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Em 3' a Juventus perde seis pontos no Campeonato Italiano de 2020/21

Antes de desafiar a Fiorentina, soube que precisará vencer em campo o jogo que ganhou do Napoli no tapetão. Daí, sofreu o 1 X 0 e não mais acordou.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Castrovilli e Vlahovic, em 3', Juventus 0 X 1 Fiorentina
Castrovilli e Vlahovic, em 3', Juventus 0 X 1 Fiorentina Castrovilli e Vlahovic, em 3', Juventus 0 X 1 Fiorentina

Indubitavelmente, ululantemente, não existem no universo do Futebol rivalidades mais furiosas do que as citadinas, aquelas que antepõem clubes de uma mesma metrópole. No "Calcio" da Itália, claro, Juventus X Torino, Genoa X Sampdoria, Milan X Internazionale, Lazio X Roma. Desde o dia 7 de Outubro de 1928, todavia, um peculiaríssimo cenário de guerra domina os duelos Juventus X Fiorentina, de sedes separadas por 420 quilômetros de excelente rodovia, ou cerca de cinco horas de viagem dentre aprazíveis, bucólicas paisagens.

Uma formação da Fiorentina no final da década de 20 do Século passado
Uma formação da Fiorentina no final da década de 20 do Século passado Uma formação da Fiorentina no final da década de 20 do Século passado

Ocorre que, naquela ocasião, pela primeira vez, uma equipe “Bianconera”, datada de 1897, e a “Viola”, de 1926, se debateram em Turim, a capital do Piemonte, na qual já fervia a popularidade de uma certa FIAT, fábrica-mãe da indústria automobilística da Bota. A Juventus devastou a Fiorentina por 11 X 0. Humilhou a esquadra “Viola”, que se enraizava na Toscana e em uma plaga ultra-orgulhosa, que considerava as maravilhas artísticas do Renascimento como o seu maior trunfo em qualquer espécie de debate. Michelângelo e Da Vinci, imortais na genialidade, sobrepujados por um prosaico motor.

No começo da década de 80, a torcida "Viola" recebe os rivais da Juventus
No começo da década de 80, a torcida "Viola" recebe os rivais da Juventus No começo da década de 80, a torcida "Viola" recebe os rivais da Juventus

A mídia de Turim, obviamente, se locupletou nas ironias que o pessoal de Florença considerou imperdoáveis. Pior, para a “Viola”, no evoluir do tempo mais as diferenças se exageraram. E, desde aquele resultado fatídico, inúmeros fatos serviriam como os catalisadores de fogosas reações. Na temporada de 1981/1982, por exemplo, a Juventus e a Fiorentina desembarcaram na jornada derradeira com os mesmos pontos. Mas, equívocos de arbitragem ajudariam a “Senhora” e então coube à mídia da Toscana provocar: “Melhor sermos os segundos do que sermos os ladrões”.

Um adesivo da Fiorentina, anti-Juve, da década de 80
Um adesivo da Fiorentina, anti-Juve, da década de 80 Um adesivo da Fiorentina, anti-Juve, da década de 80

Paralelamente, até esta terça-feira, o dia 22 de Dezembro de 2020, quando duelaram no seu Allianz Stadium pela rodada 14 do “Nazionale”, em 164 combates a Juventus havia vencido 80 contra 33 triunfos da “Viola”, anotado 281 tentos a 170. E, mandante, não perdia da Fiorentina desde 5 de Março de 2015, placar de 1 X 2. Nas últimas 12 pelejas, aliás, havia vencido 10 contra uma só derrota, e em Florença, 1 X 2, em 15 de Janeiro de 2017. Agora, com 27 pontos, invicta, mesmo sem a sua platéia, vazio o Allianz por causa da Covid-19, natural o seu favoritismo diante de uma Fiorentina emperrada nos 11.

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Dia 4 de Outubro, Buffon espera pelo Napoli, que não apareceu para jogar
Dia 4 de Outubro, Buffon espera pelo Napoli, que não apareceu para jogar Dia 4 de Outubro, Buffon espera pelo Napoli, que não apareceu para jogar

Não começou auspiciosamente, porém, este “martedì” da Juve. Antes de se iniciar a porfia diante da “Viola”, a sua diretoria recebeu uma determinação do Comitê Olímpico Nacional Italiano, o CONI, organismo maior dos esportes na Bota, formalizando a realização da sua peleja contra o Napoli, marcada para 4 de Outubro, mas que não ocorreu por não comparecimento do “Burro” da Terra da Pizza, o seu elenco atacado pela pandemia. Gerardo Mastrandrea, magistrado que administra os assuntos legais no “Calcio”, concedeu os três pontos à “Senhora” e, ainda, penalizou o Napoli com a perda de um degrau. O “Burro” recorreu e ganhou. Consequência direta: a Juve retornou ao patamar dos 24. Disputará um novo prélio, talvez, no próximo dia 13 de Janeiro.

Aos 3', o momento do arremate de Vlahovic, Juve 0 X 1 Fiorentina
Aos 3', o momento do arremate de Vlahovic, Juve 0 X 1 Fiorentina Aos 3', o momento do arremate de Vlahovic, Juve 0 X 1 Fiorentina

Claro, parece absolutamente viável que a “Bianconera” recupere os três pontos que, convenhamos, não foi nada olímpico arrebatar “in tavolino”, ou no tapetão. Todavia, se tornou crucial suplantar a Fiorentina e se tranqüilizar, um mínimo, antes da chamada “sosta di Natale”. Deveria ter avisado o elenco da “Viola”, que inaugurou o placar, logo aos 3’, num contra-ataque fulminante, belo passe de Ribéry a Vlahovic. Pior, aos 18’, Cuadrado deslizou num carrinho imprudente até as canelas de Castrovilli e levou um correto cartão vermelho. Desmilinguiu-se a Juve e a visitante assumiu integralmente o comando.

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A vibração do elenco da "Viola" com os 3 X 0 em Turim
A vibração do elenco da "Viola" com os 3 X 0 em Turim A vibração do elenco da "Viola" com os 3 X 0 em Turim

Indubitavelmente, ululantemente, a "Senhora" necessitaria de um lampejo de algum dos seus talentos individuais. Ou precisaria de uma barbeiragem de um dos componentes da esquadra “Viola”. Difícil, até para quem dispõe, como o treinador Andrea Pirlo, de um Cristiano Ronaldo, em briga pela artilharia. Sucedeu, daí, o muito e muito pior. Aos 76’, um levantamento sem destino de Biraghi, uma furada patética de Bonucci e, do lado oposto, um desvio desconjuntado de Alex Sandro contra a própria meta. E a Fiorentina ampliaria, 3 X 0, Cáceres, aos 81’. A primeira vez em 34 cotejos como mandante que a Juve não cravou ao menos uma “rete” na Fiorentina. E ainda corre o risco de, nesta quarta-feira, 23, desabar ao oitavo posto na classificação.

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