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Palmeiras não aceitou pagar um centavo a mais para Renan. Contrato rescindido por justa causa. Pela morte de Eliezer Pena

Leila Pereira cumpriu sua palavra. O Palmeiras rescindiu o contrato com Renan, que iria até dezembro de 2025. O jogador, que se envolveu em um acidente que terminou com a morte de Eliezer Pena, é acusado de homicídio culposo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Renan teve seu contrato rescindido oficialmente ontem. Leila Pereira cumpriu sua promessa
Renan teve seu contrato rescindido oficialmente ontem. Leila Pereira cumpriu sua promessa Renan teve seu contrato rescindido oficialmente ontem. Leila Pereira cumpriu sua promessa

São Paulo, Brasil

Não houve perdão.

Como o blog havia antecipado ainda na fatídica sexta-feira, 22 de julho, quando Renan se envolveu em um acidente, que matou Eliezer Pena, o atleta não jogaria nunca mais no Palmeiras. Seu contrato iria até dezembro de 2025.

A rescisão foi publicada oficialmente ontem no Boletim Informativo Diário da CBF.

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A promessa de que Renan jamais colocaria a camisa verde foi feita pela própria presidente Leila Pereira – apesar de o jogador ter chegado ao clube com 11 anos, ser apontado como uma das maiores promessas dos últimos anos, ter sido capitão do time sub-20, com diversas convocações para seleções brasileiras de base e mostrar excelente potencial. 

O site transfermarkt, especializado em transações, admite que o valor do zagueiro canhoto no mercado – antes do acidente, lógico – era de 9 milhões de euros, cerca de R$ 47 milhões.

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Leila, assim que soube dos detalhes do acidente, foi firme com o executivo Anderson Barros. Rescisão de contrato por justa causa. O departamento jurídico do Palmeiras aceitou a tese.

O motivo foi o relato de policiais de Bragança Paulista que citam que Renan mostrava sinais de embriaguez.

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E se recusou a fazer exame do bafômetro.

Ou a retirada de sangue para medir o teor alcoólico no seu corpo, quando dirigia seu Honda Civic na contramão, na altura do km 47 da rodovia Alkindar Monteiro Junqueira.

E atingiu em cheio a moto que era conduzida por Eliezer Pena, 38 anos, que estava indo trabalhar, por volta das 6 da manhã.

Renan voltava de uma festa em Campinas. 

O relato policial, dado por uma testemunha, é explícito.

"O condutor [Renan] entrou no carro e ficou deitado no banco de trás, saiu, sentou no chão, chorou e vomitou.

"Minutos depois chegou uma moça em um Ford Ka na cor branca e lhe deu bastante água para beber, cerca de dois litros, que estava em uma garrafa pet. Logo em seguida o condutor do veículo começou a urinar."

Ele estava com sua carteira de habilitação suspensa por excesso de multas.

E, de acordo com o relato de policiais, teria confessado que dormiu ao volante, depois de passar a noite em claro.

O Red Bull Bragantino também rescindiu o empréstimo com o zagueiro. Por justa causa. Sem remuneração
O Red Bull Bragantino também rescindiu o empréstimo com o zagueiro. Por justa causa. Sem remuneração O Red Bull Bragantino também rescindiu o empréstimo com o zagueiro. Por justa causa. Sem remuneração

Renan foi preso. E acabou solto, tendo de pagar R$ 242 mil em fiança. 

O dinheiro foi destinado à mulher e às duas filhas de Eliezer.

Leila Pereira ficou revoltada com a situação. 

Mandou que a família de Eliezer Pena fosse amparada financeiramente.

E o contrato rescindido.

Foi a mesma postura do Red Bull Bragantino, a quem o jogador estava emprestado até o fim deste ano.

Renan foi indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A pena é de cinco a oito anos de cadeia. Mas o Ministério Público ainda pode denunciá-lo por doloso, por dirigir sob o efeito de álcool.

Advogados do jogador ainda tentaram a possibilidade de algum ressarcimento financeiro por parte do Red Bull Bragantino e do Palmeiras. Mas a postura das duas diretorias foi firme. Justa causa.

O acidente fatal provocado por Renan atinge diretamente a imagem dos dois clubes. A conduta do jogador foi considerada inaceitável.

O departamento jurídico do Palmeiras tomou todos os cuidados até que a rescisão fosse efetivada ontem na CBF. Para não haver possibilidade de briga jurídica.

A Justiça determinou que Renan está proibido de viajar até o julgamento.

Empresários levaram até ele uma sondagem do Al-Jazira, dos Emirados Árabes, já que consideram que Renan não teria condições de seguir jogando no Brasil.

Só que a proposta não foi adiante.

A Justiça não autorizou a saída do atleta do país.

O Palmeiras, em 107 anos, jamais teve sob contrato um jogador acusado de homicídio.

Informações dão conta de que Renan está depressivo. Contando com ajuda psicológica para suportar a situação.

Enquanto isso, Leila fica atenta à família de Eliezer Pena.

A sua viúva e as duas filhas foram até o Allianz Parque acompanhar Palmeiras e Goiás.

Tiveram acesso a Abel Ferreira e aos jogadores.

Foi um mínimo alento.

Para a situação revoltante.

Leila Pereira cumpriu sua palavra.

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