São Paulo, Brasil
A Sul-Americana e a Libertadores voltaram.
E o balanço dos quatro brasileiros envolvidos na primeira partida das oitavas-de-final foi favorável.
Com destaque todo especial para um senhor de 72 anos.
Felipão.
Ele foi o responsável pelo melhor, e inesperado, resultado. Depois de nove partidas, o Grêmio voltou a vencer. Na altitude de 2.800 metros de Quito, Scolari pôde colocar em prática o que melhor aprendeu nos seus 39 anos como técnico: a montar uma equipe defensiva, competitiva, vibrante especialista em contragolpes.
E com grandes defesas do goleiro. Desta vez, Gabriel Chapecó. Léo Pereira marcou o desejado gol, depois de arrancada do recuperado Jean Pyerre.
A vitória por 1 a 0 contra a LDU, dá grande vantagem ao time gaúcho.
A estratégia foi clara, muito bem executada. Ao contrário do que acontecia com os 'modernismos' sem rumo de Tiago Nunes, que levou o clube para a última colocação no Brasileiro.
"Foi importante vencer, mas o mais importante é ter um grupo com uma mentalidade que supera algumas dificuldades que estamos passando e que são grandes no momento. É o que estamos tentando, foi muito bom o resultado, mas temos um longo caminho para conseguirmos alguma coisa", disse Felipão.
Dois 11 titulares, apenas dois não saíram da base gremista, Bruno Cortez e Kanemman, o que mostra a filosofia econômica gremista.
Está claro que, se Felipão estivesse no lugar de Tiago Nunes, o Grêmio estaria disputando ainda a Libertadores. E não buscando compensação na Sul-Americana.
O Fluminense também não tem do que reclamar, pelo contrário até.
Ganhou do Cerro Porteño de Arce, por 2 a 0, em Assunção. O time de Roger Machado segue sem perder fora de casa, nesta Libertadores. Futebol compacto, com muita objetividade no ataque.
Mas teve grande auxílio do VAR. Quando o jogo estava empatado em 0 a 0, no primeiro tempo, aos 40 minutos, Boselli, ex-Corinthians, marcou, em posição legal. Só que como o bandeira levantou a bandeira e o árbitro assinalou o impedimento, o VAR não pôde ser usado.
No segundo tempo, o Fluminense de jogadores técnicos e muito jogo coletivo, conseguiu. O eterno Nenê e Egídio marcaram. Nos 15 minutos do segundo tempo, a partida estava decidida. O Cerro Porteño perdeu muito potencial financeiro para ter um grande time.
O Atlético Mineiro foi até a Bombonera e conseguiu travar o Boca Juniors, enfraquecido. A imprensa argentina reclama muito do VAR, que anulou gol de Diego González. A alegação é que houve falta.
Mas na maior parte da partida, o Atlético teve o domínio do jogo. O Boca Juniors perdeu oito jogadores, da fase de grupo. O 0 a 0 foi uma desejável vantagem para o jogo decisivo, em Belo Horizonte. Mas se Cuca tivesse mais ambição, poderia ter vencido o confronto.
Já o São Paulo empatou com o Racing no Morumbi. 1 a 1, mas jogando muito mal. Tinha desfalques importantes, como Daniel Alves, Luciano, Miranda, só que a equipe de Hernán Crespo teve sérios problemas de criatividade. Por vezes cruzava a bola na área, sem ter um jogador mais adiantado. A falta de um homem de conclusão também pesou.
O resultado é ruim, porque o time paulista terá de vencer na Argentina. E não está mostrando futebol confiável. É incrível o quanto se desdobrar para ganhar o Paulista afetou o elenco.
A noite foi animadora para o Fluminense.
Mas empolgante ao Grêmio, de Felipão...
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