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Santos repete erro com Cleber, que fez como Bryan Ruiz. 'São covardes'

Virou tradição na Vila Belmiro. Incompetência para resolver contratos longos, e caros, com jogadores que não deram certo. 'São covardes comigo', acusa Cleber

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Cleber. Contratação caríssima. Que não deu certo. E o Santos não soube renegociar
Cleber. Contratação caríssima. Que não deu certo. E o Santos não soube renegociar Cleber. Contratação caríssima. Que não deu certo. E o Santos não soube renegociar

São Paulo, Brasil

O Santos tem uma estratégia cruel para lidar com seus erros.

Ao contratar jogadores caros, que não dão certo, suas diretorias não têm mostrado capacidade para resolver.

Se perde tempo e, principalmente, dinheiro.

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Não há poder de convencimento para oferecer outros clubes, buscar soluções conciliatórias.

E jogadores seguem treinando sozinhos, sem defender o clube em campo, mas recebendo integralmente o contrato que assinaram.

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Estratégia cruel, que tem como objetivo abalar psicologicamente o atleta, que vê anos importantes de suas carreiras serem desperdiçados. Para forçá-los a abrirem mão financeiramente do que teriam direito.

Mas os atletas atuais têm agentes, empresários, advogados. E muitos sabem que vale a pena suportarem, até por anos, a humilhação. Apenas treinar. Mas receber integralmente pelo seu contrato.

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"Me sinto sabotado, humilhado. Os caras são covardes comigo. Não estão sendo verdadeiros, honestos. Me frustra. Meu filho me pergunta 'pai, você não vai jogar mais não?' e eu respondo que vou. Isso é algo que me deixa muito mal, quando meu filho pergunta."

"Eu não ligo quando gente de fora pergunta. Mas dentro de casa, meu filho... que sempre me viu jogando, não me envolvendo em nenhum problema. Fui esfaqueado pelas costas, né?"

O desabafo é de Cléber, zagueiro, 30 anos, R$ 250 mil mensais.

O jogador foi contratado pelo Santos em dezembro de 2016, por 6 milhões de euros, atuais R$ 35 milhões. O zagueiro, que fez muito sucesso no Corinthians, em 2013 e 2014, por sua explosão muscular, vigor, não conseguiu se firmar na Alemanha. 

Foi o ex-presidente Modesto Roma quem decidiu apostar no jogador. E ofereceu um contrato de cinco anos, com validade entre janeiro de 2017 até janeiro de 2022. 

Cleber apresentou problemas físicos e não correspondeu às expectativas na Vila Belmiro. O que foi um choque para a direção. Ele acabou emprestado para Coritiba, Paraná, Oeste e Ponte Preta. Sempre devolvido.

Incapaz de conseguir um acerto financeiro que encerre a situação, o Santos segue com o atleta treinando sozinho. E por sua conta no clube. Em horários e locais alternativos. Para não contaminar o ambiente entre os jogadores, com sua tristeza, insatisfação.

O jogador segue recebendo o que tem direito. O que o Santos, que foi atrás dele, prometeu.

O zagueiro diz que o clube sequer o deixa conhecer os novos técnicos que são contratados.

"Dentro do clube, onde falam que eu sou a peça negativa, tem pessoas que estão todos os dias comigo. Seguranças, faxineiras, estão vendo meu trabalho. Não tem valor maior do que esse, ser reconhecido na visão do ser humano. Por que os diretores, eles não querem ouvir meu lado. A única meta que eles têm é tirar o Cleber de lá. Eu não sirvo."

Como dizem que o treinador não me quer, se eles nem me deixam treinar com o treinador. Aí chegou o Diniz, os caras dizem o que? 'Não, Rodrigão e Clebão não vão treinar com os caras (grupo principal). E eles (diretoria do Santos) falam que eu que não quero jogar bola", disse ao UOL.

O Santos já fez isso com o costa-riquenho Bryan Ruiz, com Cueva, com Uribe. Jogadores contratados com ótimos salários e que não se encaixaram no clube, e acabaram sendo segregados, treinando à parte. Só recebendo.

Sim, outros clubes já fizeram o mesmo. Como o Palmeiras fez com Guerra. O Corinthains com Cristian, Renê Júnior. O São Paulo fez isso com Jean.

Mas o clube da Vila Belmiro virou especialista.

Na crueldade e incompetência em resolver questões com atletas que não 'dão certo' no clube.

E, principalmente, em desperdiçar dinheiro.

Cleber só jogou dez partidas pelo Santos desde que foi contratado.

Dez jogos desde janeiro de 2017.

Desde aquele mês, embolsa R$ 250 mil a cada 30 dias...

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