Em 2018, a Polícia Militar não conseguiu evitar as pedradas no ônibus corintiano
Reprodução/TwitterSão Paulo, Brasil
Xeque-mate do Corinthians.
Andrés Sanchez decidiu agir.
Ele não se esqueceu que no Brasileiro de 2018, o ônibus do clube foi apedrejado indo para o Morumbi, disputar o clássico.
Foram atirados pedaços de madeira, latas de cerveja e muitas pedras.
Torcedores são-paulinos fizeram a tocaia na Praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao estádio.
Seja qual for o trajeto que o veículo faça, é impossível não passar pela praça.
Diante do que aconteceu com o ônibus do Palmeiras ontem, o dirigente resolveu se antecipar.
Mandou um ofício ao promotor Paulo Castilho, ao São Paulo e à Federação Paulista de Futebol.
Se a situação se repetir no domingo, o Corinthians não entrará em campo.
O ofício corintiano foi protocolado.
A Federação Paulista de Futebol já iria pedir reforço para o Batalhão de Choque para proteger a delegação corintiana, no confronto de torcida única, só do São Paulo.
A inspiração de Andrés veio, evidente, na postura do Boca Juniors, na final da Libertadores de 2018.
O presidente corintiano se antecipou.
Ele esperava ambiente hostil no Morumbi.
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O São Paulo está desde 2012 sem qualquer conquista.
Andrés até ironizou o inseguro presidente do São Paulo, Leco.
"Faz tempo que você não põe a mão na taça."
A piada foi mal digerida entre torcedores são-paulinos nas redes sociais.
Já prevendo o ataque ao ônibus, Andrés já avisou.
Não haverá jogo no domingo se seu time for atacado por vândalos.
O presidente corintiano deu a palavra a membros da diretoria.
A final não acontecerá.
Como avisou antecipadamente, não há medo de WO.
E o São Paulo ser declarado o vencedor do jogo por 3 a 0, como manda a lei, quando uma equipe não comparece para a partida.
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O artigo 46 do Campeonato Paulista é vago, mas pode ser utilizado pelo TJD da FPF, caso o Corinthians não jogue no domingo, seja considerado derrotado por WO. E não se submeta a atuar no Itaquerão, tendo de reverter o placar de 3 a 0.
"O Clube que desistir de disputar a competição após a publicação de sua tabela e
REC, abandonar ou for punido com a pena de eliminação ou exclusão da mesma pela JD, será punido com rebaixamento e disputará a Divisão inferior no ano seguinte, além de multa administrativa no valor de até R$200.000,00 (duzentos mil reais)."
Seria o caos.
Conselheiros do São Paulo acreditam ser um blefe do presidente corintiano.
Desta vez, Andrés agiu com correção.
Ele exige o mínimo.
Segurança para que o clube dispute a final do Paulista.
São Paulo é a cidade mais desenvolvida da América Latina.
Se não puder oferecer segurança para que o ônibus de um clube de futebol não seja apedrejado, não pode realizar competições esportivas.
Xeque-mate corintiano...
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