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Xavi foi convidado por Caboclo. Mas a cúpula da CBF e Ednaldo Rodrigues não querem um técnico estrangeiro na Seleção

Privilégios a Neymar. Amistosos inúteis. Resistência dos clubes brasileiros a ceder jogadores. Cúpula da CBF tem certeza que um treinador estrangeiro, com personalidade, se submeteria à rotina da Seleção

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Xavi confirmou ter sido convidado para auxiliar Tite. E depois assumir a Seleção. Foi para o Barcelona
Xavi confirmou ter sido convidado para auxiliar Tite. E depois assumir a Seleção. Foi para o Barcelona Xavi confirmou ter sido convidado para auxiliar Tite. E depois assumir a Seleção. Foi para o Barcelona

São Paulo, Brasil

O presidente da CBF, afastado por assédio sexual e moral, nunca acreditou que as Seleções Brasileiras Masculina e Feminina 'pertenciam' a treinadores que nasceram no país. Rogério Caboclo se notabilizou por repetir a presidentes de federações: técnico para o Brasil precisa ser o melhor.

Ele enfrentou a xenofobia ao contratar a sueca Pia Sundhage. Ela foi anunciada no dia 19 de julho como a treinadora da Seleção Brasileira Feminina. Acabou sendo um teste para do dirigente em relação à reação da imprensa, da opinião pública. Deu mais do que certo.

Caboclo acreditava que com a masculina seria mais problemático.

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E que deveria ser aos poucos.

Primeiro com um auxiliar. 

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Se, como o blog revelou, Marco Polo del Nero contratou Gilmar Rinaldi para ser o coordenador da Seleção Brasileira depois de ouvir o ex-goleiro falar sobre futebol depois de uma 'pizzada' no litoral paulista, Caboclo também não foi mais formal. 

Ao encontrar o ex-jogador e então treinador do Al Sadd, no Mundial de Clubes de 2021 no Catar, o presidente da CBF foi direto. Em pouco mais de cinco minutos de conversa, ele ofereceu o cargo de principal auxiliar de Tite ao espanhol. Até o final da Copa de 2022. E deixou no ar a possibilidade dele assumir a Seleção depois do Mundial.

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"É verdade que me ofereceram. Primeiro, seria auxiliar de Tite, e depois da Copa assumiria a Seleção Brasileira. Mas minha ideia era vir ao Barça", confirmou hoje, Xavi, ao assumir o Barcelona.

Com Tite, Neymar pode tudo. Um estrangeiro não seria tão 'compreensível' quanto o treinador brasileiro
Com Tite, Neymar pode tudo. Um estrangeiro não seria tão 'compreensível' quanto o treinador brasileiro Com Tite, Neymar pode tudo. Um estrangeiro não seria tão 'compreensível' quanto o treinador brasileiro

Só que a transação não deu certo. Primeiro porque Xavi se mostrava obcecado por trabalhar como treinador do Barcelona, onde é um dos grande ídolos.

Segundo porque ao voltar ao Brasil, Caboclo sentiu a resistência de presidentes de Federações e até de dirigentes da CBF. Além do nacionalismo, todos alegaram a mesma coisa.

Um treinador estrangeiro de personalidade não suportaria a intromissão dos clubes brasileiros, tentando travar convocações. Amistosos inúteis. Privilégios dados a Neymar.

A CBF poderia ser exposta com a demissão diante das condições de trabalho de um treinador da Seleção.

A situação travou de vez, agora.

O presidente interino Ednaldo Rodrigues defende que a Seleção deva seguir com um treinador da realidade brasileira, depois que Tite for embora, após o Mundial do Catar.

O avanço em Xavi foi uma atitude intempestiva de Caboclo.

Ednaldo Rodrigues é ligado ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que cansou de repetir que Seleção é para técnicos brasileiros.

Ou seja, a esperança com um treinador com poder para modernizar, trazer conceitos vitoriosos do Exterior, como Guardiola, Klopp, não existe.

Não como sucessor de Tite.

Não logo depois da Copa do Catar.

Não com Ednaldo Rodrigues.

Ele ficará no cargo até março de 2023.

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