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A Covid-19 re-ataca e suspende Juventus X Napoli pelo Italiano

Nos exames obrigatórios de pré-partida, o flagrante de dois jogadores obriga o "Burro" ao isolamento. Pelo protocolo, a "Senhora" deve ganhar os pontos.

Silvio Lancellotti|Do R7 e Sílvio Lancellotti

Capa do Twitter da Juventus, com o anúncio da suspensão do jogo
Capa do Twitter da Juventus, com o anúncio da suspensão do jogo Capa do Twitter da Juventus, com o anúncio da suspensão do jogo

Norte contra Sul, a opulência contra a precariedade. Ou, numa parábola, numa síntese ao mesmo tempo filosófica e dramática, o torcedor do Napoli vive a imperiosidade de confirmar todo o seu amor por Nápoles enquanto que o torcedor da Juventus não sente a menor necessidade de demonstrar que gosta de Turim. Quando o Napoli nasceu, em 1926, a Itália vivia o apogeu do Fascismo do patético Benito Mussolini (1883-1945) que terminaria enforcado por gente do próprio povo e pendurado pelas pernas num posto de gasolina. De 1897, a Juve acabara de bordar o segundo “scudetto” e já era bem rica.

Mussolini e sua mulher, Clara Petacci, num posto de gasolina o fim do Fascismo
Mussolini e sua mulher, Clara Petacci, num posto de gasolina o fim do Fascismo Mussolini e sua mulher, Clara Petacci, num posto de gasolina o fim do Fascismo

O Napoli, proveniente de uma região basicamente ligada à agricultura e à pesca, apenas disputou o certame logo a seguir, de 1926/27, por mera imposição do “Duce”, que pretendia, no papel, oferecer oportunidades equivalentes de disputa desportiva ao Sul desprivilegiado da Bota. E a Juventus, orgulhosamente, era propriedade da “Famìglia Agnelli”, da Fiat, da fervilhante indústria automobilística da nação. Ironicamente, a Juventus acabaria com o tempo a se transformar na agremiação mais popular do “Calcio” – 35% de todos os torcedores, inclusive os de Nápoles. É a segunda no coração dos “tifosi”. A mais amada virou, também, a mais detestada.

Piotr Zielinski
Piotr Zielinski Piotr Zielinski

Nesse cenário, com apenas mil simbólicos presentes no seu Allianz Stadium, de capacidade para 41.500, a Bota ainda acuada pela Covid-19, a Juventus, ou “Vecchia Signora”, ou “Zebra”, neste domingo, dia 4 de Outubro de 2020, deveria hospedar o Napoli, ou “Burro da Terra da Pizza”, pela terceira rodada do torneio “Nazionale” de 2020/2021. Impiedosa, a pandemia, ressurgente na Itália, impediu. Dois dos atletas do Napoli, o polonês Zielinski e o macedônio Eljif Elmas, não passaram nos obrigatórios exames médicos de “pre-partita”, exigidos pela FIGC, a Federazione Italiana Giuoco Calcio, e pelo Governo.

Eljif Elmas
Eljif Elmas Eljif Elmas

O infortúnio, obviamente horrorível, obrigará que todo o elenco do “Burro”, tanto jogadores como integrantes da Comissão Técnica, se isolem por ao menos duas semanas. Pelo “Tweeter”, a Juve anunciou que cumprirá tudo que o protocolo determina, e subirá normalmente ao campo do Allianz. Muito provável que arrebate os três pontos e que, num asterisco da História, o placar do jogo aponte o triunfo administrativo de 3 X 0. Ninguém pode reclamar. Os vinte clubes da Série A assinaram o protocolo. Resta, no ar, como o vírus SARS-Cov-2, uma certeza: acaba de provar, desafortunadamente, um histrião de nome Donald Trump, que não se brinca com o desconhecido.

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