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Palmeiras empata com lanterna. Mas segue com sorte de campeão

O time fez uma fraca partida diante do Paraná Clube, já rebaixado. Felipão ficou irritado. Mas o empate manter a excelente vantagem de cinco pontos

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Felipão ficou revoltado pela falta de empenho do líder no primeiro tempo
Felipão ficou revoltado pela falta de empenho do líder no primeiro tempo Felipão ficou revoltado pela falta de empenho do líder no primeiro tempo

São Paulo, Brasil

O Palmeiras jogou muito mal.

Nem o vento, que acompanhou o temporal, serve como desculpa.

O líder do Brasileiro apenas empatou com o lanterna.

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1 a 1 contra o Paraná Clube.

Mesmo com a vergonhosa venda de mando de jogo por parte da diretoria paranista. 

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Ganhou R$ 500 mil e 10% da renda de R$ 1.953.570,00, R$ 195 mil. 

R$ 695 mil que a CBF permitiu como assistencialismo para um time rebaixado.

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Algo inconcebível no mundo civilizado.

O jogo deveria ter acontecido na Vila Capanema.

Em Londrina, as arquibancadas estavam lotadas de palmeirenses.

Mas o time de Luiz Felipe Scolari decepcionou. 

No primeiro tempo, além do vento contra, havia a postura desleixada dos jogadores. Eles se comportavam como se fossem ganhar o jogo a hora que quisessem. Acabaram tomando o justo castigo, tomando o gol do ágil Keslley.

No intervalo, o treinador palmeirense cobrou, gritou, exigiu a reação.

E ela veio.

Na etapa final, com mais empenho, jogando sério e com o vento a favor, o Palmeiras empatou a partida.

Gustavo Scarpa chutou e Jhony cortou com o braço esticado.

Pênalti claro.

O próprio Gustavo Scarpa cobrou e empatou.

A diferença técnica entre os dois foi enorme.

Mas a aplicação do time de Dado Cavalcanti se impôs.

E o jogo terminou em 1 a 1.

"Não temos que arrumar desculpa. A gente veio para brigar para vencer, podíamos dar um passo grande para o título, tivemos dificuldades. É trabalhar, faltam três jogos", reconhecia, discreto, Bruno Henrique.

O volante sabia o quanto a equipe deixou a desejar.

E se tivesse vencido, estaria ainda mais convicto da conquista do título.

Mas o resultado acabou sendo marcante.

São 20 partidas sem derrotas no Brasileiro.

16 vitórias e quatro empates.

80% de aproveitamento.

Recorde na era dos pontos corridos.

A sorte de campeão segue o Palmeiras.

O Internacional perdeu para o Botafogo.

E o Flamengo venceu o Sport, assumindo a segunda colocação.

Só que a vantagem de pontos do time de Felipão segue cinco pontos.

Com o detalhe fundamental.

Faltam apenas três rodadas para o Brasileiro acabar.

Desta vez, a sorte ajudou.

Gustavo Scarpa foi o grande jogador do Palmeiras em uma tarde ruim do líder
Gustavo Scarpa foi o grande jogador do Palmeiras em uma tarde ruim do líder Gustavo Scarpa foi o grande jogador do Palmeiras em uma tarde ruim do líder

Mas os atletas precisam recuperar o foco.

A caminhada para o título é fácil.

América Mineiro, em casa; Vasco, no Rio; e Vitória, em casa são as partidas que faltam.

O clube tem 71 pontos.

O Flamengo, 66 pontos.

O Internacional travou nos 65 pontos.

Se o Palmeiras vencer o América e o Flamengo perder para o Grêmio, no Rio, e o Inter perder para o Atlético Mineiro, em Porto Alegre, o Brasileiro terá seu decacampeão.

Mas foi revoltante assistir o o Palmeiras no primeiro tempo, em Londrina.

A equipe tinha tudo a favor para vencer o frágil adversário.

Mesmo se forem verdadeiros os boatos de 'mala branca', incentivo financeiro do Internacional para o time paranista vencer o partida.

O elenco mais caro da América Latina decepcionou.

Entrou no gramado acreditando que a bola entraria no gol do rebaixado adversário por respeito ao líder, sem esforço.

Na teoria não havia comparação entre Weverton; Mayke, Edu Dracena e Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Moisés e Lucas Lima; Gustavo Scarpa, Dudu e Deyverson e Thiago Rodrigues; Wesley Dias, Jesiel, René e Igor; Leandro Vilela e Johnny; Alesson (Jean Lucas), Keslley e Juninho; Rafael Grampola.

Mas dois fatores mudaram a lógica.

O primeiro, o vento.

A ventania que dominou Londrina foi a favor do ataque do Paraná Clube.

Os jogadores palmeirenses tinham dificuldade em fazer a bola passar do seu meio de campo.

O segundo e fundamental foi a vontade.

O time interessado em ser campeão parecia ser o rebaixado.

Mesmo com suas limitações técnicas, os paranistas se mantinham na frente, pressionando, mostrando uma sede de vitória que, se existisse desde o início do Brasileiro, o time não seria rebaixado.

Foi o encontro entre a acomodação e a raiva, a busca do amor próprio.

O fator psicológico, anímico, como dizem os europeus, tem um peso enorme nos confrontos de futebol.

O Paraná Clube tinha cinco atletas da base: Thiago Rodrigues, Leandro Vilela, Jhony, Alesson e Keslley. E eles queriam aproveitar ao máximo os refletores do jogo contra o líder.

Felipão apostou todas as suas fichas na armação de Lucas Lima. O que foi um erro gigantesco. Com o temporal que desabou em Londrina, o meia simplesmente sumiu. O gramado encharcado fez o técnico meia perder toda a movimentação, o toque de bola de qualidade. Não havia como fazer infiltrações, dar passes de primeira. Ele foi figura decorativa nos 45 minutos que ficou em campo.

Se os palmeirenses estavam soberbos e estranhavam o gramado, o time do Paraná Clube se impôs jogando em bloco e com uma gana desconhecida. Apelava principalmente pela direita, onde outra vez Diogo Barbosa foi mal.

O Palmeiras tinha a posse de bola, mas tocava muito de lado. O adversário estava organizado, com duas linhas de marcadores. Com quatro e cinco jogadores. Apenas um atacante. 

Os paranistas ganhavam as divididas com raiva.

E desciam em bloco nos contragolpes.

Diante da falta de objetividade palmeirense, o Paraná Clube saiu na frente no marcador. 

Juninho fez o que quis com Antônio Carlos e cruzou. Keslley se antecipou a Diogo Barbosa e fez 1 a 0, de carrinho, aos 34 minutos do primeiro tempo.

O gol alterou os nervos dos palmeirenses.

E aí vieram as irritantes bolas esticadas, da defesa para o ataque, e os chuveirinhos.

Temendo pelo pior, Felipão tratou de agir.

Fez a troca obrigatória, Willian no lugar de Lucas Lima.

Adiantou a marcação.

E deu uma sonora bronca nos seus jogadores.

O Palmeiras além de tudo isso tinha o vento a favor.

A partida mudou radicalmente.

Com muito mais objetividade, o time atacou.

Criou algumas chances, na insistência.

Faltava inspiração.

Mayke e Diogo Barbosa estavam mal. O time precisava de triangulações com participação efetiva dos laterais para desarmar o sistema defensivo do Paraná. 

Mas se elas não aconteciam, Dudu e Willian partiam na vontade para buscar o empate. Deyverson também fez péssima partida, lento, sem reflexo. Improdutivo.

Faltaram também os chutes de fora da área, principalmente de Bruno Henrique.

Mas Gustavo Scarpa estava melhor e com mais vontade que os companheiros.

Foi ele que, aos 14 minutos, chutou forte e Jhony travou com o braço esticado.

Pênalti, que o meia cobrou com talento.

1 a 1.

Mesmo com o empate, o Paraná Clube não mudou sua forma de atuar.

Seguiu se defendendo com unhas e dentes.

Conseguiu, sem tanto esforço, não perder para o líder.

O time já não atuou tão bem contra o Fluminense.

Apesar da vitória por 3 a 0.

O time de Felipão foi decepcionante.

Jogou mal contra o lanterna.

Mas segue bafejado pelo acaso.

O tropeço do Internacional diante do Botafogo foi excelente.

O Flamengo venceu o Sport mas segue cinco pontos longe.

É uma vantagem fabulosa palmeirense.

Não há como negar.

O nome desse fenômeno é 'sorte de campeão'...

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