São Paulo, Brasil
Muito mais do que a famosa 'lei do ex', Rony mostrou o acerto de Abel Ferreira.
O treinador português escolheu o veloz atacante para atuar como 'falso' centroavante, jogador mais avançado do Palmeiras, na vaga do contundido Luiz Adriano.
E ele foi peça fundamental na vitória marcante sobre o Athletico Paranaense por 3 a 0, no Allianz Parque.
Com os três pontos, o clube chega à quarta colocação no Brasileiro.
Rony marcou dois gols, o outro foi de Patrick de Paula, o primeiro e mais bonito, que deixou clara a recuperação do jovem volante.
O jogo foi tão fácil que Abel Ferreira aproveitou para testar alguns jogadores. A atuação do time de Paulo Autuori foi assustadoramente fraca. Nem parecia que vinha de quatro vitórias seguidas.
Os números são impressionantes.
E dão ideia da superioridade de um time sobre o outro.
O Palmeiras deu 20 arremates a gol, o Athetico apenas três. O clube paulista chegou a 62% de posse de bola contra 38%. Foi uma disparidade incrível.
Mas há uma explicação lógica.
O Athletico, com elenco muito menor e menos qualificado que do que o Palmeiras, teve oito desfalques, com Covid. Entre eles, o goleiro titular Santos e o seu reserva Jandrei. O time teve de colocar Mycael, de apenas 16 anos, no banco de reservas.
Não tem explicação, final da minha carreira e o futebol brasileiro em alto nível e essa situação. É uma vergonha para o futebol como um todo ver isso (o time sem goleiro reserva). Não tem o que falar, é pensar no jogo e fazer um bom jogo", desabafou o irritado Paulo Autori.
Ele tentou montar seu time defensivamente.
Apelou para o 4-5-1.
Sua determinação era a marcação forte, fechando as linhas, buscando travar o Palmeiras na intermediária.
Mas na prática o que se viu foi um time desentrosado, assustado, recuado. Mas deixando espaços importantes na sua linha defensiva.
O Palmeiras, montado ofensivamente, no 4-3-3, com grande movimentação do meio-campo para a frente, foi muito superior do primeiro ao último minuto.
A postura de Gabriel Menino e de Viña, abertos como pontas, servia para abrir a defesa do time paranaense.
Lucas Lima fez ótimo primeiro tempo, se movimentando muito bem, buscando o espaço entre os volantes de Autuori.
Mesmo desfalcado de Marcos Rocha, Willian, Jailson, Aníbal e Raphael Veiga, com Covid, o Palmeiras impôs seu melhor elenco.
E demorou sete minutos para sair na frente no placar.
Gustavo Scarpa descobre Lucas Lima livre na entrada da área. O meia dá uma assistência desconsertante para Patrick de Paula. O volante domina com o pé direito e vira, de esquerda, para as redes de Bento. 1 a 0, Palmeiras.
O domínio do time de Abel Ferreira continuava.
Não dava espaço para o adversário respirar.
O Athletico abriu mão de jogar, seguia apenas se defendendo. Faltava ambição para coordenar contragolpes.
E veio o segundo gol palmeirense.
Aos 34 minutos, Zé Raphael foi à linha de fundo e cruzou. O goleiro Bento e Gabriel Menino dividiram a bola. Ela sobrou para Rony completar para as redes.
2 a 0.
Por respeito ao ex-clube, o atacante não comemorou.
A partida seguiu na sua toada, com o desenho inalterado no segundo tempo.
Aliás, os dois times desistiram da partida, aos quatro minutos.
Zé Raphael cobrou escanteio na primeira trave e Rony cabeceou firme para o fundo do gol athleticano.
Palmeiras 3 a 0.
Outra vez, ele não comemorou.
A partir do placar elástico, Abel Ferreira tratou de poupar seu time e ainda testar jogadores. Como o zagueiro Luan atuanco como volante. Alan Empereur, como terceiro zagueiro, Gabriel Silva como referência no ataque.
Autuori buscou apenas acabar com a festa de gols do Palmeiras.
Fez seu time marcar ainda mais forte.
3 a 0 foi de bom tamanho.
Para o Palmeiras.
E até para o Athletico, tão desfalcado...
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