Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Em depressão, manicure insiste: sofreu assédio sexual de Luxemburgo. 'É uma ferida aberta.' Corinthians sabia do caso

Manicure que processou Luxemburgo por assédio sexual, e perdeu na Justiça, reafirma: foi atacada pelo técnico em um hotel em Campinas, em 1996. Técnico foi inocentado em duas instâncias

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Luxemburgo teve de responder na Justiça pela acusação de assédio sexual a uma manicure
Luxemburgo teve de responder na Justiça pela acusação de assédio sexual a uma manicure Luxemburgo teve de responder na Justiça pela acusação de assédio sexual a uma manicure

São Paulo, Brasil

"É difícil falar sobre isso...

"Já no primeiro momento (ele tentou avançar) bateu a porta...

"E o resto não dá para falar… Teve tudo.

Publicidade

"Só não teve penetração.

"E (eu) contra a parede.

Publicidade

"Tinha dois seguranças na porta e eu não pude sair.

"Chamei, chamei e gritei muito.

Publicidade

"Só assim me deixaram sair."

Esse é o assustador relato de Cláudia Laudineide Machado Cavalcante. Ela era manicure do hotel Vila Rica, em Campinas, em 1996.

E acusou Vanderlei Luxemburgo de assédio sexual.

Ele a teria chamado para "fazer as unhas". E, de acordo com Cláudia, a recebeu apenas com uma toalha de banho sobre o corpo. Depois de ter trancado a porta do quarto, ele a teria agarrado, atacado sexualmente.

Ela o processou.

Mas a Justiça o inocentou, em duas instâncias.

Vinte e nove anos depois, ela mantém a versão de assédio sexual.

Diz que não teve como vencê-lo na Justiça.

“Ele tinha quatro advogados grandes e graúdos. E eu estava com um, me desculpe, que não fez nada por mim.

"Ele comprou todo mundo, ele tinha uma mala de dinheiro. Ele comprou todo mundo. Ele comprou a recepcionista, um motorista de táxi que me trouxe embora. Foi isso o que aconteceu", insiste Cláudia à CNN Brasil.

O Palmeiras, bancado pela Parmalat, ficou ao lado do treinador.

Acreditou na sua inocência.

A campanha do clube em 1996 foi fantástica. O técnico montou um time inesquecível. Marcou 102 gols apenas no Campeonato Paulista, que venceu. Foi vice-campeão da Copa do Brasil.

Rivaldo, Djalminha, Cafu, Müller, Luizão eram os grandes destaques da equipe. 

A Parmalat, inclusive, deu toda a assessoria jurídica a Luxemburgo.

O treinador fez a seguinte declaração à extinta revista Playboy. 

"Ganhei todos os processos contra ela. No hotel em que eu estava hospedado, ela foi fazer minhas unhas. No dia seguinte, às 11h da manhã, ela foi à delegacia.

"Se eu tento sacanear, fazer alguma coisa, você vai direto na delegacia e não espera o dia seguinte, né?

"Ela pegou um advogado e tentou tirar de mim R$ 700 mil."

Ele garantiu que estava vestido com o agasalho do Palmeiras quando ela entrou no quarto.

A capa da paródia que Luxemburgo impediu, na Justiça, que fosse comercializada
A capa da paródia que Luxemburgo impediu, na Justiça, que fosse comercializada A capa da paródia que Luxemburgo impediu, na Justiça, que fosse comercializada

A acusação de assédio do treinador à manicure virou filme erótico.

A produtora Brasileirinhas, especialista em sexo explícito, lançou uma paródia sobre o caso.

Sem nenhuma sutileza, o título já deixava evidente a situação.

"Vanderburgo e a Manicure".

O treinador processou a produtora, e o filme não pôde ser comercializado.

A direção do Corinthians sabia desse processo.

E Luxemburgo alegou ter sido inocentado na Justiça.

Ao contrário de Cuca, que foi condenado a 15 meses por estupro, na Suíça, de uma menina de 13 anos.

Cláudia diz que teve de abandonar Campinas, depois de entrar na Justiça contra Luxemburgo.

“Os torcedores queriam me linchar.

"Porque você sabe…

"Ele estava no auge e eu tive que sumir de Campinas", diz.

E ela revela ter depressão pelo que aconteceu em 1996.

"É uma ferida aberta. Não consigo superar. É monstruoso."

O técnico evita falar no caso.

Repete que a Justiça o inocentou...

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.