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Depois de demitir Luxa, Palmeiras avalia argentino Heinze

Luxemburgo foi demitido sumariamente depois da derrota para o Coritiba, ontem. O Palmeiras quer um técnico moderno. Avalia Heinze, ex-Vélez

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Jogadores, diretoria, Conselho Deliberativo. Ninguém queria mais Luxemburgo. Demissão
Jogadores, diretoria, Conselho Deliberativo. Ninguém queria mais Luxemburgo. Demissão Jogadores, diretoria, Conselho Deliberativo. Ninguém queria mais Luxemburgo. Demissão

São Paulo, Brasil

Até que enfim, Mauricio Galiotte se convenceu.

Cedeu aos pedidos de conselheiros e membros da diretoria.

Percebeu que errou.

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Demitiu Vanderlei Luxemburgo, logo após a derrota para o Coritiba, por 3 a 1, em pleno Allianz Parque.

O nome do argentino Gabriel Heinze, ex-Vélez, surge como o favorito para assumir o time.

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Galiotte demorou, mas se convenceu que o técnico que contratou não é o mesmo de 1993.

Nem o de 1996.

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Não se modernizou.

Taticamente parou no início dos anos 2000.

Só tinha como defesa, jornalistas famosos.

Amigos, com quem costuma jantar.

Além da Florida Cup.

E do Campeonato Paulista, cada vez mais insignificante.

Não bastava o péssimo futebol.

Galiotte sonhava com Sampaoli. Mas não quis pagar R$ 1,2 milhão. Luxa aceitou a metade
Galiotte sonhava com Sampaoli. Mas não quis pagar R$ 1,2 milhão. Luxa aceitou a metade Galiotte sonhava com Sampaoli. Mas não quis pagar R$ 1,2 milhão. Luxa aceitou a metade

Luxemburgo se escondia atrás da invencibilidade do medo.

Eram dez vitórias e dez empates.

Os jogadores já não suportavam ele repassar a culpa a eles pelo fraco futebol.

Nem a diretoria pela cobrança pública de reforços.

Seu grande aliado, o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim del Grande, também se convenceu que era melhor ele ser mandado embora.

Galiotte esperou três derrotas seguidas, como fez com Mano Menezes.

E despachou Vanderlei Luxemburgo.

Pela sua história no Palmeiras, sua imagem tentou preservada.

Chegou a ser divulgado, depois da vergonhosa derrota para o Coritiba, em pleno Allianz Parque, que ele pediu demissão.

Algo incoerente para o treinador de 68 anos e que passou quase dois anos desempregado. 

Mas a própria assessoria do treinador desmentiu.

Ele não pediu demissão.

Foi demitido.

Antes da decisão ser divulgada, houve o constrangimento.

Com a presença de jornalistas no estádio do Palmeiras, a assessoria de imprensa do clube avisou que a coletiva de Luxemburgo seria gravada, devido a 'problemas técnicos'.

E seria divulgada 'depois'.

Desculpa que nenhum repórter acreditou.

Foi mesmo divulgada, sem pedido de demissão.

Só com desculpas.

Que provaram o quanto ele estava perdido.

Estes os principais trechos de sua última entrevista como técnico do Palmeiras.

"Nós temos que entender que temos que melhorar. Melhorar no geral. Eu acho que tenho que melhorar como técnico.

"O que eu fiz até agora caminhamos bem, mas precisamos de mais alguma coisa, que também passa por mim.

"Eu tenho a obrigação de fazer algo a mais."

"Os jogadores também precisam entenderem que a postura nos três jogos não foi postura de quem está no Palmeiras.

"Eu acho que cabe a nós essa obrigação de respeitarmos o torcedor neste momento, ele tem toda a razão das críticas.

"Só nós, com a responsabilidade minha, temos que mudar.

"Não se pode mudar com palavras, temos que mudar nossas atitudes dentro de um jogo de futebol, incluindo eu como o maior responsável."

E como maior responsável, foi demitido.

Foram dez meses de trabalho ruim, fraco.

O argentino Heinze saiu do Vélez. É um treinador extremamente competitivo, atualizado
O argentino Heinze saiu do Vélez. É um treinador extremamente competitivo, atualizado O argentino Heinze saiu do Vélez. É um treinador extremamente competitivo, atualizado

A quinta passagem do treinador foi extremamente decepcionante.

Tudo começou errado.

Galiotte queria, de qualquer maneira, Jorge Sampaoli.

Mas o técnico exigiu R$ 1,2 milhão e a garantia de cinco reforços importantes.

O presidente disse 'não'.

E contratou Luxemburgo pela metade do preço.

Com a obrigação de lançar jogadores da base.

E sem reforço. 

Galiotte tinha de pagar R$ 170 milhões para a Crefisa, por empréstimos para contratações. 

Vanderlei era o técnico errado nestas condições.

Com 40 anos de carreira, ele sempre ganhou títulos importantes com ótimos elencos. E o do Palmeiras, apesar de milionário, é desequilibrado. Com excesso de meias. Montado pelo ex-executivo Alexandre Mattos. Com várias contratações sem opiniões aprofundadas de treinadores.

Luxemburgo fez tudo o que Galiotte pediu.

Menos fazer o Palmeiras poderoso, vibrante, intenso.

Como foi com ele mesmo, em 1993 e 1994.

Ou 1996.

Mas, aos 68 anos, não conseguiu repetir.

Foram 36 jogos oficiais.

Foram 17 vitórias, 14 empates e cinco derrotas.

Ele sai da história do Palmeiras pela porta dos fundos.

Não deveria ter voltado.

Agora, Galiotte promete ir atrás da modernidade.

Buscar um treinador atualizado taticamente.

Com convicções de 2020.

Heinze é o primeiro nome que domina o Palestra Itália.

O Palmeiras respira aliviado.

Demorou.

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