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No duelo Ibrahimovic X Lukaku, deu Eriksen, Inter 2 X 1 Milan

Embora ex-colegas de Manchester United, o sueco provocou demais o belga, recebeu um segundo cartão amarelo, foi expulso, e viu de fora a "Biscione" eliminar o seu "Diavolo" na Copa Itália

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Eriksen, o desprezado, mal entrou em campo e realizou o gol da vitória da Inter
Eriksen, o desprezado, mal entrou em campo e realizou o gol da vitória da Inter Eriksen, o desprezado, mal entrou em campo e realizou o gol da vitória da Inter

Fazia 112 anos e duas semanas que, num certame então chamado “Prima Categoria”, o Milan e a Internazionale iniciaram a sua saga citadina, uma rivalidade formidável batizada de “Derby della Madonina” por causa de uma estátua que encima o “Duomo” da capital da Lombardia. O Milan nascera em 1899 e uma sua dissidência, em 1908, havia originado a Inter. No duelo inaugural, de 10 de Janeiro de 1908, o Milan bateu a Inter por 3 X 2.

A Arena Civica do Parco Simeone, em Milão
A Arena Civica do Parco Simeone, em Milão A Arena Civica do Parco Simeone, em Milão

Uma edificação vetusta, Arena Civica, datada de 1807 e localizada no Parco Semione, hoje na periferia da Grande Milão, abrigou aquele desafio. Desde Setembro de 1926, porém, o “Derby” ocorre no bairro de San Siro e no estádio que, em Março de 1980, virou Giuseppe Meazza em honra do maior artilheiro da história da Inter. Ironia: para os fãs do Milan, em suas jornadas de mando de campo, o estádio continua essencialmente San Siro.

Giuseppe Meazza, na Inter, década de 30
Giuseppe Meazza, na Inter, década de 30 Giuseppe Meazza, na Inter, década de 30

Nesta terça-feira, 26 de Janeiro de 2021, pelas quartas de final da 74ª edição da Copa Itália, por mera designação de tabela, coube à Inter, apelidada “Biscione”, a serpente mitológica da Lombardia, receber o Milan, apelidado de “Diavolo”. Em seu Meazza. No total de jogos oficiais, foi o seu duelo de número 228. Num embate repleto de fatos inesperados, com os atletas e até o próprio árbitro, a Inter sobrepujou o Milan, 2 X 1 e modificou as estatísticas antológicas do “Derby”. Passou a 82 vitórias contra 77 e a 312 gols contra 303.

O "Diavolo" e a "Biscione"
O "Diavolo" e a "Biscione" O "Diavolo" e a "Biscione"

Evidentemente, como uma minuta do desafio antológico entre os clubes, pairava um enfretamento paralelo entre os seus “cannonieri”, o caladão Romelu Lukaku da Inter e o falastrão Zlatan Ibrahimovic do Milan, ex-colegas e até amigos nos anos do Manchester United. Numa de suas entrevistas eternamente polêmicas, o Ibra havia, digamos, elogiado Lukaku: “Bem , ele não é estrepitoso na técnica. Porém, se destaca pela potência incrível.”

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O momento do arremate de Ibrahimovic, Milan 1 X 0 Inter
O momento do arremate de Ibrahimovic, Milan 1 X 0 Inter O momento do arremate de Ibrahimovic, Milan 1 X 0 Inter

Pois aos 32’ coube ao Ibra abrir vantagem na contenda. Desfrutou um desfio de Rafael Leão, de cocuruto, dois metros além da entrada da área e bateu entre as pernas de Kolarov. A bola rolou, rasteirinha, acertou o poste de Handanovic, perplexo e imóvel, e se afundou nas redes, Milan 1 X 0. É óbvio e é ululante que, depois da justa celebração, o Ibra não hesitou em provocar Lukaku. Que, à sua maneira, esperou que o primeiro tempo terminasse, No trajeto dos vestiários, Lukaku por pouco não trocou tabefes com o Ibra.

Detalhe do entrevero Lukaku X Ibra
Detalhe do entrevero Lukaku X Ibra Detalhe do entrevero Lukaku X Ibra

Teria trabalho Antonio Conte, o treinador da Inter, para reanimar os seus pupilos, no intervalo, e então tentar um segundo tempo de reviravolta, no mínimo para alcançar o empate e levar o cotejo à prorrogação. Sem dizer, claro, que Lukaku procuraria a sua vingança. E Lukaku obteve, ainda que indiretamente. Aos 58’ o Ibra, numa dividida estapafúrdia, atingiu Kolarov pelas costas. Já tinha um cartão amarelo. O árbitro Paolo Valeri, sem alternativa, lhe exibiu o segundo, daí mostrou o vermelho, “ciao” Ibra.

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Lukaku lidera a comemoração do empate da Inter
Lukaku lidera a comemoração do empate da Inter Lukaku lidera a comemoração do empate da Inter

Aos 71’, muito melhor para a “Biscione”, com o apoio do VAR o mediador Valeri apontou um pênalti de Leão em Barella. Que, evidentemente, Lukaku converteu com um torpedo retumbante que chegou a resvalar no travessão do arqueiro Tatarusanu, 1 X 1. Ocorreu, então, um fato inusitado. Valeri sentiu um problema muscular e acabou substituído pelo quarto árbitro, Daniele Chiffi. Que logo constatou que antes de um eventual período suplementar lhe caberia a incumbência de administrar dramáticos 10’ de acréscimos.

Inter 2 X 1, a festa pela eliminação do Milan
Inter 2 X 1, a festa pela eliminação do Milan Inter 2 X 1, a festa pela eliminação do Milan

Tatarusanu, romeno, mero reserva de Gigi Donnarumma, o titular inclusive na seleção “Azzurra”, fora por causa de uma suspensão, brilhou como o herói do Milan enquanto pôde. E então, aos 95’, mais um episódio absolutamente insólito enriqueceu o relato da pugna. Falta em Lautaro, na meia-lua. O dinamarquês Eriksen, a quem o treinador Conte desprezou por quase toda a temporada, acabado de entrar no posto de Brozovic, cobrou no ângulo, Inter 2 X 1. Qualificada a “Biscione” que, em 3 e 10 de Fevereiro, semifinais de ida e volta, pegará quem vencer Juventus X Spal que se digladiam nesta quarta, dia 27.

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Eis os jogos remanescentes:

Quarta, dia 27, 13h45 (de Brasília), em Bérgamo:

Gewiss Stadium

ATALANTA X LAZIO

Quarta, dia 27, 16h45 (de Brasília), em Turim:

Allianz Stadium

JUVENTUS X SPAL

Quinta, dia 28, em Nápoles:

Stadio Diego Armando Maradona

NAPOLI X SPEZIA

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