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Desespero. Angústia. Aflição. Alívio. A angustiante fuga dos jogadores brasileiros da Ucrânia

Seguindo um plano traçado junto com a Uefa, os atletas do Shakhtar Donetsk e do Dinamo de Kiev, fugiram da Ucrânia. E voltaram ao Brasil. Mas a agonia segue no país bombardeado pela Rússia

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Jogadores que estavam que estavam na bombardeada Ucrânia chegam ao Brasil
Jogadores que estavam que estavam na bombardeada Ucrânia chegam ao Brasil Jogadores que estavam que estavam na bombardeada Ucrânia chegam ao Brasil

São Paulo, Brasil

"É muito cedo falar de voltar, tudo aconteceu agora, o que mais quero é estar com a minha família, com meus pais. Todas as vezes que eu falava com eles, eu sempre me despedia, pois não sabia se seria a última vez.

"Então quero chegar em casa, ficar com a minha filha. Foram cenas lamentáveis e desejo que ninguém passe por isso.

"Ficamos três dias pensando no que fazer, se pegávamos o trem, carro. Era complicado, tinham muitas crianças e o que nos motivava era protegê-las. Pegamos um trem no último dia. Teve um alerta que as coisas iam piorar muito e que se não saíssemos em cinco minutos não íamos mais conseguir sair. Pegamos um trem, a Uefa nos ajudou com ônibus, para seguirmos em segurança.

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Esse é o relato de Pedrinho, grande revelação do Corinthians, que conseguiu sair da Ucrânia e acaba de desembarcar no Brasil

Pedrinho faz parte de uma elite privilegiada de jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dinamo de Kiev, dois grandes do futebol ucraniano. Eles se uniram, ficaram trancados, com seus familiares,em um bunker, em um hotel luxuoso, no centro da capital ucraniana.

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Bunker é uma área construída com muito mais concreto do que o normal. Teoricamente capaz de suportar um bombadeio.

Graças a seus empresários, traçaram o plano de usar as redes sociais e a imprensa, para pressionar o governo brasileiro a intervir, ajudando que voltassem ao país. Deixasse a Ucrânia, bombardeada pela Rússia.

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Pedrinho, ex-jogador do Corinthians e do Benfica, fez apelos nas redes sociais. Alívio pela volta
Pedrinho, ex-jogador do Corinthians e do Benfica, fez apelos nas redes sociais. Alívio pela volta Pedrinho, ex-jogador do Corinthians e do Benfica, fez apelos nas redes sociais. Alívio pela volta

Eles lembram que foram momentos terríveis, de enorme medo da morte.

Sabiam que os bombardeios russos se aproximavam da capital ucraniana. E o plano de fuga foi traçado com a ajuda fundamental da Uefa, que ofereceu segurança.

Depois de dois dias trancados, eles saíram em um comboio de carros em direção a uma estação de trem perto do Opera Hotel. O Itamaraty garantiu o embarque.

Todos ficaram apavorados em ter de deixar o hotel. Mas se viram diante de um dilema. Estava acabando a comida, a Internet poderia parar de funcionar, os funcionários também estavam abandonando seus empregos. A situação estava ficando lastimável.

Até que decidiram acolher o conselho do Itamaraty.

E em uma longa fileira de carros, deixaram o hotel.

Nos automóveis, muitas bandeiras do Brasil, servindo como escudo em caso de franco atiradores ou soldados ucranianos.

Eles viajaram de trem até a cidade de Chernivitsi, a 525 quilômetros de Kiev. O medo de um bombardeio aéreo dominou toda a viagem.

Chegaram em segurança. E logo cruzaram a fronteira com a Romênia.

E a grande maioria embarcou de volta para o Brasil.

Embora tenham contrato com clubes ucranianos, a disposição dos empresários da maioria dos atletas é de buscar outros países para que possam continuar suas carreiras.

"Numa palavra não daria para definir esse últimos dias. Foi uma mistura de sentimentos, de terror, de medo. Depois uma sensação de alívio, de gratificação por poder sair e com todos bem", disse Maycon, ex-volante do Corinthians, que também desembarcou no Brasil.

A comunidade de brasileiros na Ucrânia é de mais de 500 pessoas.

Esses jogadores foram privilegiados e estão em segurança por aqui.

O restante, inclusive atletas, seguem tentando voltar.

E está cada vez mais difícil.

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