 se graduou em Educação Física e, em 1979, se tornou o treinador da seleção brasileira. No percurso, também se formou em Direito. Foi o técnico de Rogério Sampaio no seu majestoso sucesso nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Daí se transformou em dirigente, primeiro na Federação Capixaba e, então, em 2001, na Confederação Brasileira de Judô, depois de interromper um reinado longevo e polêmico, três décadas de Família Mamede.

Rogério, ouro em Barcelona/92: Paulo Wanderley era o seu treinador
Rogério, ouro em Barcelona/92: Paulo Wanderley era o seu treinador Rogério, ouro em Barcelona/92: Paulo Wanderley era o seu treinador

No departamento dos pódios, realizou uma administração extraordinária. Acumulou dois ouros e dez bronzes em Jogos Olímpicos. Mais seis ouros, nove pratas e catorze bronzes em Mundiais. Isso, enquanto todos os seus quatro antecessores, desde a criação da entidade, em 1969, haviam somado dois ouros, três pratas e cinco bronzes nos Jogos, além de duas pratas e seis bronzes em Mundiais. Em 5 de outubro de 2016, se elegeu o vice de Carlos Arthur Nuzman. Em 6 de outubro de 2017 , numa consequência lógica e natural do turbilhão de escândalos que o levaram à humilhação da cadeia, o COI, Comitê Olímpico Internacional puniu Nuzman com a suspensão, até, do seu posto de membro honorário. Daí, em 11 de outubro de 2017, após 22 anos de poder, Nuzman renunciou e Paulo Wanderley o substituiu. A seguir, uma entrevista exclusiva que, por escrito, via E-Mail e WA, concedeu ao R7.

Ketleyn Quadros, bronze em Pequim/2008: a primeira brasileira no pódio
Ketleyn Quadros, bronze em Pequim/2008: a primeira brasileira no pódio Ketleyn Quadros, bronze em Pequim/2008: a primeira brasileira no pódio

R7 – Na sua campanha para a presidência da CBJudô você criticou o fato de a família Mamede, pai e filho, dominarem a entidade de 1985 até 2000. E no entanto, depois que assumiu a presidência, permaneceu o mesmo tempo no poder? Por que era ruim com os Mamede e ficou muito bom com você?

Na verdade, esse domínio teve início em 1979, quando o Joaquim Mamede assumiu como superintendente da CBJ. Independentemente disso, a gestão Mamede foi marcada por uma série de desvios de conduta, reclamação dos principais atletas da modalidade do País poucos resultados expressivos. Fiquei na presidência da CBJ o tempo necessário para transformar os problemas em soluções. A entidade se tornou uma das mais respeitadas do país, com credibilidade da sociedade, o que resultou em patrocínios expressivos para o desenvolvimento do esporte e, por fim, o melhor período em termos de conquistas de medalhas nas principais competições do calendário internacional, incluindo Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos.

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R7 – Na sua gestão à frente da CBJudô, de 2001 a 2017, o Brasil acumulou mais medalhas em Jogos Olímpicos e em Mundiais do que em todas as outras administrações, somadas. Quais foram os segredos, digamos, de caráter essencialmente esportivo, daquela sua gestão? Ou você credita tanto sucesso precisamente à sua continuidade no cargo?

A continuidade foi importante para que a CBJ tivesse tempo para conquistar novamente a credibilidade da sociedade, patrocinadores e dos próprios atletas. Assumi a CBJ em total descrédito, falida financeiramente, sem patrocinadores e com problemas de relacionamento com os atletas. A situação era de terra arrasada. Em pouco tempo, com a ajuda de meus colaboradores, conseguimos transformar a Confederação em uma entidade vencedora que, através de seus atletas, encheu o Brasil de orgulho com as medalhas conquistadas nas principais competições do calendário internacional. Porém, quando falamos do caráter esportivo, temos que dar todo o mérito aos treinadores e, principalmente, aos atletas. A CBJ só deu as condições necessárias para que o atleta brasileiro mostrasse o seu valor dentro do tatame. A partir daí, vimos uma geração fantástica de judocas brilharem nas principais competições internacionais.

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R7 – E a gestão Nuzman, à frente do COB? Ou como simples componente da Assembleia Geral, ou como o vice do COB, por quê você sempre evitou criticar a postura ditatorial do presidente e por quê não se opôs aos seus desmandos que, cada vez mais, eram ostensivos?

Fui eleito vice-presidente do COB no final de 2016 e assumi o cargo em abril de 2017, após um período de transição na CBJ. Com o pedido de renúncia do Nuzman, fui eleito presidente do COB em 11 de outubro de 2017.

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É importante destacar que o processo pelo qual Nuzman está sendo investigado diz respeito aos Jogos Olímpicos Rio 2016, cuja organização não coube ao COB. Esportivamente, o Nuzman realizou um grande trabalho pelo esporte brasileiro. Então, ele fez o trabalho dele, e eu estou fazendo o meu. Darei continuidade ao que deu certo e já implementei algumas das mudanças que julgo necessárias, como a reforma do Estatuto, a maior participação dos atletas nos processos decisórios do COB, criação dos Conselhos de Administração e Ética, além de uma reestruturação financeira, que inclui cortes administrativos e de pessoal. Na minha administração, vamos seguir sempre baseados em Austeridade, Meritocracia e Transparência.

R7 – Nos últimos, digamos, trinta anos, raríssimas foram as federações esportivas do País que não se emaranharam em denúncias e até em escândalos. No caso da CBJudô causaram um desconforto particular a suposta compra de tatames com preços acima do mercado e o suposto aluguel elevadíssimo do Centro de Treinamento de Lauro de Freitas. Por quê ocorreram, digamos, essas trapalhadas?

O Centro de Treinamento de Lauro de Freitas foi construído numa parceria da CBJ com o Governo da Bahia e o Ministério do Esporte, e o local integra a Rede Nacional de Treinamento. Portanto, não há aluguel a ser pago. As despesas são de manutenção e, no tocante aos tatames, desconheço essa questão. É complicado falar de uma forma generalista em relação às Confederações Brasileiras Olímpicas, principalmente em relação ao passado. Cada uma tem sua estrutura e tamanho, além de trabalharem com modalidades totalmente distintas, como é também distinto o nível de financiamento e patrocínio das entidades. Porém, destaco que o esporte olímpico do Brasil passa por profundas mudanças. Assim como os diversos setores da sociedade, o esporte acompanha a necessidade de modernizar sua gestão e as relações entre seus diversos agentes.

Nuzman e Paulo Wanderley em 2016: visóes opostas
Nuzman e Paulo Wanderley em 2016: visóes opostas Nuzman e Paulo Wanderley em 2016: visóes opostas

R7 – Em Agosto de 2017, numa entrevista à “Folha de S. Paulo”, o Nuzman, de certa maneira, admitiu uma enorme insatisfação com a participação do Time Brasil nos Jogos do Rio. Grosseiramente culpou o seu Diretor de Esportes, o Marcus Vinícius Freire, por estabelecer metas ilusórias, impossíveis de atingir. Lamentou que o País tivesse então voltado ao patamar de 1996, a data da sua posse no COB. Como você analisa a participação do Brasil nos jogos do Rio, e como você julga esse comentário do Nuzman? 

Considero a participação do Brasil nos Jogos do Rio muito boa. A delegação brasileira atingiu marcas inéditas para toda a história do evento esportivo mais importante de todos, com recorde geral de medalhas, recorde de medalhas de ouro, recorde em participações em finais. O Time Brasil fechou sua participação com o recorde de 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, e a inédita 12ª colocação no quadro geral de medalhas. Também aumentamos o número de modalidades no pódio, passando de 9 para 12. Outro ponto positivo da campanha brasileira nesta edição olímpica foi o aumento de quase 100% de participações em finais olímpicas em relação a Londres 2012. Além disso brindou o público com atuações inesquecíveis, como a de Rafaela Silva, para puxar para o meu esporte, Thiago Braz, no atletismo, Robson Conceição, no boxe, Isaquias Queiroz, na canoagem, que se tornou o maior medalhista brasileiro em uma só edição dos Jogos, o ouro inédito do futebol, entre tantos outros. São apenas exemplos de atuações que engrandeceram o esporte brasileiro e, tenho certeza, irão inspirar a juventude brasileira por algumas gerações. No entanto, um esportista sempre quer mais, sempre acha que pode melhorar. E é isso o que estamos fazendo agora, trabalhando para melhorar ainda mais os resultados do Brasil.

R7 – Depois que o Nuzman foi acusado de corrupção, e foi preso, e renunciou, a administração do COB caiu no seu colo com um peso de toneladas. Ainda assim, você foi elegantíssimo no seu primeiro pronunciamento formal como novo presidente. Frase textual sua: “Este não é o momento de apontar o dedo, é o momento de dar as mãos” Qual foi, porém, a sua sensação ao saber que precisaria domar um gorila bem descontrolado?

Sem dúvida foi um momento de grande apreensão. Mas eu não podia me omitir quando o esporte brasileiro mais precisou de mim. Desde então, foram meses de muito trabalho e decisões difíceis, porém importantes, sendo que não houve impacto na gestão do esporte, pois todos os projetos foram preservados. Digo quase todos os dias que o imenso desafio que estamos enfrentando no COB é do tamanho da oportunidade que temos para modernizar e fortalecer a entidade na direção certa. O COB trabalha para que os atletas brasileiros conquistem medalhas, mas também com a missão de fazer do esporte uma referência para a nossa sociedade, incluindo milhões de jovens e crianças de todo o país.

R7 – Mesmo sem dizer nada, já nas suas primeiras ações no COB você deixou claríssima a sua insatisfação com a gestão do Nuzman. Numa expressão popularesca, você limpou a área. Qual era a gravidade, mesmo, da situação?

O momento era dos mais delicados, com denúncias contra o ex-presidente, suspensão por parte do Comitê Olímpico Internacional e descrédito de toda a sociedade. Porém, como já disse, o desafio era do tamanho da oportunidade. Desde que assumi à Presidência em 11 de outubro de 2017 estou implementando cortes de custos e de funcionários para adequar o COB à realidade atual do país. Pretendo fazer com que esse exemplo seja seguido em todas as Confederações Olímpicas. Austeridade, Meritocracia e Transparência são palavras de ordem no COB sob a minha gestão.

R7 – Emocionalmente, como se sentiu o esportista PW, pelo ouro, em Barcelona, do Rogério Sampaio?

Fiquei muito feliz com aquela conquista, mas somente alguns anos depois percebi o quão importante aquela medalha foi para a minha carreira esportiva de treinador, as portas que se abriram para a carreira do Rogério Sampaio e o fato histórico que marcou o esporte brasileiro. Afinal, em Barcelona 1992 foram duas medalhas de ouro, a do judô e a do vôlei, e tínhamos contribuído para a história do nosso esporte. Rogério tem um excelente currículo e serviços prestados ao esporte brasileiro, dentro e fora do tatame. Temos uma relação muito boa até hoje, por isso o convidei para ser Diretor Geral do COB em minha gestão. O Rogério Sampaio soma sua ampla experiência na gestão do esporte ao trabalho que o COB já executa com muita qualidade. É um profissional que já conhece o dia a dia do COB e isso lhe ajuda a imprimir o ritmo de trabalho necessário após todas as mudanças que ocorreram no COB nesses seis últimos meses.

R7 – Foram-se os patrocinadores do COB e de inúmeras federações de diversas modalidades. Quais são os seus planos imediatos para recuperar os apoios indispensáveis num momento em que o País atravessa uma crise?

Com trabalho duro, diálogo com a sociedade e transparência. O COB é uma entidade centenária que carrega valores muito interessantes. Estamos trabalhando para retomar a credibilidade com a convicção de que o fortalecimento do esporte olímpico no país é fundamental para a inserção social e a prática da cidadania de milhões de jovens brasileiros. Estou certo de que, logo, todos perceberão uma mudança de caminho do COB, com ainda mais transparência, governança e compliance. Tenho confiança de que o cenário vai melhorar. Mas trabalho para isso, não fico só esperando.

R7 – Até que ponto o fato de o ex-presidente do COB ter enfrentado uma cadeia não complica essa procura? Como recuperar a credibilidade do COB?

Aos poucos estamos trazendo o estilo de trabalho dessa nova equipe para o Comitê Olímpico do Brasil. O nosso perfil é de diálogo. Trabalhamos para uma maior aproximação do COB com os atletas, treinadores, Comitê Brasileiro de Clubes, Ministério do Esporte, Confederações e todos os agentes organizados que lidam diretamente com o esporte de alto rendimento. Além disso, temos várias outras ideias que já estão sendo ou foram colocadas em pauta, como a modernização do estatuto do COB, o enxugamento do quadro funcional e o foco total dos investimentos no esporte. Passamos de 265 funcionários para 205 e cancelamos ou revisamos todos os contratos. Nessa otimização dos recursos vamos economizar R$ 20 milhões por ano, que serão totalmente reinvestidos na área esportiva, seja na preparação direta dos atletas e equipes ou no apoio aos programas das Confederações aprovados pelo COB.

R7 – Foram bastante atribulados os antecedentes da sua efetiva eleição para a presidência. Algumas federações não quiseram aceitar sequer as mínimas modernizações dos estatutos do COB, do seu sistema eleitoral, da maior participação dos atletas etcetera. Como aconteceu, nos bastidores, por trás dos panos, a sua luta para dobrar os mais conservadores?

Tive minha participação no convencimento, no trabalho de corpo a corpo. Mas a pressão da imprensa e da sociedade foi muito grande naquele momento, em especial da maior participação dos atletas nas principais decisões do Movimento Olímpico Brasileiro. O COB existe por causa dos atletas, e é para eles que vamos seguir trabalhando. Temos uma Comissão de Atletas do COB presidida por um judoca medalhista olímpico, o Tiago Camilo. A função da Comissão é fazer chegar ao COB os anseios da comunidade esportiva brasileira. Na minha gestão, a comissão e os atletas terão cada vez mais espaço na entidade. É preciso ouvir a todos. Uma prova disso é o aumento da participação dos atletas na Assembleia do COB, alteração no estatuto da entidade muito comemorada pela comunidade esportiva brasileira.

R7 – Duas medidas que você adotou, imediatamente após a sua posse, já deixaram bem claro o seu pensamento. A primeira foi a abolição da gravata. E a segunda, embora, ainda, apenas encaminhada, será a entrega do imóvel que o COB ocupa na Barra da Tijuca e que custa, apenas de aluguel, cerca de trezentos mil reais ao mês. Não choca você saber que, durante anos, tanto dinheiro foi jogado fora pois o COB tranquilamente poderia se instalar, como você agora pretende, no Complexo Maria Lenk?

Me perdoe por não entrar nesse mérito novamente, Silvio. Acho extremamente deselegante criticar as decisões das administrações passadas.

O CT do Time Brasil: para 19 modalidades
O CT do Time Brasil: para 19 modalidades O CT do Time Brasil: para 19 modalidades

R7 – Aliás, qual seria, mesmo, o tal legado dos Jogos do Rio? Fazer o quê com tantas arenas abandonadas, com a ausência de um projeto inteligente de uso conveniente dos espaços construídos no Parque Olímpico, tudo isso num Rio de Janeiro falido? Como sair desse buraco?

O Ministério do Esporte, através da AGLO (Autoridade de Governança do Legado Olímpico), está aos poucos dando boa utilização às arenas utilizadas nos Jogos Olímpicos, principalmente no Parque Olímpico da Barra. É uma estruturação delicada, que requer bastante estudo e trabalho. O COB utiliza as instalações do parque Aquático Maria Lenk, também no Parque Olímpico, onde instalou o CT Time Brasil e o Laboratório Olímpico, principal ponto de trabalho em ciências do esporte do COB, que atende aos principais atletas do Brasil. Entre 2017 e o início deste ano já passaram pelo CT Time Brasil 19 modalidades diferentes (Atletismo, Judô, Vela, Vôlei, Vôlei de Praia, Ginástica Artística, Canoagem de Velocidade, Natação, Saltos Ornamentais, Snowboard, Wrestling, Nado Artístico, Canoagem Slalom, Caratê, Tiro Esportivo, Badminton, Ciclismo BMX, Ciclismo de Pista e Skate) e aproximadamente 500 atletas. Na minha opinião, o principal legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi a visibilidade positiva do Rio de Janeiro e do Brasil perante o mundo todo. Destaco também o trabalho em relação aos recursos humanos. Temos hoje diversos profissionais de várias áreas capacitados a trabalhar em prol do desenvolvimento do esporte e do Movimento Olímpico do Brasil. Sem falar em uma geração de jovens e crianças que, com certeza, foram impactados por aqueles 16 dias maravilhosos de paz, harmonia e esporte vividos pela primeira vez na América do Sul. Essa geração será estimulada a desenvolver uma prática esportiva e, de alguma forma, levar adiante os valores olímpicos.

R7 – De volta à tal meta de medalhas que, segundo o seu antecessor Nuzman, foi uma invenção desastrada do pobre Marcus Vinícius Freire. Quais as perspectivas do Brasil para os Jogos de Tóquio em 2020? Não foram nada animadores, por exemplo, os recentes resultados do Judô e da Vela, dois campeoníssimos nos pódios...

As perspectivas são positivas. O COB segue trabalhando para oferecer o máximo ao atleta brasileiro. Nosso desafio é oferecer melhores condições, mesmo que com menos oferta de verba. Os projetos esportivos do COB não sofreram abalos significativos com a retração dos patrocinadores e a crise financeira. Minha equipe já realizou diversas visitas de inspeção a Tóquio e já temos definidas várias bases de apoio à operação de suporte à delegação do Brasil. O nosso objetivo é possibilitar que o atleta só tenha a preocupação de descansar, treinar e competir bem. Em termos de resultados internacionais, podemos afirmar que o último ano, por exemplo, foi bem positivo, quando conquistamos 18 medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes. Este é o segundo melhor resultado do país em um primeiro ano pós-olímpico e o terceiro no geral, só perdendo para 2013. A avaliação é positiva, e seguimos trabalhando para estruturar o esporte olímpico brasileiro na busca pelos melhores resultados internacionais.

R7 – E enfim, às duas inovações mais providenciais deste COB que promete ser diferente. A Comissão de Ética e a Ouvidoria. Os esportistas podem mesmo crer que será do estilo “doa a quem doer” a batalha contra a corrupção, o abuso de poder, o abuso sexual e a praga da pedofilia?

Sem dúvida. Dei prova disso nos poucos meses em que estou à frente da entidade. A reformulação e aprovação do novo estatuto em apenas 42 dias já mostrou a energia que temos para transformar o esporte brasileiro. Os atletas obtiveram maior representatividade na Assembleia do COB, passando de um para doze. O processo eleitoral para presidente e vice-presidente se tornou mais acessível, abrangente e inclusivo. A criação do Conselho de Administração e do Conselho de Ética, que estamos certos de que irá impactar na melhoria de gestão do COB. Nos próximos dias iremos abrir um canal de ouvidoria para receber denúncias e reclamações diretas da sociedade. Enfim, estamos felizes com os resultados até aqui, e vamos continuar aprimorando a gestão do COB. O objetivo final é o atleta. Com melhor gerenciamento dos recursos poderemos oferecer melhores condições de treinamento e preparação nessa caminhada para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

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