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Graças a um gol estranho, a França conquista a Nations League 20/21

Um lance no qual Mbappé, pela TV, pareceu claramente impedido, mas que o inglês Anthony Taylor e o VAR validaram sem hesitação, um triunfo de 2 X 1 sobre uma Espanha lutadora até o fim do jogo

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

A capa do Twitter da seleção campeã
A capa do Twitter da seleção campeã A capa do Twitter da seleção campeã

Numa expressão: um muxôxo. Depois de 164 partidas nas quais se registraram 376 tentos, a média pífia de 2,29, acabou com aplausos desenxabidos a segunda edição da Nations League de seleções, a disputa paralela à clássica Eurocopa que a Uefa idealizou para mobilizar todas as 55 afiliadas nas chamadas “Datas Fifa”, quando, na razoável maioria, as não entretidas nas eliminatórias continentais se dedicam aos amistosos de caça-centavos.

Os abraços dos "Azzurri" a Barella, autor do gol do 1 X 0 da Itália
Os abraços dos "Azzurri" a Barella, autor do gol do 1 X 0 da Itália Os abraços dos "Azzurri" a Barella, autor do gol do 1 X 0 da Itália

Portugal abiscoitou a edição anterior, em 2018/2019, ao superar a Neerlândia por 1 X 0. Agora, pelo consolo da medalha de bronze, neste domingo, o dia 10 de Outubro, no Allianz de Turim, a Itália, encarregada de organizar as semis e a decisão, suplantou a Bélgica por 2 X 1 (Barella, Berardi/pen X De Ketelaere). Na luta pelo título, efetuada no San Siro de Milão, a França bateu a Espanha, 2 X 1. As quatro seleções integram a Série A, a divisão de cima da NL. No resumo específico dessa Série A houve 52 jogos e 146 gols, a média melhor de 2,80.

A cerimônia da entrega do troféu aos "Bleus" de branco
A cerimônia da entrega do troféu aos "Bleus" de branco A cerimônia da entrega do troféu aos "Bleus" de branco

Na história do futebol, foi a partida de número 36 entre a “Fúria” e os “Bleus”, e a França obteve o seu triunfo de número 13 contra os 16 da Espanha. Nos gols, reduziu a diferença, que era farta e permanece larga, 37 a 63. Numa final, porém, contam pouco, ou quase nada, as estatísticas e o passado. E transcorreu equilibradíssima a etapa inicial da contenda, a “Fúria” com o seu habitual fardamento de camisas rubras e calções azul-escuro, os “Bleus” de branco total, contingências visuais da TV. Mas, aos 43’, o inesperado atrapalhou os planos de Didier Deschamps, o seu treinador desde 2012, uma lesão de Varane, o pilar da sua defesa, substituído por um reserva de nome exótico, o guineense naturalizado Dayotchanculle Upamecano, 22 de idade e apenas quatro convocações.

Detalhe do gol de Oyarzábal, a Espanha com 1 X 0
Detalhe do gol de Oyarzábal, a Espanha com 1 X 0 Detalhe do gol de Oyarzábal, a Espanha com 1 X 0

Só aos 64’ a Espanha soube se locupletar do natural desentrosamento da retaguarda da França. Busquets, da sua intermediária, lançou Oyarzábal em profundidade e exatamente às costas de Upamecano. Um tiro rasteiro, no canto de Lloris, colocou a “Fúria” na frente, 1 X 0. Luís Enrique, o treinador da Espanha, mal pôde comemorar, porém. Logo aos 66’, no bico esquerdo da grande área da rival, Benzema cortou Azpilicueta e bateu, cruzado, bem no outro ângulo do adiantado Lloris, que ainda espalmou, inutilmente, 1 X 1. Os “Bleus” de branco, no entanto, aos 80’ passariam à frente, 2 X 1, numa jogada polêmica, a provocar discussões através dos séculos. Theo Hernández tocou para Mbappè no meio da zaga. Impedido ou não o astro da França, que já havia acertado um petardo nas traves ibéricas?

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Detalhe do gol de Mbappé, a França 2 X 1
Detalhe do gol de Mbappé, a França 2 X 1 Detalhe do gol de Mbappé, a França 2 X 1

Para quem viu pela TV, sim. Todavia, para o mediador Antony Taylor, o seu auxiliar Gary Beswick e a equipe do VAR, da Inglaterra, não, pois a bola teria resvalado, antes, num pé ibérico. França com 2 X 1. À “Fúria” restou buscar justiça com o peso do apelido. E foi irada, raivosa, e por isso mesmo atabalhoadérrima que gastou o tempo remanescente na busca da igualdade e da prorrogação, até mesmo com o seu arqueiro Unai Simon, no desespero, a ampliar a ofensiva. Ao contrário, e já nos acréscimos, brilhou o adversário de meta, Lloris, ao catar no susto um chute à queima-roupa de Yeremi Pino. Unai Simon ainda testou para fora um escanteio levantado por Koke. E de virada, como já fizera diante da Bélgica, numa das semis, a França arrebataria a taça da Nations League. Aliás, a primeira representação da Europa a acumular a Copa do Mundo, a Eurocopa e esta nova Liga das Nações.

Mbappé, o herói do prélio
Mbappé, o herói do prélio Mbappé, o herói do prélio

Esta NL principiou em 30 de Setembro de 2020 com as 55 seleções separadas em quatro séries, de acordo com a sua posição em um ranking determinado pela competição de 2018/2919. Na Divisão A, em quatro chaves, as 16 melhores. Na Divisão B e na C, as subseqüentes 16 e 16. E então, na Divisão D, as sete restantes, em um grupo de quatro e outro de três. Um projeto que ainda estabelece um regime de acessos e rebaixamentos .

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As divisões da NL e os seus grupos respectivos
As divisões da NL e os seus grupos respectivos As divisões da NL e os seus grupos respectivos

Nesta edição da NL, caíram quatro da Divisão A para a B: a Bósnia, a Islândia, a Suécia e a Ucrânia. Também quatro da B para a C: a Irlanda do Norte, a Eslováquia, a Turquia e a Bulgária. E as últimas quatro da C, Chipre X Estônia, Moldávia X Cazaquistão, se defrontarão em dois jogos de ida e volta, de 24 até 29 de Março de 2022, para se definirem aquelas que atuarão na D na edição seguinte. Subiram da B para a A: a Áustria, a Hungria, a República Checa e Gales. Foram da C à B: a Albânia, a Armênia, a Eslovênia e Montenegro. E ainda foram, da D para a C, os insólitos elencos das Ilhas Far Oer e de Gibraltar, ineditamente merecedores de uma temporada de diversão entre times muito superiores.

Os dez grupos das eliminatórias da Europa
Os dez grupos das eliminatórias da Europa Os dez grupos das eliminatórias da Europa

Um detalhe essencial: existe uma conexão direta entre a NL e as Eliminatórias da Europa à Copa de Qatar/2022. Para as qualificatórias, a Uefa estabeleceu cinco chaves de seis seleções e outras cinco de sete. Automaticamente, as dez campeãs terão o seu lugar garantido na Copa. Como o continente poderá levar 13 equipes, sobrarão três lugares a preencher num minicertame suplementar, igualmente realizado entre 24 e 29 de Março de 2022.

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Haaland, da Noruega, um dos artilheiros da NL
Haaland, da Noruega, um dos artilheiros da NL Haaland, da Noruega, um dos artilheiros da NL

Estarão nesse minicertame as dez vices das chaves das Eliminatórias e as duas equipes provenientes da Nations League. No caso, obviamente, à exceção das dez vices e das dez já classificadas, as duas melhores do ranking. O playoff ostentará três grupos de quatro times, os quais se emparceirarão por sorteio e daí se confrontarão, dois a dois, jogos únicos, até que restem os três sobreviventes. O espanhol Ferrán Torres, o belga Romelu Lukaku e o norueguês Erling Haaland foram os artilheiros, 6 gols.

França, celebração em Milão
França, celebração em Milão França, celebração em Milão

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