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Estão explicados todos os mimos de Tite para Neymar

Com a contusão do camisa 10, aos cinco minutos, o Brasil mostrou o quanto é burocrático, sem imaginação e talento. 1 a 0 contra o fraco Camarões

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

A contusão de Neymar. O mais importante em outro jogo ruim do Brasil
A contusão de Neymar. O mais importante em outro jogo ruim do Brasil A contusão de Neymar. O mais importante em outro jogo ruim do Brasil

São Paulo, Brasil

Desde 2011 os técnicos da Seleção nem gostam de pensar em qualquer partida sem Neymar.

A dependência foi assumida por Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari, Dunga.

E Tite segue o mais dependente de todos. Se submete a todos os gostos do jogador para ter o jogador do PSG vestindo o uniforme do Brasil.

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É o camisa 10, cobrador oficial dos pênaltis, das faltas que quiser bater. Se tornou o capitão, mesmo depois do vexame que deu na Copa da Rússia. Suas simulações viraram piadas mundiais.

Até mesmo adaptou a forma do atacante jogar. O autorizou a atuar mais pelo meio, como faz no PSG.

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Tudo para tê-lo em campo.

Quem achava exagero teve o desprazer de ver o Brasil desde os cinco minutos do primeiro tempo, contra Camarões, sem o mimado atacante. 

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Ele foi chutar para o gol com a perna direita.

Sentiu forte dor na virilha.

Pediu para sair imediatamente.

Sem ele, a Seleção perdeu talento, confiança, dribles, personalidade. Foi uma equipe burocrática, previsível. E que venceu o fraco selecionado africano por 1 a 0, gol que nasceu de um escanteio. Aos 44 minutos do primeiro tempo, Willian cobrou escanteio e Richarlison se aproveitou de falha infantil da defesa camaronesa, que só olhou o atacante ganhar espaço para tomar impulsão e cabecear para as redes.

O Brasil ainda teve sorte.

Aos 47 minutos do segundo tempo, Zoua cabeceou na trave de Enderson.

Quem acompanhou mais esta fraca exibição do Brasil, a última neste fracassado ano de Copa do Mundo, entendeu os motivos de Tite fazer absolutamente tudo o que Neymar exige.

O Brasil depois da Copa do Mundo segue estagnado.

Sem ideias, sem ousadia, sem novas perspectivas.

Ganhando amistosos insignificantes como o de hoje.

Mas sem a certeza de que Tite possa formar um time que desperte outra vez confiança.

Que em 2019 seja bem diferente.

Para o bem do futebol deste país...

Pior para o PSG que daqui oito dias precisará contar com o jogador mais caro de todos os tempos, R$ 822 milhões, contra o Napoli. Com a grande possibilidade de ser eliminado já na fase de grupos da Champions League. Por conta de uma contusão muscular em amistoso do Brasil contra Camarões. Algo difícil de aceitar.

Richarlison teve toda a liberdade de correr e ganhar impulso para cabecear
Richarlison teve toda a liberdade de correr e ganhar impulso para cabecear Richarlison teve toda a liberdade de correr e ganhar impulso para cabecear

Como não é a CBF a dona dos amistosos da Seleção, Ricardo Teixeira vendeu os jogos extraoficiais do Brasil entre 2012 e 2022 para a empresa árabe ISE, Tite precisou se submeter a mais um adversário fraco, que nada poderia oferecer como intercâmbio. Assim como El Salvador, Arábia Saudita, time misto dos Estados Unidos. Triplo desperdício, meros caça-níqueis, depois do Mundial.

Os africanos ocupam a irrelevante 51ª posição no ranking da Fifa. Estão reconstruindo sua seleção sob o comando do holandês Clarence Seedorf, excelente meio-campista que deu seus últimos chutes na carreira com a camisa do Botafogo. Muito técnico e com excelente visão de jogo, ele já avisou publicamente que, com ele, Camarões não iria apelar para os pontapés, como custumava fazer. Ainda mais diante do Brasil.

Tite e seu time respiraram aliviados.

Sem o medo das entradas violentas, o Brasil poderia mostrar impor sua melhor técnica sem medo algum. Tite havia montado uma equipe de uma maneira ofensiva. Com Arthur como cabeça de área. Allan e Paulinho, que teoricamente, teriam ótima saída de bola. Willian aberto na direita e Roberto Firmino e Neymar se revezando pelo meia e pela esquerda.

Danilo e Alex Sandro estavam liberados para atacar.

Camarões defendia no 4-1-4-1.

Suas linhas de marcação estavam muito bem definidas.

A perspectiva era de uma goleada da terceira colocada do ranking da Fifa.

Mas ela acabou depois de Neymar dar uma arrancada e chutar ao gol. Aos cinco minutos, ele acusava a contusão na virilha direita, mais precisamente, no alto do músculo adutor. E aos sete minutos era substituído por Richarlison.

Houve uma pane mental no time.

Não só Tite, mas seus jogadores são absolutamente dependentes de Neymar.

O time entrou em colapso psicológico.

E praticamente não incomodou Camarões no primeiro tempo.

Só que aos 44 minutos houve um escanteio para o Brasil.

Willian cobrou e Richarlison se antecipou, cabeceando livre de marcação.

Brasil 1, Camarões 0.

Quem apostou que era o início da goleada se arrependeu.

Na segunda etapa, Tite até que pediu para a Seleção marcar sob pressão a saída de bola africana.

Mas sobrava correria, faltavam talentos e neurônios.

O time não acertava passes fáceis na entrada da área.

E quase não chutava de fora da área.

Gabriel Jesus, que entrou no lugar do improdutivo Roberto Firmino, teve a coragem de desperdiçar um presente do goleiro Ondoa.

Ele teve uma pane mental, depois de tiro de meta cobrado por Enderson, tentando travar o atacante do Manchester City. Fora da área, na intermediária! Perdeu a dividida e o brasileiro. A meta camaronesa ficou aberta, escancarada. Mas Gabriel Jesus conseguiu perder o gol, acertando a trave.

A tristeza de Neymar deixando o campo. Contusão preocupante
A tristeza de Neymar deixando o campo. Contusão preocupante A tristeza de Neymar deixando o campo. Contusão preocupante

O Brasil não conseguia organizar seus ataques.

Suas chances dependiam de jogadas individuais.

Como um chute de Arthur da entrada da área.

A bola beijou o travessão.

O Brasil adiantava a marcação, mas se abria a contragolpes africanos.

O jogo ficou muito mais interessante.

Só que é preocupante pensar que a Seleção atuou de igual para igual com Camarões.

Triste foi o desempenho de Danilo e Alex Sandro. É básico que, contra adversários fechados, os laterais ataquem. Mas eles não conseguiram ajudar a rasgar o bom sistema de marcação de Seedorf.

Douglas Costa foi outra vez decepcionante, entrando no lugar de Willian.

Seedorf percebeu que o jogo não era tão difícil.

E nos últimos minutos, adiantou Camarões.

Os africanos aceitaram o risco.

Aos 42 minutos, quase tomaram o segundo.

A angústia de Tite se justifica. O Brasil não melhorou depois do fiasco na Rússia
A angústia de Tite se justifica. O Brasil não melhorou depois do fiasco na Rússia A angústia de Tite se justifica. O Brasil não melhorou depois do fiasco na Rússia

Ondoa se recuperou e fez duas grandes defesas em chutes de Gabriel Jesus e Richarlison.

Mas aos 47 minutos, Zoua cabeceia na trave de Enderson.

Um susto incrível para a burocrática Seleção.

2018 termina sem otimismo.

Tite terá de trabalhar muito em 2019.

O Brasil segue longe do ideal.

E perigosamente dependente de Neymar...

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