Até para a torcida do Corinthians existe ressaca de Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, 18 de Julho, apenas três dias depois de a seleção da França derrotar a da Croácia, 4 X 2, e levantar a taça da competição em Moscou, meros 20.073 espectadores presenciaram, na Arena ainda-sem-nome-de-Itaquera, capacidade para 49.205 pessoas, o “Mosqueteiro” desafiar o Botafogo do Rio e sair com um sucesso digno do seu título de 2017.
Desde o seu amistoso inaugural, no Parque São Jorge, em 14 de Abril de 1929, Corinthians 4 X 3, até o cotejo mais recente, no Nílton Santos do Rio, pelo Brasileiro de 2017, em 22 de Outubro, triunfo do “Glorioso” 1 X 0, os rivais acumulavam 108 combates, larga vantagem do alvinegro da Estrela Solitária, 46 sucessos a 37, 163 tentos a 155. O “Mosqueteiro”, claro, nem de longe pretendia encurtar tal distância. Na verdade, num confronto direto, fantasiava a possibilidade de ultrapassar o Botafogo na tabela de classificação do atual campeonato nacional, do qual é o detentor do troféu.
Os dois elencos subiram ao campo da Arena em situações bastante parecidas. Depois de 12 rodadas, o Corinthians ostentava 16 pontos, com 12 tentos a 9. O Botafogo tinha 17 pontos, com 16 tentos a 14. À parte a briga particular, ambos desejavam sobrepujar o Sport Recife, 19, que fora até Fortaleza pegar o lanterninha Ceará, 5, e havia parado na vibração do adversário, 1 X 0 em favor do anfitrião. E também não queriam se afastar mais do Flamengo, o líder nos 27 pontos: no mesmo horário o “Urubu” havia lutado com o São Paulo, 23, e tombado, 0 X 1. Nem desejavam se afastar do Grêmio, 20, que havia hospedado o Atlético Mineiro, 23, em Porto Alegre, e vencido,
Não demoraram 3’ para que o Corinthians inaugurasse o marcador. Roger tocou a Romero que bateu, de quase 25 metros. Rabello devolveu e, um pouquinho mais atrás, de primeira, Rodriguinho fulminou o ângulo de Jefferson, 1 X 0, o seu quinto tento dentre os então 13 do “Timão”. O gol desfez as tensões do retorno depois de quase um mês de interrupção no certame. Inclusive os rapazes do Fogo, agora sob a orientação de Marcos Paquetá, que substituiu Alberto Valentim, transferido, em Junho, ao Pyramids do Egito. Enquanto o “Glorioso” tentava penetrar nos toques laterais, o “Mosqueteiro” optava pelas investidas em profundidade.
Com as arquibancadas tristemente rarefeitas, ao menos em relação ao habitual da Arena, na etapa derradeira os pupilos de Osmar Loss mantiveram o seu estilo, controle do meio-campo e velocidade nas descidas. Roger, o seu centroavante, porém, parecia muito mais estático do que o famoso. Então, aos 73’, Loss colocou Jonathas, recém-chegado do Hannover da Alemanha. Curiosidade: aos 76, antes que Jonathas pegasse na pelota, Rodriguinho deu a Fagner que enfiou a Romero, perfeito, chute cruzado, 2 X 0. Impressionante, o Botafogo ainda conseguiu produzir quatro chances agudas, Mas, em todas, Cássio, no seu pós-Copa, espetacularmente fulgurou.
Resumo do topo da tabela após as pelejas desta quarta: Flamengo 27 pontos, São Paulo 26, Atlético Mineiro 23, Grêmio 23, Internacional 22, Palmeiras 19, Corinthians 19, Sport 19, Cruzeiro 18, Botafogo 17. Nesta quinta, Santos X Palmeiras e Atlético Paranaense X Internacional.
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