Doha, Catar
A inconformada imprensa francesa busca uma explicação para a derrota na final da Copa do Mundo, contra a Argentina.
Não bastassem jornalistas bufando, no estádio Lusail, o influente e respeitado L'Equipe descobriu uma tese inusitada. Mas não inédita.
A de que o terceiro gol da Argentina, de Messi, foi irregular.
O jornal francês faz estardalhaço com uma situação que beira o absurdo.
Diante da real possibilidade de Messi marcar, dois reservas, do outro lado do campo, deram dois passos dentro do gramado.
Situação que não influenciou em absolutamente nada na jogada.
A fria lei do futebol determina.
“Gol marcado com uma pessoa extra no campo de jogo.
"Se, depois de um gol ser marcado, o árbitro perceber, antes do reinício do jogo, que uma pessoa extra estava em campo quando o gol foi marcado:
"O árbitro deve anular o gol se a pessoa extra foi:
"Um jogador, substituto, jogador substituído, jogador expulso ou oficial da equipe que marcou o gol; o jogo será reiniciado com um tiro livre direto da posição em que a pessoa extra estava.
"Em todos os casos, o árbitro deve remover a pessoa extra do campo de jogo."
Mas está claro que o invasor deverá participar do lance do gol.
Atrapalhar, chamar a atenção dos defensores.
A cena que o L'Equipe apontou não foi levada em consideração nem pela Federação Francesa de Futebol.
Trata-se de uma desculpa pela derrota.
E lembra o que o Atlético Mineiro tentou fazer diante do gol de Dudu, do Palmeiras, pela semifinal da Libertadores, em 2021.
Enquanto o titular marcava, o reserva Deyverson entrou em campo, prevendo o gol.
Sem participar do lance.
Lógico que o gol não foi anulado.
Como também não será o de Messi.
O prestigioso L'Equipe tentou.
Mas a desculpa para desvalorizar a conquista argentina não funcionou.
Postura de mau perdedor...
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