Nesta noite de 20 de Agosto, na Arena de Porto Alegre, diante de 47.852 espectadores, pela primeira rodada das quartas-de-final da Libertadores, o Grêmio de Renato Portaluppi, um gaúcho de Guaporé, 56 anos de idade, hospedou o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari, um gaúcho de Passo Fundo, 70, com a expectativa de manter a sua vantagem histórica na antologia dos confrontos de mata-mata entre os dois clubes. Até então, em 11 desafios anteriores, o “Mosqueteiro do Sul” havia sobrepujado o “Periquito/Porco” em 6 oportunidades. Mais. Na única ocasião em que o duelo valeu pela principal competição do continente, em 1995, o Grêmio foi o sobrevivente, 5 X 0 como mandante e 1 X 5 como visitante. O resultado, 0 X 1, frustrou uma platéia veemente, que apoiou os seus ídolos até os acréscimos do cotejo.
Os dois adversários já provinham de uma contenda, pelo Campeonato Brasileiro, na mesma Arena, no sábado logo anterior, dia 17, o empate de 1 X 1. Ambos com elencos alternativos, o “Verdão” de Scolari saiu à frente, aos 30’, graças a Dudu, um dos seus raros titulares em ação, mas o “Mosqueteiro” de Renato não desistiu de correr em busca da igualdade que achou nos instantes derradeiros, quando David Brás desferiu um petardo espetacular. O resultado afastou o Palmeiras da liderança e enfatizou a sua imperiosidade de permanecer aceso na Libertadores. Quanto ao Grêmio, emperrado nas vizinhanças da zona de rebaixamento do nacional, passou a vislumbrar, no torneio da Conmebol, a sua grande chance de salvar a temporada de 2019.
A temperatura na Arena, na casa dos 10 graus, não evitou que as ações, acirradíssimas, se desenrolassem inflamadas e a aspereza prevalecesse nas divididas. Na conseqüência de uma infração, aos 30’, ocorreu o golaço do Palmeiras. De cerca de 30m, Marcos Rocha rolou até Gustavo Scarpa, que fulminou o atônito e atrasado Paulo Victor. A bola ainda resvalou no travessão antes de configurar o 1 X 0. Parecia justo o resultado, o “Verdão” muito mais incisivo do que o “Tricolor” dos Pampas. E o roteiro se repetiu através do segundo tempo do prélio, o Felipão bem superior a Renato, em particular na estruturação da sua defesa. Isso, ao menos, até a enésima expulsão de Felipe Melo, aos 77’. Claro, daí se arrastariam dramaticamente os minutos que ainda faltavam. O “Mosqueteiro”, contudo, entregue, não mais conseguiria espicaçar o “Porco/Periquito”. Um sucesso espetacular do Palmeiras.
O desta terça-feira foi o jogo de número 95 entre as duas equipes. Agora o Palmeiras ostenta 41 vitórias a 19, com 136 tentos a 97. O cotejo de volta, marcado para o dia 27, acontecerá no Pacaembu – pois o Allianz Parque estará de novo ocupado com um show musical. Nesta mesma noitada de terça-feira, pela Sul-Americana, no seu Independência de Belo Horizonte, o favoritíssimo Atlético/MG padeceu bastante até bater os jejunos do La Equidad da Colômbia, um time ultra-modesto, propriedade de uma empresa seguradora de Bogotá, com menos um homem desde os 54’. Placar mirrado de somentre 2 X 1. Resultado perigosíssimo, pois a volta, também no dia 27, ocorrerá numa altitude de 1.640m. Que o "Galo" se acautele.
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