Borja se mostrou muito individualista na sua chegada ao Palmeiras. Se mudar a postura, fica
Cesar Greco/PalmeirasSão Paulo, Brasil
Foram quase R$ 70 milhões.
Se tornou a contratação mais cara da história do Palmeiras.
A decepção foi mútua.
Ele chegou, em fevereiro de 2017, para ser o artilheiro que o clube sonhava.
E depois, da Copa do Mundo de 2018, ser vendido para a Europa, com grande lucro.
O jogador também desembarcou no Brasil acreditando que seria tratado com a grande estrela palmeirense, que o time jogaria para ele fazer os gols. E que o Brasil seria um rápido estágio, antes de ir para um dos gigantes europeus.
Quatro anos e cinco meses depois de uma relação tumultuada, com direito a separação temporária, Borja e Palmeiras estão juntos novamente.
Pelo menos para analisar o que farão até dezembro de dezembro de 2022.
Santos, Grêmio, Atlético Mineiro já se interessaram pelo jogador. Ele foi atuar no Junior Barranquilla, equipe do seu coração. Não foi bem o suficiente para ser comprado. Mas pelo menos ganhou espaço na Seleção Colombiana de Reinaldo Rueda.
O Boca Juniors queria o atacante, mas a eliminação precoce da Libertadores, nas oitavas-de-final , desanimou o time argentino.
Abel Ferreira está disposto a aceitar Borja no elenco. Se a complicada personalidade do atacante estiver sob controle. A explicação: o jogador já poderia ter voltado ao Palmeiras no início do ano. Se não exigisse ser inscrito na Libertadores. Sim, exigido.
"O Borja foi convidado a estar conosco, pois eu queria ver o Borja em janeiro. Eu falei com ele pessoalmente, gostei muito da nossa conversa. Sei que foi muito criticado por nossos torcedores, mas queria falar com ele. Disse a ele: vamos ter uma parada agora, mas quero que venha para eu te ver. Ele disse: 'Professor, gostaria de ir, sim, gostaria de jogar a Libertadores'.
"Peraí: Eles (os outros jogadores) estão aqui comigo, trabalhando o ano inteiro, conseguiram a classificação na Libertadores, você vai chegar dois dias antes, eu vou te inscrever, ter que deixar um dos meus fora para você jogar? Não. Quer vir, estar aqui, venha. Mesmo que o clube te empreste logo em seguida, mas queria te conhecer como pessoa, como jogador. Isso não é máquina!
Borja aproveitou o tempo na Colômbia e concluiu o ensino médio. Está muito orgulhoso
Instagram/Borja"Quando ele disse que só viria pela Libertadores, eu disse: 'Não vou fazer isso. Vou acreditar naqueles que me trouxeram aqui'. Mesmo que o Luiz Adriano se machucasse e eu ficasse sem ninguém, mas não gostaria de fazer isso", revelou Abel Ferreira, à TNT.
Foi exigir tratamento de estrela que travou a caminhada de Borja no Palmeiras.
Os indícios são que ele está mais humilde. E disposto a se submeter a Abel Ferreira. Tentar ganhar espaço nos treinamentos. E mais aberto aos companheiros. Nos seus primeiros três anos de Palmeiras, ele se fechou com Guerra e outros jogadores estrangeiros. A convivência não foi tão próxima. O que atrapalhou o clima dele no clube.
"Meu compromisso agora é com o Palmeiras, e foco em treinar bem", disse à rádio Caracol, na Colômbia, antes de embarcar para o Brasil.
Borja já chutou garrafa, reclamou de substituição, provocou torcida do Palmeiras, que o vaiava
Cesar Greco/PalmeirasSeu reencontro com Abel Ferreira é hoje.
Mesmo com Luiz Adriano e com Deyverson, o treinador português quer Borja.
Dependendo da postura do atacante.
Se não estiver humilde, aceitando voltar a buscar espaço no Palmeiras, posando como uma estrela injustiçada, não ficará.
Borja tem o futuro nas suas mãos...
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