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Não se vira as costas para Marta. Recordista. Brasil classificado

A melhor do mundo seis vezes e desprezada pelas fabricantes de material esportivo, quebrou o recorde nas Copas. Vitória brasileira contra a Itália

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Marta comemora o gol histórico. A maior artilheira das Copas. Sem patrocínio
Marta comemora o gol histórico. A maior artilheira das Copas. Sem patrocínio Marta comemora o gol histórico. A maior artilheira das Copas. Sem patrocínio

São Paulo, Brasil

Não se vira as costas à mulher seis vezes melhor do planeta.

E nem se oferece menos da metade pelo patrocínio de anos e anos, a oito meses de uma Copa do Mundo.

Essa é lição básica, do primeiro semestre em uma faculdade mediana de marketing.

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E, quando uma multinacional bilionária propõe uma negociação tão baixa, que evidentemente não é fechada, as outras concorrentes deveriam se aproveitar.

Mas Marta foi deixada de lado.

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Os 33 anos passaram a falsa impressão, que não poderia se esperar mais nenhum feito da melhor jogadora da história do futebol deste país.

Se arrependimento matasse...

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Resultado, na foto histórica de hoje, na comemoração do seu 17º gol, se tornando a maior artilheira nas Copas do Mundo, incluindo os homens, a chuteira da brasileira não tem logotipo de empresa alguma.

Desperdício inacreditável.

A raiva de Marta por ter sido deixada de lado. Cena também ficará para a história
A raiva de Marta por ter sido deixada de lado. Cena também ficará para a história A raiva de Marta por ter sido deixada de lado. Cena também ficará para a história

Mas além de Marta, o que interessa é que o Brasil com esse gol inesquecível, de pênalti, venceu a Itália e conseguiu se classificar para as oitavas-de-final da Copa Mundo de Futebol Feminino, disputado na França.

O time de Vadão enfrentará Alemanha ou as anfitriãs do Mundial, as francesas. O que não será nada fácil.

O excelente aspecto do jogo de hoje foi a evolução da equipe, não só na técnica, na tática, mas também psicologicamente. Vadão conseguiu fazer com que o time dominasse os nervos em uma partida difícil, disputada do início ao fim. 

O time de Milena Bertolini encontrou o Brasil muito bem distribuído em campo. O espaço entre os setores, que foi o grande erro na derrota de virada para a Austrália foi extinto. A Seleção atuou no seguro esquema 4-5-1, com atenção redobrada para a recomposição.

O que foi ótimo porque o velho erro de passe na saída de bola pôde ser corrigido. Pela proximidade do time. A equipe toda mostrou foco, personalidade e senso tático. A defesa brasileira, que é muito pior que o ataque, esteve melhor protegida, segura.

Mesmo assim, a Itália chegou a criar chances pelo alto, aproveitando as bolas em diagonais, nas costas de Kathellen e Monica. Barbara, 72 partidas pelo Brasil, se mostrou muito segura, atenta. E fez ótimas defesa.

O Brasil optava pelos contragolpes mas se precipitava no último passe. 

Mas o talento de Marta quase desequilibrou o jogo ao bater um escanteio aos 17 minutos. Giuliani salvou o gol olímpico. Assim como um minuto antes fez ótima defesa, em um toque genial de Debinha, de letra.

O jogo seguiu equilibrado, com as italianas mais objetivas que as brasileiras.

O segundo tempo já começou bem para o Brasil. Andressinha cobrou muito bem falta na entrada da área, a bola balançou o travessão italiano. Marta poderia ter feito a cobrança, mas deixou para a companheira. Não se comportou como Neymar na masculina, que não deixa ninguém além dele cobrar faltas perto da área.

Marta dando força a Andressinha depois de bola no travessão
Marta dando força a Andressinha depois de bola no travessão Marta dando força a Andressinha depois de bola no travessão

Mas viria o lance decisivo.

Aos 26 minutos.

E nasceu de um erro da fraca árbitra mexicana Lucila Venegas.

Ela marcou pênalti inexistente de Linari em Debinha. O contato de ombro da italiana foi absolutamente legal.

Mas era necessário alguém com os nervos de aço para cobrar.

E lá foi ela.

A melhor do mundo por seis vezes.

E que o mundo do marketing se esqueceu.

Bateu com o talento incrível que nasceu para jogar futebol.

Deslocou a desesperada goleira Giuliani.

Brasil 1 a 0.

A partir daí, o jogo virou uma batalha.

Por espaço e por controle dos nervos.

A Seleção Brasileira recuou.

E teve força para segurar o importante resultado.

Está nas oitavas como terceira colocada no grupo C.

Teve os mesmos seis pontos que Austrália e Itália.

Ficou abaixo pelo saldo de gols.

E enfrentará França ou Alemanha.

Será que seis troféus de melhor do mundo não valem nada? Fica a lição
Será que seis troféus de melhor do mundo não valem nada? Fica a lição Será que seis troféus de melhor do mundo não valem nada? Fica a lição

Vai para essa partida eliminatória difícil com muita moral.

A vitória faz renascer a esperança ao time de Vadão.

E deixa a lição para os especialistas em marketing esportivo.,

Não se vira as costas à melhor do mundo...

Veja as imagens da vitória do Brasil sobre a Itália na Copa do Mundo

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