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Palmeiras errou. Desprezou a despedida de D'Alessandro

Técnico português não avaliou o peso emocional da despedida de D'Alessandro no Internacional. Derrota trava o Palmeiras no Brasileiro. 12 pontos do São Paulo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Não levar em consideração o lado emocional, na despedida de D'Alessandro. Erro fatal
Não levar em consideração o lado emocional, na despedida de D'Alessandro. Erro fatal Não levar em consideração o lado emocional, na despedida de D'Alessandro. Erro fatal

São Paulo, Brasil

A falta da leitura emocional de Abel Ferreira fez o Palmeiras perder uma partida fundamental, para quem sonha em ser campeão brasileiro.

O treinador português pagou por sua ainda inexperiência. São apenas quatro anos como técnico profissional.

Abel não teve alcance do que significava para o Internacional a despedida de D'Alessandro. Argentino tinhoso, talentoso, vibrante e, mais do que tudo, de enorme personalidade. Aos 39 anos, ele faria da partida de ontem, seu adeus.

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Mesmo sem ter mais força física, explosão muscular, fôlego para cumprir sua função tática como meia articulador, determinando no ritmo da equipe gaúcha, só a liderança positiva que se despedia do Beira-Rio iria incendira o time de Abel Braga.

Este fator fundamental foi desprezado pelo Palmeiras.

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E não foi por acaso que o Internacional, com elenco mais modesto, com Abel Braga, já demitido, trocado pela modernidade do espanhol Miguel Ángel Ramírez, se impôs diante de um adversário mais forte. 

Que é o único com chances de conquistas em três competições, neste terrível ano de 2020: Brasileiro. E semifinalista na Libertadores e na Copa do Brasil.

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O Internacional jogou por D'Alessandro. 

Abel Ferreira irritado, gritando, percebendo o Inter travando o Palmeiras
Abel Ferreira irritado, gritando, percebendo o Inter travando o Palmeiras Abel Ferreira irritado, gritando, percebendo o Inter travando o Palmeiras

E para isso Abel Braga foi esperto. Fez sua equipe travar o ritmo de jogo, impor sua força física. Deixar a partida faltosa, lenta. O que foi péssimo para o veloz Palmeiras. O time paulista muito bem marcado, se mostrou frustrado, ansioso.

Medindo palavras, Abel Ferreira deixou escapar, após a derrota.

"T(Precisamos) perceber que temos que ser sempre humildes, que temos que entrar com um ritmo forte nos jogos."

Sim, o Palmeiras entrou de maneira desavisada na partida. Não esperava o Internacional tão competitivo, lutador, disposto a dar a despedida que D'Alessandro merecia.

O 4-2-3-1, acabou sendo engolido pelo 4-1-4-1 de Abel Braga. Mais jogadores no meio de campo preparados para travar o jogo. Tornar a partida truncada, feia, favorecia o Internacional.

Edenílson marca o primeiro gol. Depois de escanteio infantil dado por Marcos Rocha
Edenílson marca o primeiro gol. Depois de escanteio infantil dado por Marcos Rocha Edenílson marca o primeiro gol. Depois de escanteio infantil dado por Marcos Rocha

O clube gaúcho marcou o seu primeiro gol em um escanteio proporcionado de forma infantil, que Marcos Rocha tentou um chapéu dentro de sua área e, depois teve de se desdobrar para chutar a bola fora.

Aos dez minutos, a torcida colorada soltou um foguetório ensurdecedor no Beira-Rio, para marcar o adeus ao argentino. Com o 'doping' psicológico, um minuto depois, veio o gol de Edenílson, quando Weverton fez milagre para defender a cabeçada de Rodrigo Dourado, no rebote, livre, Edenilson estufou as redes.

E foi comemorar com D'Alessandro, óbvio.

A partir daí, o Internacional travou o jogo, com a colaboração da péssima arbitragem de Sávio Pereira Sampaio, que via em qualquer encostão, falta. O que deixou o jogo em ritmo lento, excelente para o time mais forte fisicamente, com menos talento.

No segundo tempo, Abel Ferreira adiantou suas linhas. Sabia que precisava ao menos do empate.

Sua maior chance foi em um corte absurdo de Cuesta, de um cruzamento de Maike. O argentino acertou o próprio travessão do time gaúcho.

Com o Palmeiras ansioso, aberto, veio o segundo gol do Internacional, em um contragolpe em velocidade, marcado por Yuri Alberto, aos 38 minutos do segundo tempo. 

Aos 40 minutos, com o jogo ganho, D'Alessandro entrou para se despedir do Internacional, depois de 12 anos, desde que chegou pela primeira vez.

Abel não queria. Mas sabe: terá de escolher. Apostará nas Libertadores e Copa do Brasil
Abel não queria. Mas sabe: terá de escolher. Apostará nas Libertadores e Copa do Brasil Abel não queria. Mas sabe: terá de escolher. Apostará nas Libertadores e Copa do Brasil

Enquanto isso, o Palmeiras, que poderia ficar a nove pontos do líder São Paulo, assumindo a quarta colocação no Brasileiro, ficou a 12 pontos. E caiu para o sexto lugar.

Mesmo faltando 12 jogos para o Campeonato Nacional acabar, a derrota pode pesar em uma decisão que o próprio Abel analisa. Deixar de priorizar o Brasileiro.

E se focar nas duas semifinais, a começar pelo jogo de quarta-feira, contra o surpreendente América Mineiro, de Lisca Doido, no Allianz, com toda a obrigação de vencer bem o confronto.

Abel Ferreira não avaliou o que significa D'Alessandro na história do Internacional.

E nem a humilhação para Abel Braga, campeão mundial pelo time colorado, trabalhar já demitido.

O preço foi caro demais....

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