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A dança das cadeiras dos clubes brasileiros fez mais uma vítima. Na última terça-feira (26), sem conseguir fazer o time reagir, Pintado decidiu deixar a Chapecoense, cada vez mais perto do rebaixamento. E ele está longe de ser o primeiro técnico demitido no Brasileirão
Márcio Cunha/Divulgação/ACF
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O ex-volante se junta a outros 17 profissionais que ficaram sem emprego desde o início do torneio. Um deles é Marquinhos Santos, que estava no Juventude desde o início da temporada e foi mandado embora no dia 18 de outubro. Ele não resistiu à queda de rendimento do time no Brasileirão, e a derrota para o Grêmio foi o estopim. Poucas horas depois, ele assumiu o América-MG
Arthur Dallegrave/Divulgação EC Juventude
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Este aqui não chegou a ser demitido, mas pediu para sair do América-MG. Vagner Mancini se desligou do time mineiro para assumir o Grêmio, no qual estreou justamente provocando a queda de Marquinhos Santos
Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio 17.10.21
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Recentemente, quem passou pela mesma situação foi Luiz Felipe Scolari, que deixou o Grêmio, onde é um dos maiores ídolos da história, dentro da zona de rebaixamento
Lucas Uebel/Grêmio
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Na mesma semana, o São Paulo anunciou que, em comum acordo, Hernán Crespo não era mais o treinador da equipe. Ao longo de oito meses, Crespo dirigiu o time na conquista do Campeonato Paulista e trabalhou em 53 partidas, com 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas, aproveitamento de 57,23% dos pontos. Ele foi substituído por Rogério Ceni
Felipe Lucena/São Paulo
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Apenas um dia após a derrota para o Corinthians, o Bahia anunciou o desligamento do argentino Diego Dabove. O treinador ficou apenas 45 dias no clube e teve um aproveitamento de 28%. Ele foi substituído por Guto Ferreira
Felipe Oliveira/EC Bahia/Divulgação
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Pouco antes, Eduardo Barroca não resistiu à sequência de resultados ruins no Atlético-GO e deixou o clube após o empate sem gols com o Cuiabá na 22ª rodada
Bruno Corsino ACG
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Fernando Diniz também foi demitido após partida contra o Cuiabá, na 19ª rodada. O Peixe perdeu por 2 a 1 no jogo final do primeiro turno, e a diretoria santista entendeu que não dava mais para segurar o técnico, que caiu após pouco mais de três meses no comando da equipe santista
GUSTAVO FARINACIO/UAI FOTO/ESTADÃO CONTEÚDO - 04/09/2021
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Guto Ferreira foi demitido do Ceará no fim de agosto, algumas horas após derrota para o América-MG por 2 a 0. Antes da demissão, Guto era o treinador mais longevo da Série A, com 17 meses de trabalho. Seu desempenho sempre foi bastante elogiado, mas, com a chegada de Vojvoda ao Fortaleza, a boa sequência do maior rival desestabilizou sua caminhada com o Ceará e Guto sucumbiu à pressão
KELY PEREIRA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Umberto Louzer durou pouco no Sport. Segundo o clube, o desligamento do profissional foi decidido em comum acordo. O treinador não resistiu à derrota para o São Paulo na lha do Retiro. Louzer foi o nono técnico a ser mandado embora durante o Campeonato Brasileiro, ao lado de outros nomes conhecidos, como Rogério Ceni, Lisca Doido e Miguel Ángel Ramírez
CAIO FALCÃO/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 06/08/2021
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Roger Machado foi demitido do comando técnico do Fluminense em agosto. O treinador vivia dias de pressão com a sequência de resultados ruins no Campeonato Brasileiro, e a gota d'água foi a eliminação nas quartas de final da Libertadores, no dia 19, para o Barcelona-EQU
MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
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Antes de Roger, Lisca foi uma das principais vítimas da 'dança das cadeiras' dos técnicos no Brasil. Considerado ídolo por grande parte da torcida do América, Lisca iniciou o Brasileirão com boas expectativas de que faria uma grande campanha. Com três derrotas em sequência, porém, esse cenário mudou, e, em comum acordo com a diretoria, ele pediu demissão em junho. Lisca até foi sondado pelo Internacional, mas assumiu o Vasco, na Série B, de onde também já saiu
Gledston Tavares/Agência Estado/22-05-21
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O time gaúcho, por sua vez, demitiu Miguel Ángel Ramírez, que não suportou as derrotas na Copa do Brasil e no Campeonato Gaúcho nem a goleada sofrida para o Fortaleza na segunda rodada do Brasileiro
Internacional
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O primeiro time a mandar embora um técnico foi o Cuiabá, que demitiu Alberto Valentim após o empate na estreia com o Juventude. Depois da saída, muito se especulou sobre os motivos da queda precoce, mas a explicação do clube é que houve um erro na contratação
Divulgação/Cuiabá
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Tiago Nunes também teve queda precoce no comando do Grêmio. O treinador teve um ótimo começo, sendo campeão gaúcho e o primeiro colocado de seu grupo na Sul-Americana. O trabalho desandou a partir do início do Campeonato Brasileiro, com cinco derrotas em sete partidas, e Tiago Nunes foi demitido após mais uma derrota, contra o Atlético-GO, na nona rodada
LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA
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Já Rogério Ceni foi mandado embora no início de julho, mas as razões por trás da demissão passaram muito mais pelos bastidores do que pelos resultados em campo. Áudios vazados de membros do time de scouting do Flamengo detonando Ceni viralizaram nas redes sociais, e o Rubro-Negro optou pela demissão depois da situação claramente insustentável internamente
THIAGO RIBEIRO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 09/07/2021
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Jair Ventura foi demitido da Chapecoense no início de agosto, após uma péssima sequência de resultados. A equipe disputou 14 jogos sob o comando do treinador, sem nenhuma vitória. Foram quatro empates e dez derrotas
THIAGO RIBEIRO/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 11/07/2021
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Dado Cavalcanti assumiu o Bahia no ano passado, após a saída de Mano Menezes, e conseguiu bons resultados no início, mantendo a equipe na Primeira Divisão e até conquistando a Copa do Nordeste em 2021. No entanto, o técnico não resistiu depois de ser eliminado na Copa do Brasil e na Sul-Americana, e foi demitido em agosto, após a derrota para o Atlético-GO
Felipe Oliveira / EC Bahia
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Vale lembrar que, em 2021, as regras do Brasileirão mudaram. Os clubes só podem demitir um técnico em todo o torneio. Se um segundo treinador for dispensado, o clube precisará efetivar alguém que já esteja registrado na equipe junto à CBF — seja um auxiliar, seja um membro das categorias de base
Alexandre Vidal/Flamengo 13.06.21
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Se é o treinador que pede demissão, o ônus não é do clube — mas o profissional só poderá trabalhar para mais um time ao longo da competição. A limitação, no entanto, poderá ser flexibilizada para os dois lados se houver um acordo para a saída
Reprodução/Site CBF