A cabeçada fulminante de Mateus Vital garantiu a vitória fundamental
EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDOSão Paulo, Brasil
Os dois clubes já decidiram o Mundial de 2000.
18 anos depois brigaram para escapar da Segunda Divisão.
A tensão dominava o Itaquerão.
O Corinthians não havia conseguido se impor diante do Vasco no primeiro tempo. Os chefes de organizadas, que cobraram os jogadores e o técnico Jair Ventura na sexta-feira, estavam irritados.
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E comandavam a cobrança contra o time durante o jogo. Não se conformavam com o 0 a 0, com a improdutividade, com a fragilidade ofensiva no Itaquerão.
Pior, o fraco time carioca terminou a etapa inicial melhor, pressionando o Corinthians.
No intervalo, Jair Ventura tomou uma ótima decisão.
Mandou seu time marcar a saída de bola vascaína.
Pressionar forte.
E aos quatro minutos, Fagner quebrou a monotonia do jogo. E desceu com personalidade, apostou corrida com o velocista Yago Pikachu. Não só ganhou. Como fez um cruzamento perfeito. A bola chegou com velocidade e precisão na entrada da pequena área, longe do alcance do goleiro Fernando Miguel.
O volante Raul, 1m82, esperava tranquilamente. Mas não percebeu a entrada fulminante de Mateus Vital. O garoto de 20 anos, que nasceu para o futebol em São Januário, se antecipou e cabeceou forte para as redes.
Foi o segundo gol de Matheus Vital desde que chegou ao clube.
Ele estava há 29 partidas sem marcar.
O jovem meia não comemorou em respeito ao Vasco.
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Mas seu gol foi salvador para o Corinthians.
1 a 0 para o time paulista.
Depois, um sufoco imenso.
Jair recuou a equipe.
E Alberto Valentim mandou seu time todo para a frente.
Os cariocas pressionaram, mas por falta de talento, não conseguiu mais do vários cruzamentos para a área.
Só que, aos 39 minutos do segundo tempo, Danilo Avelar segura Marrony.
Pênalti claro, não marcado por Wilton Pereira Sampaio.
Jair Ventura sofreu demais. Mas viu seu time conseguir a vitória no sufoco
Agência CorinthiansEm compensação, Roger perdeu gol cara a cara com Fernando Miguel.
E aos 49 minutos do segundo tempo, o vascaino Henriquez acertou um chute fortíssimo no travessão.
Foi um desespero no Itaquerão.
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Ao final da partida, os vexames.
A torcida vascaína passou a quebrar cadeiras do estádio.
A Polícia Militar entrou em ação.
Foi um confronto vergonhoso.
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No gramado, depois do apito final, Fagner deu uma pegada em Desábato. Irritado, o argentino deu um forte empurrão no corintiano. Os jogadores reservas dos dois times entraram no gramado. E quase acontece um briga generalizada.
Se não fossem travados, iriam brigar.
"Tenho um respeito enorme pelo Vasco, que me formou, cheguei lá aos 5 anos. Fico triste pela situação que passam, e hoje estou no Corinthians, o clube que aprendi a amar", comemorava Mateus Vital, o gol salvador.
Com a suada vitória, 43 pontos salvadores aos corintianos.
Está em 13º lugar.
O clube praticamente não corre mais risco de rebaixamento.
2018 está salvo no Parque São Jorge.
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Mesmo com os desmanches sem rumo ou noção de Andrés Sanchez, o time conseguiu ser campeão paulista, eliminado da Libertadores nas oitavas, finalista da Copa do Brasil e se salva da ameaça da Segunda Divisão.
É pouco para o clube.
Mas 2018 poderia ter sido muito pior.
Andrés Sanchez já garantiu aos seus companheiros de diretoria e chefes de organizadas que, em 2019, o time será muito mais forte. Não passará por sufocos como o de hoje, quando brigou para fugir da zona do rebaixamento.
O resultado também garante Jair Ventura.
O Vasco segue correndo risco.
Com apenas 40 pontos, a apenas três pontos da zona do rebaixamento.
O resultado foi tão duro quanto injusto.
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Mas houve um motivo para felicidade vascaína neste sábado.
O Vitória perdeu em casa para o Atlético Paranaense por 2 a 1.
A partida de hoje marcou a triste decadência dos clubes...
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