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Corinthians X Palmeiras, uma rivalidade com 101 anos de história

Neste sábado, na Arena de Itaquera, o duelo de número 356: por enquanto, uma vantagem insignificante do "Verdão" por 125 triunfos a 123

Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti

O Cascão do "Timão" e o Cebolinha do "Verdão": os dois pela paz
O Cascão do "Timão" e o Cebolinha do "Verdão": os dois pela paz O Cascão do "Timão" e o Cebolinha do "Verdão": os dois pela paz

Os torcedores do Palmeiras não admitem a verdade. Mas, é uma realidade indebatível que o “Verdão” se originou de uma dissidência do Corinthians. Em Agosto de 2014, os alemães já tinham o seu Germânia, os britânicos o seu Mackenzie, e o Corinthians, que surgira em 1910 sob a inspiração de peninsulares como Miguel Battaglia, Rafael Perrone e Alexandre Magnani, escancarava as suas portas a pessoas de todas as raízes étnicas.

Battaglia, abaixo, de bigode, e os fundadores do Corinthians
Battaglia, abaixo, de bigode, e os fundadores do Corinthians Battaglia, abaixo, de bigode, e os fundadores do Corinthians

Insatisfeitos, amigos italianos de Magnani e de Battaglia, liderados por Vicente Ragognetti e por Luigi Cervo, dois funcionários das alentadas Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, instalaram formalmente o seu cisma. No dia 14, com a data de 13, o “Fanfulla”, periódico da colônia, publicou uma conclamação aos interessados na criação de um clube de Futebol. E já no dia 26, inclusive com o apoio oficial do Cônsul da nação da Velha Bota e com Ezequiel Simone na sua presidência, o Palestra Itália nasceu.

Reprodução da carta dos peninsulares ao "Fanfulla"
Reprodução da carta dos peninsulares ao "Fanfulla" Reprodução da carta dos peninsulares ao "Fanfulla"

Paralelamente nasceu, também, a rivalidade radical que, por exemplo, a CNN, rede multinacional de jornalismo, em 2006 considerou a nona maior no planeta e a segunda nas Américas, apenas atrás de Boca Juniors X River Plate na Argentina. De todo modo, uma rivalidade que, depois da dissidência, ainda demoraria três anos até inaugurar a sua história no gramado. Em 5/5/17, no Parque Antártica, por 3 X 0, no ainda incipiente Campeonato Paulista daquela época, o anfitrião Palestra Itália destruiu uma série invicta de 25 pelejas do Corinthians e acendeu o estopim que se estica até hoje.

Em Novembro de 2017, a celebração do gol de Balbuena
Em Novembro de 2017, a celebração do gol de Balbuena Em Novembro de 2017, a celebração do gol de Balbuena

Neste sábado, na sua Arena ainda-sem-nome de Itaquera, o “Mosqueteiro” tentará preservar a pureza estatística que definiu em 2017, durante o Centenário do duelo: em três prélios, três vitórias, 1 X 0 no Paulista, 2 X 0 e 3 X 2 no Brasileiro em que garantiria o seu título de número 7. No total, entre aquele 5 de Maio de 1917 e os 3 X 2 de 5 de Novembro, o Corinthians e o Palmeiras se digladiaram em 355 oportunidades. O “Verdão” leva uma vantagem insignificante de triunfos, 125 a 123. Porém, uma folga maior nos tentos anotados, 514 contra 476. No Paulista, ao contrário, tem vantagem o “Mosqueteiro”, 75 sucessos a 69, embora perca nos tentos, 278 a 296.

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Reprodução da manchete de 6/11/33
Reprodução da manchete de 6/11/33 Reprodução da manchete de 6/11/33

Coube ao Palmeiras, aliás, a maior goleada da antologia do confronto que o enciclopédico jornalista Thomaz Mazzoni (1900-1969) batizou de “Derby”. Em outro dia 5, no caso de Novembro de 1933, pelo certame Estadual que se superpunha ao Torneio Rio-São Paulo, o Palestra Itália sapecou 8 X 0 no Corinthians. Cujo resultado mais volumoso, 5 X 1, ocorreu em 1º de Agosto de 1982, pelo Estadual, quando um certo Walter Casagrande Junior, ao lado do saudoso Dr. Sócrates, registrou três.

A celebração de Casagrande nos 5 X 1 de 1982
A celebração de Casagrande nos 5 X 1 de 1982 A celebração de Casagrande nos 5 X 1 de 1982

No combate deste sábado se espera um novo recorde de torcedores na Arena do “Timão”. O volume de público deverá superar os 46.090 pagantes e os 46.493 presentes que testemunharam, precisamente, os 3 X 2 de 2017.

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