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Talento, entrega, alma e coração. O Corinthians se impôs ao Fluminense. 3 a 0.  Está na sua única final de 2022. Contra o Flamengo

O Corinthians se entregou, sufocou o Fluminense, foi o 'dono do primeiro tempo'. Marcou seu gol, belíssimo, de Renato Augusto. Sofreu, lutou. No final, Giuliano e, Felipe Melo, contra, definiram. Impressionante 3 a 0

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Renato Augusto. Talento e neurônios. Gol decisivo. Corinthians na final da Copa do Brasil
Renato Augusto. Talento e neurônios. Gol decisivo. Corinthians na final da Copa do Brasil Renato Augusto. Talento e neurônios. Gol decisivo. Corinthians na final da Copa do Brasil

São Paulo, Brasil

Um chute maravilhoso e muito sofrimento.

Foi a fórmula que levou o Corinthians para a sua primeira e única final de 2022.

Vai decidir a Copa do Brasil contra o poderoso Flamengo.

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O título vale R$ 60 milhões. O vice ficará com R$ 25 milhões. 

O time de Vítor Pereira fez o que pôde no primeiro tempo. Com intensidade, marcação alta, aplicação impressionante dos jogadores, os corintianos travaram a saída de bola do Fluminense. Impediram o que as equipes de Felipe Diniz têm de diferente.

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Obrigou que a equipe carioca apelasse para chutões, algo que Diniz detesta e não treina. 

E foi justamente em um deles, que o Corinthians conseguiu marcar o gol decisivo da semifinal da Copa do Brasil. Fábio chutou para a frente, Balbuena cortou. A bola foi para Róger Guedes, que deu um excepcional passe para Renato Augusto. 

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O talentoso meia bateu com convicção rara. Se aproveitando que Fábio mal havia recuado depois do chutão. Graças ao talento, aos neurônios de Renato Augusto, o lindo gol, Aos 33 minutos do primeiro tempo.

Os corintianos deram a alma, o fôlego no primeiro tempo. No segundo, como é habitual quando o time tem a vantagem, recuou. E teve de suportar enorme pressão do Fluminense, bem melhor na saída de bola com Nathan, que entrou no lugar de Wellington. 

O segundo tempo foi inteiro de agonia para o Corinthians. Além de ótimas defesas durante todo o jogo, Cássio ainda viu a bola beijar seu travessão em ótima cobrança de falta de Arias. A pressão foi de time grande contra time pequeno.

A torcida que lotou o estádio em Itaquera percebeu a dificuldade corintiana. E aplaudia carrinhos, chutões, até laterais conquistados. O importante era resistir, segurar o resultado, de qualquer maneira. Chegar à uma final neste sofrido 2022.

O Fluminense desesperado para empatar, deixou o campo aberto para contragolpes no final da partida. E pagou caro.

Aos 45 minutos, depois de uma excepcional troca de passes entre, Yuri Alberto, Adson e Giuliano, que fulminou Fábio. Corinthians 2 a 0.

Os jogadores do Fluminense sabiam que tudo estava perdido. E aos 48 minutos, o golpe final, ainda mais dolorido.

Adson vai para a linha de fundo e bate forte, rasteiro. Felipe Melo, ex-jogador símbolo do Palmeiras, marcou contra.

Corinthians 3 a 0. 

" A gente até conseguiu sair com boas jogadas. Faltou caprichar um pouco mais no ataque. Em finais não pode errar. Nossa conclusão poderia ser melhor. Até chegamos em algumas oportunidades, mas não conseguimos concluir em gol", desabafou Ganso. 

"Futebol é bom por isso, em uma semana você está em má fase, na outra é espetacular. Eu sempre tive pés no chão, sempre entendi o momento que estava passando, trabalhei, e Deus me honrou. Mérito de toda equipe que conseguiu fazer um grande jogo. Praticamos um esporte que muitas vezes não tem merecimento e justiça, mas hoje passou a equipe que mereceu mais, correu mais, jogou mais. Estamos na final", comemorava Giuliano.

O Corinthians deixou a alma no primeiro tempo. Vantagem, com o gol de Renato Augusto, foi fundamental
O Corinthians deixou a alma no primeiro tempo. Vantagem, com o gol de Renato Augusto, foi fundamental O Corinthians deixou a alma no primeiro tempo. Vantagem, com o gol de Renato Augusto, foi fundamental

Vitória espetacular do Corinthians.

Classificação para a final da Copa do Brasil.

Contra o favoritíssimo Flamengo.

O jogo foi muito emocionante.

O 2 a 2 no Maracanã deixou tudo aberto. Mesmo com a partida decisiva, de hoje, em Itaquera, o Fluminense tem uma equipe muito técnica, talentosa, e que entendeu bem demais os ensinamentos modernos, ofensivos, as triangulações, a movimentação constante do ataque. A troca de passes desde o tiro de meta, até a área adversária.

Já o Corinthians oferecendo sua competitividade, sua forte força física. Principalmente nos primeiros jogos importantes. O que já virou marca registrada na equipe de Vítor Pereira. 

O português foi mais do que inteligente. Foi ousado, corajoso. Montou seu time para 'entrar' no do Fluminense. Travar a saída de bola em todo tiro de meta. Em todos literalmente no primeiro tempo. O que atormentou os jogadores da equipe carioca. Eles não esperavam a marcação tão acirrada e constante. Que exige aplicação e preparo físico invejáveis.

Toda equipe moderna gostaria de marcar o adversário os 90 minutos desde o tiro de meta. Mas não há preparo físico que suporte. Até porque é um risco quando o time joga adiantado. Bolas longas podem pegar as defesas desarmadas, desarrumadas. 

Vítor Pereira sabia que o Fluminense é do toque de bola. Do contragolpe consciente, com os jogadores agrupados. Não dos lançamentos esporádicos, em velocidade.

Daí a aposta alta e certeira do Corinthians.

Pressionar, sufocar. Não dar outra opção aos defensores, e principalmente, Fábio, a não ser os chutões para o ataque. Na prática, era devolver a bola aos corintianos.

Inacreditável foi Fernando Diniz não imaginar essa estratégia contra seu time. Bastaria acompanhar com atenção os jogos do Corinthians em casa, quando se transforma.

Vítor Pereira foi o articulador dessa vitória histórica em Itaquera. O abraço de felicidade em Róger Guedes
Vítor Pereira foi o articulador dessa vitória histórica em Itaquera. O abraço de felicidade em Róger Guedes Vítor Pereira foi o articulador dessa vitória histórica em Itaquera. O abraço de felicidade em Róger Guedes

O resultado foi o gol sensacional de Renato Augusto, se aproveitando do talento que tem, mais a inteligência, percebendo que Fábio demorou para voltar à meta, depois de ter dado um chutão ao ataque.

O Corinthians poderia ter feito mais gols no primeiro tempo, se Róger Guedes fosse mais solidário, como foi na ajeitada para Renato Augusto.

Na segunda etapa. Para também não variar, o Corinthians se recolheu. Desgastado. E se preparou para a blitz carioca. Os volantes Du Queiroz e Fausto Vera foram muito bem na proteção da zaga. A entrega de Gustavo Mosquito e Róger Guedes, auxiliando na marcação, também foi fundamental. Gil e Balbuena sofreram, mas se desdobraram. Assim como Fagner e Fábio Santos.

O Fluminense tentava tocar a bola entre um mar de pernas corintianas. Foi um duelo arrebatador. Ganso, em ótima fase, era a grande preocupação. Vítor Pereira tratou de encaixotá-lo. E ele não conseguiu render.

O time carioca lutou demais, mas acabou frustrado, travado pelos corintianos.

No final do jogo, Giuliano e Felipe Melo, contra, fizeram o placar exagerado.

3 a 0. 

Mas a classificação corintiana foi mais do que justa.

Pela estratégia corajosa de Vítor Pereira.

E pela entrega, pela alma, de quem vestiu hoje a camisa do Corinthians...

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