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Muita luta mas nenhum milagre, o "Timão" está fora da Sul-Americana

Mesmo sem medo da altitude ou da torcida ruidosa do Equador, o Corinthians não conseguiu reverter os 0 X 2 que o Del Valle lhe pespegou em São Paulo

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A celebração, o Del Valle na decisão da Copa
A celebração, o Del Valle na decisão da Copa A celebração, o Del Valle na decisão da Copa

Seria o maior vexame da história internacional do Sport Club Corinthians Paulista, a caminho do seu aniversário de número 110. Não pela derrota eventual, e normal, na altitude de Quito, Equador, 2.850 metros acima do nível do mar. Nem por um empate diante do aguerrido elenco do Independiente Del Valle. Mas, pela conseqüência da derrota em casa, na Arena ainda-sem-nome de Itaquera, 0 X 2, quando os “Rayados” lhe infligiram um inolvidável vareio de bola. Apenas não se cristalizou a vergonha pela eliminação porque, ao menos, o Corinthians não temeu o adversário, a platéia ruidosa, ou o ar rarefeito. Com 2 X 2 no placar, saiu triste do Equador. Mas, com boa parte da sua dignidade recuperada por batalhar bastante por um triunfo.

Em Itaquera, Corinthians 0 X 2 Del Valle
Em Itaquera, Corinthians 0 X 2 Del Valle Em Itaquera, Corinthians 0 X 2 Del Valle

Diante de um clube fundado em 1958, basicamente com a metade da sua idade, ao “Mosqueteiro” de Fábio Carille não sobrava qualquer alternativa além de atacar e atacar, sem piedade. Carille imaginava que seu rival, o espanhol Miguel Àngel Ramírez Medina, nascido em Las Palmas, em 1984, no Del Valle desde Junho de 2018, apostaria no que faz de melhor: os toques rápidos e as descidas em profundidade. Ramírez, como ele gosta de ser chamado, assumiu o comando dos “Rayados”, originalmente, como o coordenador das suas categorias de base. Licenciado na UEFA, a entidade que administra o Futebol na Europa, é um seguidor fanático do tiki-taka do seu conterrâneo Pep Guardiola. Ao contrário, contudo, optou por se locupletar do resultado da Paulicéia, e ostensivamente cauteloso, se segurou.

Uma visão bucólica de Sangolguí
Uma visão bucólica de Sangolguí Uma visão bucólica de Sangolguí

Na verdade um clube de San Juan Bautista de Sangolquí, cidade com 75.000 habitantes, a 25 minutos de Quito, o Del Valle manda os seus cotejos num estádio mínimo, o Municipal General Rumiñahui, de meros 7.233 lugares. Claro, se obrigou a hospedar o “Timão” num espaço bem maior, o Atahualpa da capital, 35.742. E não se trata de um jejuno, um inocente no Futebol. Ainda não levantou um único título em seu país. De todo modo, já chegou a vice da Libertadores/2016, com 0 X 0 em casa e 0 X 1 em visita ao Atlético Nacional de Medellin, na Colômbia. E, graças ao seu excelente manancial, supervisionado por Ramírez, também foi o vice da Libertadores Sub-18 de 2018.

A Família de Júnior Sornoza, antes dos 2 X 2, ainda esperançosa
A Família de Júnior Sornoza, antes dos 2 X 2, ainda esperançosa A Família de Júnior Sornoza, antes dos 2 X 2, ainda esperançosa

A família de Júnior Sornoza, revelado no Independiente e ex-Fluminense do Rio, antes de se instalar no “Timão”, se juntou ao bando de 500 corinthianos que escoltaram a sua equipe na procura do milagre. E todos vibraram, aos 28’, quando Ralf roubou a pelota na divisória do campo e enfiou a Pedrinho, que lançou a Vágner Love. No fundo do gramado, Love cruzou ao isolado e livre Boselli, 1 X 0. Incrível: nenhuma semelhança entre os “Rayados” que tinham detonado o “Mosqueteiro” em Itaquera e o elenco tímido diante dos próprios fãs. Só a trave e a ausência de pontaria evitaram a ampliação do placar. Restava saber se o fôlego do “Timão” resistiria até o final do combate.

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Miguel Ángel Martínez, na entrevista coletiva da classificação
Miguel Ángel Martínez, na entrevista coletiva da classificação Miguel Ángel Martínez, na entrevista coletiva da classificação

Pena, para Carille e para os corinthianos, paulatinamente, de fato, o desgaste físico se exacerbou. Cresceu o perigo da igualdade, ao invés da oportunidade do tento dos 2 X 0 que conduziria à disputa de penais. A velocidade da bola começou a superar o poder de tração da musculatura dos atletas do “Timão”. Então, aos 70’, mais uma vez o becão Manuel falhou, Jhon Sánchez escapuliu pela esquerda e, adiantado o arqueiro Cássio, cravou 1 X 1. O drama. Que fervilhou de vez aos 81 quando, após o recurso ao VAR, o árbitro Piero Maza, do Chile, apontou, corretamente, o pênalti de Landázuri em Danilo Avelar. Com a conversão de Clayson, Corinthians 2 X 1. Não houve tempo para os festejos, porém. Logo, em mais uma barbeiragem da zaga alvinegra, Cabeza definiu, 2 X 2. Ao menos o Corinthians não se despediu sem lutar.

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