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Sob suspeita, pela inexperiência, Sylvinho assume o Corinthians

Sylvinho chega e, para despertar confiança, apela para o seu passado como jogador. Ele confessou que não virão grandes reforços. E seguirá com o elenco limitado

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Sylvinho. Apenas 11 partidas como técnico, chegou. Assumiu o fraco elenco corintiano
Sylvinho. Apenas 11 partidas como técnico, chegou. Assumiu o fraco elenco corintiano Sylvinho. Apenas 11 partidas como técnico, chegou. Assumiu o fraco elenco corintiano

São Paulo, Brasil

"O presidente e a diretoria do Corinthians me ligaram, duvido que achassem que eu não estava pronto.

"Estou pronto para essa massa que é o Corinthians."

Foi assim que Sylvinho respondeu ao questionamento que a experiência de apenas 11 partidas como treinador não o credenciava a assumir como novo técnico do Corinthians.

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Visivelmente ansioso, mexendo mãos e pés enquanto falava, ele deu sua primeira entrevista como o comandante corintiano a partir de hoje.

O ex-lateral esquerdo e ex-auxiliar técnico deixou claro que sabe o que terá pela frente. Um elenco muito mais fraco do que recebeu na França, quando comandou o Lyon e foi demitido sumariamente, depois de 11 partidas. No pior início de Campeonato Francês da equipe em 24 anos.

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E, inteligente, já tratou de pedir paciência.

"O clube já tem muito claro, assim como eu, que não teremos muitas vindas de reforços. Vejo um cenário de atletas com boas condições, sim. Entendo que tudo pode ser potencializado e melhorado. Passa por etapa, e estamos vivendo uma nova.

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"O Corinthians está acostumado com títulos.

"Mas a etapa é nova, de construção. Paciência, ter os jovens, mais experientes, juntar forças. Com raça, dedicação, que é o mínimo que podemos dar ao nosso torcedor", avisou.

Ele estava desempregado desde que foi demitido do Lyon, em outubro de 2019.

Morando em Portugal, revelou que não titubeou ao receber o convite do Corinthians.

"Não precisei consultar ninguém. Vim porque é hora, porque é tempo. Estava esperando. Tenho monitorado. É um clube que conheço há muitos anos.

"Foram três minutos de uma boa conversa. Trago do Lyon construção enorme na vida, e em outras funções, até mesmo nessa casa (como auxiliar). Trabalhei com Tite e Mano Menezes. Trago muita coisa, conteúdo, e isso me deixa muito satisfeito. Trago de todos", disse.

Sobre a maneira que montará o time, ao lado do seu auxilar Doriva, ex-volante e técnico do São Paulo, ele tentou passar confiança, ofensividade.

Nada de retranca, como nos tempos de Carille.

"Cada técnico tem uma característica. Absorvo o melhor de cada um deles. Sou o Sylvio. Jogo é de competitividade maravilhosa. É fascinante. Linhas altas. Mas e se o rival tem a bola e você não pressiona bem, vai ter que correr para trás. No primeiro livro do Guardiola, 4-4-2 é número de telefone porque as peças se mexem. Todos gostamos de marcação pressão, posse de bola, linhas altas. Vamos ver o que o grupo te dá para poder encaixar tudo isso."

Sylvinho, que trabalhou como auxiliar na Seleção Brasileira e recusou treinar a Seleção Olímpica, para se aventurar no Lyon, mostra que sabe com a atual situação do Corinthians. Com elenco limitado, com dívida de cerca de R$ 1 bilhão, que impede a chegada de reforços.

E esperto, tratou de apelar para o passado, para conseguir apoio no presente difícil.

"Fiquei muito tempo fora do país, mas sempre de olho aqui. Com relação a títulos, a gente sempre aprende com muitas coisas. Em 98, o Brasileiro, excepcional o título. Chegamos muito bem no campeonato.

"O título de 95 me remete a situações que são a cara do clube. Reconhecer a superioridade de um Grêmio, de um Palmeiras, mas éramos um time. Entendíamos o que queríamos. Ficou realmente na memória. No profundo do coração."

Sylvinho jogou no Corinthians entre 1994 e 1999
Sylvinho jogou no Corinthians entre 1994 e 1999 Sylvinho jogou no Corinthians entre 1994 e 1999

Ele vai assumir domingo, diante do Atlético Goianiense, em Itaquera. Amanhã irá assistir a equipe, já eliminada da Copa Sul-Americana, jogar contra o River Plate do Paraguai.

Sylvinho continua como ídolo corintiano.

Mas sua inexperiência pesa para conselheiros e membros de organizadas, com acesso ao presidente Duilio e Roberto de Andrade.

Não há nem sonhos de títulos em 2021.

O medo é que tenha de lutar contra o rebaixamento.

A aposta já está feita...

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