Em Liverpool, a homenagem ao "Rei do Egito"
UEFADepois da sapecada impiedosa do Real Madrid, 3 X 0 na Juventus em Turim, em plena Velha Bota, e depois da vitória numericamente apertada mas tranquila do Bayern em visita ao Sevilla, 2 X 1, na Espanha, mais dois prélios completaram neste dia 4 de Março a primeira rodada dos mata-matas de quartas-de-final da Champions League 2017/18. Os resultados dos combates: Barcelona 4 X 1 Roma, Liverpool 3 X 0 Manchester City.
Em Barcelona, a homenagem a Lionel
UEFADesde 27 de Junho de 2017, com 79 agremiações de 54 países da Europa, na competição atual já aconteceram três etapas de desafios pré-eliminatórios, uma fase de playoffs, uma de oito grupos de quatro times, a fase das oitavas-de-final e estes quatro jogos, total de 210 porfias e 607 tentos, média de 2,89, um global de 8,77 milhões de pessoas, média de 41.780.
Eis as fichas técnicas e as sínteses das pugnas de ida.
Messi: tamta vibração por causa de um gol contra?
UEFA
BARCELONA/ESP X ROMA/ITA
Camp Nou, 99.712 presentes
Barcelona 5 títulos, o último em 2015
Roma nenhum troféu na CL
Tentos: DeRossi/C, Manolas/C, Piqué, Suárez X Dzeko
No passado, equilíbrio absoluto, 4 confrontos, 1 sucesso “Blaugrana” e 1 outro “Giallorosso”. Apenas no volume de tentos uma leve vantagem do Barça, 8 X 6, folga que construiu na sua única vitória, nos grupos da edição de 2015/16, por arrasadores 6 X 1. Contra clubes da Itália, no entanto, em geral, torneios diversos, a “Blaugrana” preservava uma invencibilidade de 12 pugnas. E Lionel Messi, primorosamente, acumulava 100 tentos na CL.
O exato momento do desvio de DeRossi
UEFAMesmo no superlotadíssimo Camp Nou da Catalunha, de todo modo, a Roma resistiu bravamente e apenas sofreu o gol do 1 X 0 num lance azaradérrimo. O capitão Daniele DeRossi tentou cortar uma pelota bem enfiada de Iniesta até Messi e traiu a colocação do arqueiro Alisson Becker. Messi vibrou bastante. Talvez não devesse. O Barça havia acabado de adicionar o seu quatro gol contra num total de 14 perpetrados nesta CL. Absurdo?
Pois ainda marcaria o quinto em 15, aos 55’, num outro infortúnio, um cruzamento de Rakitic até o francês Umiti, na pequena área. No esforço de cortar, o grego Manolas acertou um poste e ainda carambolou a pelota que rebateu na sua canela. Ao menos Piquet marcaria um gol, digamos, não poluído, aos 59’, o desfrute de um belo lance criado por Luisito Suárez.
Dzeko: ousada Roma, mas um consolo inútil
UEFAO ousado visitante “Giallorosso”, contudo, não desistiu. Obrigou Ter Stegen a realizar duas defesas magistrais antes que, aos 80’, o impetuoso artilheiro Dzeko diminuísse, Roma 1 X 3. Só que a esquadra romana, inflamada, decidiu correr atrás de mais uma rete e se escancarou em demasia. Pecado. Aos 87’, Suárez ampliaria, 4 X 1, e tornaria complicadíssima a missão da “Loba”, na volta à sua Capital, no dia 10. Ganhar de 4 X 0? Só num miracolo.
Firmino e Mo Salah: depois da boa tabela, Liverpool 1 X 0
UEFA
LIVERPOOL/ING 3 X 0 MANCHESTER CITY/ING
Anfield Road, 54.053 presentes
Liverpool 5 títulos, o último em 2005
Manchester City nenhum troféu na CL
Tentos:Salah, Oxlade-Chamberlain, Mané
Bastou mera meia hora para que os “Reds” expusessem aos “Bleus” o significado do conceito campo & torcida. Foi de fato avassalador o seu início num jogo habitual, é claro, nas terras de Sua Majestade, porém ainda inédito em torneios da Europa. Aos 12’, um chutão disparatado de Milner afortunadamente encontrou Salah em situação de contra-ataque. O “Rei do Egito” tabelou com Firmino que tentou vazar Éderson. O seu compatriota brasileiro, no entanto, rebateu. E Salah não se equivocou, 1 X 0.
Oxlade-Chamberlain: e o Liverpool despacha o Manchester City
UEFAAos 21’, o mesmo Milner ganhou uma bola dividida, que sobrou para Oxlade-Chamberlain. Daí, da entrada da área partiu um petardo de destra na direção do ângulo da meta de Éderson. Indefensável. Aos 31’, enfim, Salah cruzou, a pelota passou por Firmino e por Kompany mas achou a testada de Mané, 3 X 0. Como em Janeiro, o elenco de Juergen Klopp suplantava o elenco de Pep Guardiola, no único escorregão do City na Premier League até então. Na Inglaterra, aliás, em 179 porfias, o Liverpool abriu 88 triunfos a 45. E tornou razoavelmente sossegado, mesmo em Manchester,o retorno do dia 10.
O CR7 e a celebração do Real Madrid
UEFAOs cotejos da terça-feira, dia 3:
JUVENTUS/ITA 0 X 3 REAL MADRID/ESP
Juventus Stadium, 41.408 presentes
Juventus 2 títulos, o último em 1996
Real 12 títulos, o último em 2017
Tentos: CR7, CR7 e Marcelo
Num jogo que se repetiu dez meses depois daquele único da decisão da CL 2016/17, em Cardiff, no País de Gales, sucesso farto do Real, 4 X 1, a “Velha Senhora” dona da casa, concedeu um gol aos “Merengues”, uniformizados de azul-violáceo, antes mesmo que inúmeros dos seus tifosi se acomodassem nas arquibancadas. Eram apenas 3’ quando Isco cruzou, Cristiano Ronaldo se antecipou a Barzagli e a De Sciglio e bateu com a parte de fora do pé direito para registrar 1 X 0. Foi o gol número 8 do CR7 em 6 pelejas contra a Juventus e, recorde na CL7, agora tentos em 10 prélios consecutivos na competição.
A dona da casa, obviamente, demorou a se recuperar do impacto tão prematuro. De todo modo, pouco a pouco se rearrumou e, só na etapa inicial, desperdiçou ao menos três chances de realizar 1 X 1. No banco, convalescente de uma torção de joelho, Mandzukic se aqueceu para o inexorável sacrifício. Mal entrou, numa tolice do sempre sólido Chiellini o CR7 quase duplicou aos 63’. Logo no lance subsequente, todavia, Carvajal levantou e o CR7, magistralmente, de bicicleta, acertou um ângulo da meta do perplexo Gigi Buffon. Teoricamente, Kaputt, finito. Sim, o prélio definido.
Pior, numa dividida, mais por estabanamento do que por maldade, Dybala alçou a sua perna quase no pescoço do mesmo Carbajal. O segundo cartão amarelo, e a expulsão. O gol de Marcelo, depois de uma tabela com o CR7, aos 72’, meramente coroou a linda partida do maior astro que o Futebol de Portugal já produziu. Agora, em 20 pugnas, 8 vitórias da “Senhora” contra 10 dos “Merengues”, 22 tentos a 22. No retorno de Madrid, na outra quarta, dia 11, a Juve necessitará fazer 4 X 0. Nem por milagre.
Thiago Alcântara e a celebração do Bayern
UEFA
SEVILLA/ESP 1 X 2 BAYERN/ALE
Ramón Sánchez-Pizjuán, 44.572 presentes
Sevilla, nenhum troféu na CL
Bayern 5 títulos, o último em 2015
Tentos: Sarabia X Navas/contra e Thiago Alcântara
Pela primeira vez, desde 1958, classificados às quartas da principal competição do Futebol no Velho Continente, e pela primeira vez contra os bávaros, os “Nervionenses” da Andaluzia defendiam em seus domínios ao menos um privilégio significativo: em 11 pugnas, invictos diante de rivais tedescos, 7 vitórias e 4 igualdades. Pois dominaram as ações e, aos 32’, Sarabia pegou a pelota praticamente na intermediária dos visitantes, correu cerca de 25 metros e tocou à saída de Utreich, 1 X 0. Pior, para o Bayern, o seu ótimo volante chileno Vidal, o melhor em campo até então, logo se machucou e foi substituído pelo colombiano James Rodriguez.
Só que o “cafetero” depressa dominou a pelota e passou ao francês Ribéry, que daí cruzou. Desafortunadamente, Navas, rebateu contra a sua própria meta, placar de 1 X 1 aos 37’. Aos 68’, se romperia o tabu dos “Nervionenses”. Gol de Thiago Alcântara, brasileiro de sangue, filho de Mazinho, volante da seleção campeã nos EUA/94, mas nascido na Itália e com passaporte da Espanha. Detalhe significativo: diante de clubes ibéricos, como visitantes, o Bayern havia perdido os 5 últimos jogos. Claro que o esquadrão de Munique se transformou em favoritíssimo para a volta do dia 11.
No caso de igualdade em pontos, nos cotejos de ida e de retorno, valerão o dobro os tentos anotados no campo do inimigo. Caso o empate persista, o regulamento prevê o drama de uma prorrogação ou até da loteria dos penais. Daí, definidos os quatro sobreviventes, na sexta-feira 13 a UEFA organizará, em Nyon, Suíça, o sorteio da fase seguinte, os mata-matas das semifinais.
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