Placar nulo para uma partida medíocre na Arena de Itaquera
@ConmebolCom um treinador basicamente tranqüilo, Fábio Carille, o mesmo desde 7 de Dezembro, tricampeão estadual, um elenco em franca ascensão, agora entre os seis melhores do Campeonato Brasileiro, a retaguarda menos vazada do torneio. E um elenco em plena crise, na zona sombria do triste rebaixamento à Série B, demitido Fernando Diniz e já contratado Oswaldo de Oliveira – mas, no comando interino, o seu ex-volante Marcão, ou Marcos Aurélio de Oliveira, desde 2014 na Comissão Técnica do seu clube. Foi em tal cenário que, nesta quinta-feira, 22 de Agosto, na Arena ainda-sem-nome de Itaquera, diante de 37.550 pessoas, o Corinthians e o Fluminense se defrontaram pela fase de quartas-de-final da Copa Sul-Americana de 2019. Uma partida medíocre.
o recém-chegado Oswaldo de Oliveira e o interino Marcão
Fluminense/Daniel PerpétuoNuma noite particularmente fria na Zona Leste da cidade, a temperatura nas bordas dos 12 graus, o “Mosqueteiro” empacou na zaga do “Pó-de-Arroz”, 0 X 0, no seu duelo histórico de número 108. Nas estatísticas, o Corinthians apenas bate o Fluminense por 39 vitórias a 38, nos tentos 141 a 138. O elenco de Carille ao menos ainda não perdeu nesta 18ª edição da Sul-Americana. Passou pelo Racing da Argentina, pelo Deportivo Lara da Venezuela e pelo Montevideo Wanderers do Uruguai. Até desembarcar nas quartas, somou 4 triunfos e 2 empates. Sonha em repetir a sua performance de 2012, quando Carille era o assistente de Adenor “Tite” Bacchi e o “Timão” abiscoitou o título então inédito da Libertadores com 8 triunfos e 6 empates. Naquela campanha, sofreu meros 4 tentos, a média muito além de excelente, de 0,28 por prélio. No Brasileiro, a média da defesa de Carille é 0,6. Na continental, era 0,5.
Fagner, e um dos infinitos levantamentos inúteis do "Timão"
@CorinthiansComo permaneceu incólume diante do Fluminense, a sua média nesta Sul-Americana baixou para 0,43. O problema do “Mosqueteiro”, todavia, esteve na sua falta integral de potência ofensiva. Nos primeiros 45’ o seu rival carioca não levou um só perigo à meta de Cássio. Mas o Corinthians, por sua vez, se limitou aos chuveirinhos destemperados e aos cruzamentos inconseqüentes. Todos, sem exceção, a esbarrarem numa muralha de oito homens enfileirados no limite da área de Muriel. E a etapa derradeira não exibiu alterações nesse panorama. Levantamentos atrás de levantamentos estéreis até os 61’, quando Carille colocou Jádson no lugar de Mateus Vital, um motorzinho sem o torque crucial. O “Timão” ainda carecia de “punch” na sua frente. E, aos 67’, entrou Boselli no lugar de Vagner Love, um batalhador, mas solitário e exaurido.
O braço de um torcedor do Corinthians na sua Arena de Itaquera
@CorinthiansNos últimos 10’, com o retorno de Gustagol, o artilheiro do semestre inicial, afastado dos titulares desde Julho, aos fãs do “Mosqueteiro” só restava recorrer ao sincretismo, à sua mescla de crenças, aos matadores lendários de dragões. Só que padroeiros não realizam os tentos indispensáveis a uma vitória que, na teoria, parecia sossegadíssima. Muito ao contrário, podem causar sofrimento. Como aos 90’, na porta dos acréscimos, quando Gustagol, livre, cabeceou, e Muriel espalmou no travessão. No drama do retorno, no Rio, Maracanã, dia 29, pesará bastante a preciosa defesa de Carille. Caso preserve o zero no seu lado do placar, ao “Timão” bastará um gol para se qualificar.
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