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Tite mostrou. Há vida sem Neymar. 3 a 0 contra a Rússia

O Brasil não teve dificuldade para derrotar o anfitrião da Copa. O Brasil não tomou conhecimento dos russos. O coletivo mostrou a sua importância

Cosme Rímoli|Cosme Rímoli

Miranda marcou o primeiro gol. E forçou a Rússia a se abrir. Ficou fácil
Miranda marcou o primeiro gol. E forçou a Rússia a se abrir. Ficou fácil Miranda marcou o primeiro gol. E forçou a Rússia a se abrir. Ficou fácil

Não teve o brilho técnico, jogadas empolgantes. Mas eficiência. E o Brasil venceu a Rússia, em Moscou. Gol de Miranda, no rebote do goleiro Akinfeev, depois de uma cabeçada de Thiago Silva. Depois, Paulinho, o jogador que mais teve chances de gol, sofreu pênalti de Golovin. Depois, Willian driblou dois e cruzou para Paulinho cabecear para as redes.

O volante do Barcelona foi o principal jogador do Brasil.

Três gols em 13 minutos.

A vitória por 3 a 0 foi importante para dar confiança ao time. Mostrar que há vida e esperança sem Neymar. O resultado também dá ainda mais ânimo para o confronto contra os alemães, na terça-feira. 

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O amistoso também mostrou a Tite que é possível vencer um time europeu com forte marcação. Os russos se defenderam com cinco zagueiros, quatro no meio de campo e um só atacante. Muitas vezes, nenhum. Basta ter paciência, concentração, deslocamentos. Intensidade. 

Ficou mais uma vez provado que não será Neymar prendendo a bola, querendo driblar até o Papa, que o Brail vencerá a Copa do Mundo. Se não houver coletividade, a Seleção não conseguirá o título. É preciso respeito à estratégia. Algo que Neymar não está acostumado.

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Douglas Costa, aberto na esquerda, Philippe Coutinho no meio, Willian na direita, Gabriel Jesus flutuando, diante dos zagueiros. E Paulinho, fundamental, chegando de surpresa, na área. Todos com movimentação constante, viradas de jogo para desnortear a marcação russa. Com Casemiro tomando conta da entrada da área, cobrindo Daniel Alves e Marcelo, que não precisaram se eficientes no ataque.

Renato Augusto, agora reserva, não fez a menor falta.

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O domínio foi total do Brasil. A ponto de ficar com 72% de posse de bola durante boa parte do jogo, quando deixou seus principais titulares. Tite fez até substituições para poupar a equipe para a partida diante da Alemanha.

Thiago Silva, que Tite tanto queria ver ao lado de Miranda, jogou muito bem. Foi fundamental no primeiro gol e ainda salvou um gol, depois de péssima saída de Alisson. Marquinhos precisa se cuidar O treinador brasileiro cada vez mais gosta da dupla Miranda e Thiago Silva.

Neymar prova que viu o jogo
Neymar prova que viu o jogo Neymar prova que viu o jogo

Quem jogou mal foi Daniel Alves. O lateral direito teve dificuldades em marcar e faltou força física para atacar. Ele vive uma fase muito ruim. Marcelo nitidamente se poupou. Deixou todo o lado esquerdo ofensivo para Douglas Costa.

Gabriel Jesus não teve iniciativa. Por mais que estivesse orientado para flutuar diante da zaga russa, ele tem força física e velocidade para voltar, buscar a bola na intermediária. Tabelar, abrir para os lados. Esteve estranhamente acomodado.

Algo importante. A Rússia está longe de viver um bom momento. Muito pelo contrário. Stanislav Cherchesov vem sendo questionado. Se houvesse mais tempo para o Mundial, talvez até perdesse seu emprego. A Rússia não consegue se impor diante de grandes seleções. O time é jovem, com muita força física, mas pouco talento. 

Philippe Coutinho. Após o drible, a cabeça erguida para passar a bola. Jogo coletivo
Philippe Coutinho. Após o drible, a cabeça erguida para passar a bola. Jogo coletivo Philippe Coutinho. Após o drible, a cabeça erguida para passar a bola. Jogo coletivo

Além disso, os russos respeitaram demais os brasileiros.

No primeiro tempo, o Brasil não foi efetivo na frente. O time estava bem postado, mas travado. Paulinho estava recuado demais. Sua presença não era necessária ao lado de Casemiro. Quando Tite ousou e fez Paulinho avançar, assim como a marcação na saída de bola, os espaços surgiram. E veio a vitória convincente.

A atuação de Paulinho merece ser analisada com toda calma. O volante tem uma aptidão ofensiva que foi desenvolvida pelo próprio Tite no Corinthians. Ele teve nada menos do que quatro chances para marcar. Para que pudesse estar tão perto do gol adversário e a bola chegar até o jogador foi necessário trabalho coletivo. Neymar prendendo a bola para dar dribles desnecessários costuma envenenar, atrapalhar o volante onipresente.

É fundamental que além de estar dançando com um pé só, Neymar tenha se dado ao trabalho de assistir e tentar entender a importância de jogadores atuando em função do time. Não o time atuando para a consagração de um só.

Se Tite conseguir convencer Neymar a jogar pela Seleção, será ótimo.

Mas não precisa ficar de joelhos.

Como ficaram Mano Menezes, Dunga e Felipão.

Há vida sem Neymar...

O Brasil poderia ter marcado pelo menos mais três gols contra a Rússia
O Brasil poderia ter marcado pelo menos mais três gols contra a Rússia O Brasil poderia ter marcado pelo menos mais três gols contra a Rússia

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