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O terrível castigo do Grêmio. Fora da final da Libertadores

A ousadia desesperada do River Plate deu certo. Os argentinos calaram a arena gremista. Pênalti marcado pelo VAR. Aos 42 minutos do segundo tempo

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

O pênalti de Bressan que gelou a alma dos gremistas. River Plate na final
O pênalti de Bressan que gelou a alma dos gremistas. River Plate na final O pênalti de Bressan que gelou a alma dos gremistas. River Plate na final

São Paulo, Brasil

O destino foi cruel demais com o Grêmio.

O time de Renato Gaúcho estava com a vaga para a final da Libertadores da América até os 42 minutos do segundo tempo.

A partida estava empatada em 1 a 1. Era o que bastava aos atuais campeões.

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O River Plate estava jogando de uma maneira desesperada, com quatro atacantes. Deixava o meio de campo para os brasileiros.

Nos últimos minutos, a pressão dos argentinos já não tinha nada de racional. Até que Scocco resolveu virar o corpo e tentar surpreender. E a bola bateu bateu na mão do criticado zagueiro Bressan.

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O árbitro uruguaio Andrés Cunha não havia percebido. Mas foi chamado pelos controladores do VAR. O vídeo mostrou que o movimento do brasileiro não foi natural. Ele chegou com o braço esquerdo esticado. A regra não deixava dúvida.

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Dolorido, chocante, mas pênalti.

Pity Martínez não deu a mínima chance para Marcelo Grohe.

Cobrou forte, no alto, com convicção.

2 a 1, River Plate na final da Libertadores da América.

Um castigo duríssimo para a equipe competitiva de Renato Gaúcho.

Mas a ousadia de Marcelo Gallardo se impôs.

Quatro mil argentinos, torcedores do River Plate festejaram.

Enquanto 45 mil gremistas se calavam.

Muitos deixavam a arena chorando.

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O sonho havia do tetracampeonato da Libertadores morrido.

Só que todos os 49 mil torcedores e os milhões de pessoas que acompanharam a partida sabiam.

Por incrível que pareça, o lance fundamental na partida não foi o pênalti aos 42 minutos.

Mas sim aos 21 minutos, 21 minutos antes.

Em um contragolpe, Cícero deixou o principal jogador do Grêmio, Everton, livre, cara a cara com Armani. Àquela altura, o time de Renato Gaúcho vencia por 1 a 0. Era só o ótimo atacante fazer o que está acostumado. Marcar o segundo gol e selar a vaga da equipe brasileira à final da Libertadores.

Mas Everton sentiu os 24 dias que estava sem jogar, por conta de uma contusão. 

Ele correu com a bola dominada.

Mas na hora de chutar, se precipitou.

Parecia um juvenil e bateu em cima do goleiro argentino.

O gol mais feito dos dois confrontos entre Grêmio e River Plate havia sido desperdiçado.

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Vivido, Renato Gaúcho ficou inconformado.

Ele sabia que o futebol não costuma perdoar.

Ainda mais em uma semifinal de Libertadores.

Não perdoou.

E o Grêmio está fora da decisão.

O River Plate fez o que poucos esperavam.

Calou a arena gremista.

A tristeza dominou toda a arena gremista com a virada. Noite terrive
A tristeza dominou toda a arena gremista com a virada. Noite terrive A tristeza dominou toda a arena gremista com a virada. Noite terrive

Pela sexta vez é finalista da Libertadores da América.

Para dar o contorno de drama, Bressan estava sendo perseguido pela torcida gremista. O zagueiro vive uma fase muito ruim. Tanto que Renato Gaúcho subverteu a ordem e colocou Paulo Miranda na vaga do argentino Kannemann, suspenso.

Só que Paulo Miranda sentiu o ritmo intenso do jogo. E sentiu caimbras nas duas pernas. Foi impossível seguir em campo. Pediu substituição.

Para piorar a situação para o reserva do reserva, Paulo Miranda fez uma das melhores partidas de sua vida.

Bressan entrou pressionado, nervoso, tenso.

Tanto que dois minutos depois de entrar em campo, aos 26 minutos, tomou cartão amarelo.

Por trocar agarrões com Pinola.

O Grêmio até então vencia o jogo com um gol de Leonardo Gomes, aos 35 minutos do primeiro tempo.

Dez minutos depois do cartão amarelo de Bressan, toda a defesa do Grêmio acreditou que Jael fosse acompanhar Borré. Ele o marcava em uma falta perto da área. O argentino se deslocou e cabeceou sozinho para o fundo do gol de Marcelo Grohe.

Mas o pior viria.

Em uma virada até despretenciosa de Scocco, a bola atingiu em cheio o braço de Bressan. O VAR orientou o árbitro uruguaio Andrés Cunha. E o pênalti foi marcado contra o Grêmio. Eram 42 minutos do segundo tempo. 

O zagueiro gremista ficou desesperado. Ele já sabia que ficaria marcado como o responsável pela eliminação gremista. Ele insistiu tanto que foi expulso. 

O ato seguinte foi a cobrança firme de Pity Martínez.

Indefensável para Grohe.

O desespero que era argentino virou brasileiro.

Marcelo Gallardo, que burlou a punição da Conmebol, de não poder ficar no banco, não só mandou inúmeras mensagens a seus auxiliares como no intervalo foi ao vestiário, conversar com seus jogadores.

Tudo foi flagrado pela tevê.

Agora só resta ao Grêmio lutar no Brasileiro.

Para voltar à Libertadores de 2019.

A de 2018, infelizmente, acabou.

Para desviar o foco de Bressan, Renato Gaúcho tentou jogar a culpa no VAR.

"O Grêmio só não está classificado por causa do VAR. Se funciona, eu estaria sorrindo, a torcida feliz, e o Grêmio na final da Libertadores. Estaria tudo certo. O Grêmio foi roubado. Acho que o lance não tem dúvida.

"Será que era o Stevie Wonder (cantor cego) não veria? Vendo o jogo naquela cabine, como o cara não vê, com aquele monte de câmera, que o jogador faz o gol com o braço? Será que ele vai dormir hoje por causa disso? Quem sabe até vai, porque não tem nada a ver com o Grêmio", desabafou após a partida.

Ele sabia.

O destino havia sido cruel demais para o seu Grêmio...

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