Raí segue sendo o escudo de Dorival Júnior. A pressão aumenta contra o técnico
São Paulo FCRaí.
Três letras que seguram Dorival Júnior.
O principal executivo do São Paulo chamou o treinador para uma longa conversa, hoje no CCT da Barra Funda. Raí fez questão de dizer que confia no seu trabalho. E que não se deixará levar por críticas de conselheiros, jornalistas e vaias de torcedores.
Raí acredita ser uma insanidade exigir que em fevereiro, o São Paulo esteja pronto. Principalmente com a chegada de jogadores importantes como Diego Souza, Valdivia e Nenê, completamente desentrosados.
Ele e Ricardo Rocha se programaram para conversar com os jogadores. Deixar claro que derrotas importantes como no clássico de ontem, contra o Santos, no Morumbi só com são paulinos, pesam não só contra o técnico. Mas para o ambiente do clube. E vão exigir maior entrega. Está cada vez mais nítido que o time segue se entregando, quando em desvantagem.
Esta segue sendo uma das maiores queixas de conselheiros. Assim como as trocas de Dorival durante o jogo. Ter tirado Cueva contra o Santos e não Nenê foi um erro primário no clássico.
Assim como seguir repetindo que o time tem jogado cada vez melhor, depois de entrevistas em que o São Paulo é derrotado. Esta estratégia mais o desgasta do que o ajuda. Até porque sua visão dos jogos segue sendo distorcida.
O inseguro Leco ouviu as queixas de conselheiros mais próximos. Mas também pediu mais tempo. E reafirmou que o treinador segue tendo sua confiança. Mas que delegou o poder de definição da situação a Raí.
Dorival aproveitou para deixar claro que ele precisa de um atacante, um definidor. Porque acredita que Diego Souza renderá muito mais atuando como meia. Mesmo com o ex-jogador do Sport querendo atuar como 'falso nove', para tentar convencer Tite a levá-lo para a Copa.
Raí acaba de voltar da Europa. Esteve em Paris. E de lá checou a situação de Paulo Henrique Ganso. O meia quer sair imediatamente do Sevilla, por causa dos problemas com Vincenzo Montella, que o cortou da lista dos que disputarão as fases decisivas da Champions League. Mas os dirigentes espanhóis se negam a apenas rescindir seu contrato. Ou emprestá-lo. Quer vendê-lo para tentar recuperar o máximo que puder dos 9,5 milhões de euros, cerca de R$ 38 milhões. E comprar o meia está fora de cogitação. Raí o quer de graça ou por empréstimo.
O executivo de futebol está mais tranquilo graças à tabela do Paulista. O São Paulo tem dois adversários fracos pela frente. A Ferroviária no Morumbi e o Linense, em Lins. Só depois, o Palmeiras, no dia 5 de março. Até lá, com duas obrigatórias vitórias, a pressão deverá estar menor.
Raí pode até ser um grande escudo.
Mas Dorival segue não sendo unanimidade no Morumbi.
Muito pelo contrário...
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