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A Juventus, de virada, e o City, com derrota, seguem adiante na CL

Numa peleja espetacular, a "Senhora" de Turim bateu o Tottenham por 2 X 1, e o Basel, também 2 X 1, quebrou uma longa invencibilidade de Guardiola

Silvio Lancellotti|Sílvio Lancellotti

Higuaín: no sacrifício, o herói de Wembley
Higuaín: no sacrifício, o herói de Wembley Higuaín: no sacrifício, o herói de Wembley

Depois do Real Madrid da Espanha e do Liverpool da Inglaterra, também a Juventus da Itália e o Manchester City, outro clube do Reino Unido, se classificaram nesta quarta-feira, dia 7 de Março, à fase das quartas-de-final da Champions League de 2017/18. A “Zebra” porque, depois do infeliz resultado de 2 X 2 no Allianz Stadium de Turim, ignorou o templo sagrado de Wembley e bateu o Tottenham, magistralmente, de virada, 2 X 1. E os “Citizens”, antes os detonadores dos “RotBlau” do Basel, por 4 X 0, na Suíça, relaxaram em seus domínios, 1 X 2 - sobreviveram por disporem de muitas gorduras para queimar. A competição, agora, acumula 582 tentos em 202 prélios, média de 2,88. E já abrigou um público de 8,24 milhões, média de 40.800.

Os jogos da quarta:

TOTTENHAM (ING) 1 X 2 JUVENTUS (ITA)

Wembley Stadium, Londres, 89.792 presentes

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Tentos: Son X Higuaín e Dybala

Na ida: Juventus 2 X 2 Tottenham

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Missão complicadíssima, a da “Velha Senhora”: resgatar o escorregão caseiro no seu único duelo, até então, contra o alvi-marinho britânico, em toda a história do Futebol. Poderia ter despachado os “Galos” visitantes já na etapa inicial de Turim. Dois tentos antes dos 10’. Daí, ao invés de consolidar a sua folga, fraquejou. O artilheiro Higuaín, inclusive, desferiu um pênalti no travessão. Massimiliano Allegri, o treinador da Juve, o escalou no sacrifício para o retorno. Enquanto isso, os hospedeiros não dispuseram do lateral Aurier, suspenso, e do atacante Lamela, dores musculares. Hospedeiros, na platéia, em vantagem de 8 X 1 sobre os viajantes peninsulares.

Can, no posto de Lamela, a surpresa de Pochettino, Tottenham 1 X 0
Can, no posto de Lamela, a surpresa de Pochettino, Tottenham 1 X 0 Can, no posto de Lamela, a surpresa de Pochettino, Tottenham 1 X 0

Naturalmente, o argentino Maurício Pochettino, mister do Tottenham, entrou cauteloso no prélio. Muita pressão na saída de bola da Juve, avanços através dos flancos e exclusivamente com a situação controlada. Aos poucos, todavia, de apenas esporádica essa postura se tornou um hábito. Pareceu claro que a Allegri satisfaria realizar 1 X 0 e, então, segurar o rival. Só que o Tottenham cresceu na pugna, mereceu inverter o padrão e abriu o marcador aos 39’, o sul-coreano Son, uma aparada de tornozelo, depois de a pelota atravessar livremente a bequeira inteirinha e área de Gigi Buffon.

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Dybala, 2 X 1, e a Juve quebra um tabu em Wembley
Dybala, 2 X 1, e a Juve quebra um tabu em Wembley Dybala, 2 X 1, e a Juve quebra um tabu em Wembley

O panorama apenas se alterou aos 61’ quando Allegri se acendeu e substituiu o central Benatia por Lichtsteiner, um ala apoiador. Aos 64’, Lichtsteiner atingiu a linha de fundo e levantou. Khedira desviou e Higuaín arrematou de primeira, um toque sutil ao lado de Loris. Os “Galos” mal deram a nova saída e Higuaín recuperou a pelota e, em profundidade, enviou ao compatriota Dybala, 2 X 1. Na sua posição, junto aos seus reservas, um desnorteado Pochettino fitou o vazio, sem acreditar. O seu elenco, de todo modo, aceitou correr com fúria atrás do prejuízo. E o último quarto de hora proporcionou um sufoco à Juve, que jamais havia abiscoitado um triunfo em Wembley. Aos 90’, ocorreu até um milagre absolutamente mágico de Buffon, uma rebatida do travessão e a salvezza de Chiellini precisamente na linha fatal.

Humenagem da UEFA, em todos os jogos, por Astori, um minuto de silêncio
Humenagem da UEFA, em todos os jogos, por Astori, um minuto de silêncio Humenagem da UEFA, em todos os jogos, por Astori, um minuto de silêncio

MANCHESTER CITY (ING) 1 X 2 BASEL (SUI)

Etihad Stadium, 54.845 presentes

Tentos: Gabriel Jesus X Elyounoussi e Lang

Na ida: Basel 0 X 4 Manchester City

Gabriel Jesus, o gol 100 do City na história da Champions
Gabriel Jesus, o gol 100 do City na história da Champions Gabriel Jesus, o gol 100 do City na história da Champions

Um único duelo na história, na ida em Basiléia. Com três tentos antes dos 25’, os “Citizens” desnortearam os rivais, que fantasiavam o seu desembarque glorioso numa fase posterior da competição. Agora, claro, impossível. Mais: já invictos em casa desde Dezembro de 2016, os pupilos de Pep Guardiola inauguraram o placar, no Etihad, logo aos 8’, quando Bernardo Silva cruzou e Gabriel Jesus escorou – o gol de número 100 do City em sua aventura na Champions. Os suíços, porém, não soçobraram. E, aos 17’, Elyounoussi desfrutou uma tolice que tornou o Pep bem enfurecido, 1 X 1.

Basel 2 X 1, uma vitória de antologia na Inglaterra
Basel 2 X 1, uma vitória de antologia na Inglaterra Basel 2 X 1, uma vitória de antologia na Inglaterra

Com a exceção de um susto enorme sofrido por Gabriel Jesus, ao levar uma pancada desleal de Lacroix, que recebeu um mero cartão amarelo, o cotejo não exibiu outras ocasiões de nervos retesados. Só que ajuda pouco devastar o rival na sua própria residência. O City amoleceu e, aos 71’, Lang fulminou Bravo, 2 X 1. Acabou, para o Pep, a série de catorze meses sem derrotas.

Os jogos da terça:

PSG (FRA) 1 X 2 REAL MADRID (ESP)

Parc des Princes, Paris, 48.197 presentes

Tentos de: Cavani X Cristiano Ronaldo e Casemiro

Na ida: Real Madrid 3 X 1 PSG

Embora lhes bastasse preservar o resultado original para que prosseguissem na CL, os “Merengues” não adotaram a retranca como estratégia no seu combate de retorno em Paris. De sete jogos anteriores carregavam uma vantagem de três vitórias a duas. E o seu treinador, Zizou Zidane, preservou o seu sistema de alas bem abertos e ofensivos, Lucas Vásquez e Asensio. Restava saber como se portaria o elenco de Unay Amary sem o seu lesionado Neymar, um astro direta ou indiretamente responsável pelos 15 tentos, de um total de 25, que o PSG realizou dentro de casa na fase de grupos.

Casemiro, do Real Madrid
Casemiro, do Real Madrid Casemiro, do Real Madrid

O platino Di Maria substituiu o brasileiro. Meia bastante habilidoso porém, menos incisivo. Apareceu bem pouco, antes do intervalo, exclusivamente quando lhe cabiam as cobranças eventuais de infração. Enquanto o Real tocava a bola, levava perigo até com o zagueiro Sérgio Ramos, o PSG vivia do sonho barulhento dos seus torcedores e da expectativa de fazer dois tentos em 45’. Um mero sonho. Aos 51’, pedante, na linha divisória do gramado, Daniel Alves entregou uma pelota dominadíssima e, na contra-ofensiva em velocidade, precisamente Asensio e Vásquez trocaram passes curtos e, no cruzamento alto a bola caiu na testa do artilheiro Cristiano Ronaldo, agora oito gols em todas as suas oito aparições nesta edição da CL.

No PSG, o desalento
No PSG, o desalento No PSG, o desalento

Houve quem recordasse que, em 1993, nas quartas-de-final da então Copa Uefa, a mãe da atual Liga Europa, em nove minutos o PSG saiu de 0 X 1 para 3 X 1 e, depois de uma prorrogação e de 4 X 1, despediu o mesmo Real da contenda. Só que, aos 66’, tolamente, Verrati acertou um rival pelas costas, debochou da decisão do Felix Brych, o só árbitro alemão, e recebeu um segundo cartão amarelo no mesmo momento. Vermelho. Expulso. Estoicamente, aos 72’, na sobra de um bate-rebate na área dos ibéricos, o uruguaio Cavani, de joelho, cravou 1 X 1. No entanto, ao invés de se assustar, o Real se inflamou. Daí, aos 80’, consequência de uma bobagem de Rabiot, o autor do but dos gauleses em Madrid, Casemiro determinou, 2 X 1.

Com Marquezine, em Mangaratiba: e agora, Ney Jr?
Com Marquezine, em Mangaratiba: e agora, Ney Jr? Com Marquezine, em Mangaratiba: e agora, Ney Jr?

Certamente, na sua mansão de Mangaratiba/RJ, desalento de Neymar, em princípio de tratamento. Desalento dos fãs do PSG, que estimularam os seus atletas mesmo com o placar infausto. Fundamentalmente, porém, um desalento brutal para o proprietário do clube, o megamagnata catariano Nasser Al-Khelaifi, condenado à tristeza do desperdício de uma fortuna numa só temporada. Adieu, até que se desenrole a próxima CL.

LIVERPOOL (ING) 0 X 0 PORTO (PORTUGAL)

Anfield Road Stadium, 53.072 presentes

Na ida: Porto 0 X 5 Liverpool

Certa de 2.000 fanáticos suplantaram os quase 2.200km que separam a Cidade do Porto de Liverpool. Fanáticos e visionários à espera de um milagre sêxtuplo, um sucesso estratosférico dos “Dragões” de Sérgio Conceição sobre os “Reds” de Juergen Klopp. Só um placar de 6 X 0 classificaria os lusitanos. Que, em três jogos anteriores, somavam duas derrotas e um empate.

Liverpool, nas quartas, apesar do 0 X 0
Liverpool, nas quartas, apesar do 0 X 0 Liverpool, nas quartas, apesar do 0 X 0

Apesar de apresentar o ataque mais portentoso da CL, 28 tentos em toda a competição, antes do intervalo o elenco de Klopp não se dignou a desfazer o 0 X 0 do placar. Na verdade, melancólico até então, à parte alguns lampejos de Mané, o cotejo deu sono, muito sono, zzzzzzzzzzz, até terminar.

Nas oitavas, no caso de uma igualdade em pontos, valem o dobro os tentos anotados no campo do inimigo. Daí, no caso de persistir o empate, o regulamento prevê o drama de uma prorrogação e/ou da loteria dos penais. Ainda haverá novas pelejas na próxima semana, dia 13 e dia 14.

Manchester United (Ing) X Sevilla (Esp) – 1 X 1

Roma (Ita) X Shakhtar Donetsk (Ucr) – 1 X 2

Barcelona (Esp) X Chelsea (Ing) – 1 X 1

Besiktas (Tur) X Bayern (Ale) – 0 X 5

Definidos os sobreviventes, na sexta, 16, a UEFA realizará, em Nyon, Suíça, o sorteio dos adversários da fase seguinte, os mata-matas das quartas-de-final.

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