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Golpe de mestre do Flamengo. Apelou à Justiça Comum e adiou o jogo

Em uma manobra inesperada, o Flamengo usou sindicato presidido por seu funcionário para adiar, na Justiça do Trabalho, o jogo contra o Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Comemoração na Gávea. Sindicato presidido por funcionário do clube consegue adiamento
Comemoração na Gávea. Sindicato presidido por funcionário do clube consegue adiamento Comemoração na Gávea. Sindicato presidido por funcionário do clube consegue adiamento

São Paulo, Brasil

Jogada de mestre do Flamengo.

Depois de o clube tentar junto ao Palmeiras, à CBF e ao Superior Tribunal de Justiça, e não conseguir, o adiamento do jogo marcado para amanhã, houve uma saída inesperada.

O Sindeclubes, sindicato dos funcionários de clubes do Rio, presidido por um funcionário da segurança do Flamengo, José Pinheiro dos Santos, conseguiu na justiça comum o adiamento do jogo.

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Leia também: TRT-RJ suspende jogo entre Palmeiras e Fla: 'risco demasiado'

O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro se impôs à organização do Brasileiro e ao Superior Tribunal Desportivo do país.

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E determinou a suspensão da partida entre Palmeiras e Flamengo.

A decisão é do juiz do trabalho, Filipe Olmo.

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A multa, se sua decisão não for cumprida, é de R$ 2 milhões.

O sindicato presidido pelo funcionário do Flamengo entrou com o pedido de suspensão na sexta-feira.

E alegou que o clube tem um foco de covid, com 21 infectados.

Afirma o alto risco de contágio.

Leia também: Flamengo demite funcionário que tirou foto de jogadores sem máscara

Só que o Fluminense, o Vasco, o Goiás tiveram jogadores contaminados e suas partidas aconteceram.

A força do Flamengo nos bastidores é assustadora.

A decisão foi anunciada no início da tarde, quando o Flamengo havia encerrado o treinamento para o jogo.

E os jogadores se preparavam para viajar.

É uma vitória da direção do Flamengo.

Os dirigentes cariocas usaram todas as armas para que o jogo não acontecesse.

Depois de prometer que cumpriam um protocolo para evitar a contaminação copiada da Alemanha, a postura foi desmoralizada com uma fotografia publicada pelo próprio clube, na sexta-feira.

Galiotte não esperava que o Flamengo apelasse à Justiça Comum
Galiotte não esperava que o Flamengo apelasse à Justiça Comum Galiotte não esperava que o Flamengo apelasse à Justiça Comum

Mostrava os jogadores sem máscaras, agrupados, comemorando a vitória sobre o Barcelona de Guayaquil, dentro do avião que os trazia de volta ao Brasil.

A raiva do presidente Rodolfo Landim foi tanta, que demitiu o funcionário responsável pelas redes sociais do clube.

A direção do Palmeiras tinha certeza que o jogo aconteceria.

A CBF e o STJD negaram o adiamento.

A legislação esportiva do Brasil prevê que, se um clube tiver 13 jogadores saudáves, o jogo acontece.

O Flamengo tem 19. 

A Justiça Comum interferiu em uma decisão esportiva.

Situação que não é recomendável para um país democrático.

A interferência se torna altamente discutível.

E péssima para a relação entre os clubes.

Palmeiras e a cúpula da CBF tentarão reverter a decisão.

Mas é muito improvável.

Aqui, a decisão do juiz Filipe Olmo.

"Apesar dos protocolos estabelecidos pela CBF e pelo 2º réu, é público e notório, pelos documentos e notícias juntadas aos autos, que há um surto focalizado entre os empregados e jogadores do Clube de Regatas do Flamengo. Em razão dos eventuais resultados falso-negativos e da possibilidade de haver infectados dentro do período de incubação, não há garantia de que os empregados saudáveis não terão contato com outros empregados que possam estar infectados.

"Deve-se ressaltar, ainda, que os exames são realizados com antecedência de 2 a 3 dias, e que outros empregados podem ter sido infectados após a realização do exame, em razão do surto focalizado já mencionado. Neste contexto, não há como garantir que empregados que tenham testado negativo estejam, de fato, saudáveis e não estejam transmitindo o vírus, seja pela possibilidade de resultado falso-negativo, seja pela possibilidade de ter contraído o vírus após a realização do exame.

"Ressalte-se que o sindicato autor representa o staff do clube, composto, muitas vezes, por pessoas idosas e/ou pertencentes ao grupo de risco, o que potencializa o risco da realização da partida em questão.

"Manter a partida implicaria risco demasiado para a saúde de jogadores das duas equipes, comissão técnica e demais empregados. Além disso, há risco de contaminação dos familiares, quando do retorno para casa."

Festa na Gávea.

O sindicato presidido pelo funcionário do Flamengo venceu.

Situação absurda...

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