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O mundo rejeita a Superliga. Golpe elitista dos clubes milionários

12 clubes europeus decidiram criar a Superliga. E querem trocar a Champions por um torneio 'viciado', onde os fundadores não são rebaixados. Vergonhoso

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Florentino Pérez não esperava a reação contra o golpe elitista que articulou
Florentino Pérez não esperava a reação contra o golpe elitista que articulou Florentino Pérez não esperava a reação contra o golpe elitista que articulou

São Paulo, Brasil

Golpe dos ricos.

Esse é o melhor resumo para o fervilhante momento que domina o futebol europeu. 

Por anos, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez acalentou o sonho de criar uma liga elitista.

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Os 15 maiores clubes da Europa e mais cinco classificados disputariam todos os anos o torneio da Superliga da Europa.

Eles seriam divididos em dois grupos de dez.

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Jogam entre si, partidas de ida e volta.

Os oito melhores se classificam.

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A partir daí, mata-mata.

Quartas, semifinal e final.

Os 15 fundadores teriam um privilégio absurdo.

Não seriam rebaixados jamais.

Estariam sempre no torneio da Superliga, não importando seus resultados.

As cinco demais vagas seriam disputadas por um sistema de classificação.

Independente da Fifa e da Uefa.

Florentino Pérez conseguiu convencer vários conglomerados, donos de grandes equipes europeias, de quanto seria lucrativo e seguro o torneio.

O sucesso da NBA, que também não rebaixa os clubes que a disputa, foi o modelo seguido para a disputa do torneio, de acordo com o dirigente espanhol.

Seria garantido o lucro eternamente, sem a necessidade de se preocupar quando o time não estivesse bem, como acontece na Champions, onde a equipe muitas vezes nem se classifica ou é eliminada logo na primeira fase.

Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham aceitaram fazer companhia ao Real Madrid nesse motim elitista.

E foi anunciada ontem a Superliga.

Com a presidência de quem?

Florentino Pérez.

O Paris Saint-Germain e o Bayern de Munique foram várias vezes convidados, mas se recusaram a fazer parte.

"Vergonha de você." Torcedores do Liverpool protestam pela participação na Superliga
"Vergonha de você." Torcedores do Liverpool protestam pela participação na Superliga "Vergonha de você." Torcedores do Liverpool protestam pela participação na Superliga

Os mentores da Superliga já buscam patrocínio, rede de transmissão. Tudo nos bastidores para viabilizar o torneio. Jornalistas europeus dizem que o desejo já é para a temporada 2022/2023.

Os dirigentes destes 12 clubes divulgaram ontem, em conjunto, a criação da Superliga. E não afirmaram claramente que não disputarão a Champions League.

Mas é óbvio que fica impossível a disputa dos dois torneios.

Seriam o fim da Champions.

Evidente que a Fifa e a Uefa se manifestaram.

"Qualquer competição de futebol, seja nacional, regional ou global, deve sempre refletir os princípios fundamentais da solidariedade, inclusão, integridade e redistribuição financeira equitativa.

"Nesse contexto, a FIFA só pode expressar sua desaprovação a uma "liga europeia fechada" fora das estruturas internacionais do futebol e não respeitando os princípios acima mencionados", publicou a Fifa, hoje.

Presidente da Uefa, Ceferin, e o da Fifa, Infantino. Sanções legais contra clubes e atletas
Presidente da Uefa, Ceferin, e o da Fifa, Infantino. Sanções legais contra clubes e atletas Presidente da Uefa, Ceferin, e o da Fifa, Infantino. Sanções legais contra clubes e atletas

A Uefa foi mais direta.

"Se isso acontecer, queremos reiterar que nós - UEFA, a Federação Inglesa, a Federação Espanhola, a Federação Italiana, O Campeonato Inglês, o Campeonato Espanhol, o Campeonato Italiano, mas também a FIFA e todas as nossas associações de membros - continuaremos unidos em nossos esforços para parar este projeto cínico, que se baseia no interesse próprio de alguns clubes em um momento em que a sociedade precisa de solidariedade mais do que nunca."

As federações de vários países europeus, entre eles Itália, Espanha e Inglaterra, também se posicionaram contrárias.

Até mesmo a presidência da França repudiou essa Superliga.

A Fifa e a Uefa em conjunto definiram.

Se a Superliga for mesmo criada, os clubes serão banidos das competições oficiais.

E os jogadores impedidos de servirem às suas seleções.

A revolta é generalizada.

Partindo dos atletas que não aceitam o fim da Champions, com seu princípio de classificação, sem privilégio a clube algum.

E, principalmente dos fãs de futebol.

Nas redes sociais, até os adeptos desses 12 clubes fundadores da Superliga só reservam críticas e revolta por esse movimento elitista.

Foi uma atitude vergonhosa das diretorias de Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, Barcelona, Inter de Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham.

Os elitistas clubes fundadores da Superliga. Jamais seriam rebaixados
Os elitistas clubes fundadores da Superliga. Jamais seriam rebaixados Os elitistas clubes fundadores da Superliga. Jamais seriam rebaixados

A disputa tem tudo para ser uma briga legal sem precedentes.

E terminando no mais alto escalão.

No Tribunal Arbitral do Esporte, na Suíça.

A Fifa e a Uefa estão envolvidas na luta pela própria sobrevivência.

Porque se houver a Superliga, além da absurda injustiça, as entidades cuidariam apenas dos torneios de seleções. 

A Uefa perderia grande parte dos seus lucros com a organização da Champions.

A Fifa não teria como exercer seu poder, por exemplo, para promover um Mundial, com a participação dos clubes envolvidos na Superliga.

O motim, o golpe dos ricos, será enfrentado com muito vigor.

Será uma guerra pela sobrevivência da democracia no futebol mundial.

Mesmo com suas mãos nada limpas, Fifa e Uefa têm mais razão do que os 12 clubes que se consideram acima do bem e do mal. 

Com dirigentes covardes, elitistas, que querem apenas lucro.

E não aceitam o básico do futebol.

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