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De 'piada' a jogador fundamental. Segundo gol de bicicleta calou o Maracanã. 'Eu o amo', confessa Abel Ferreira

Ele demorou 22 partidas para marcar seu primeiro gol pelo Palmeiras. Um ano e dez meses depois, tem 42. E dois de bicicleta. O de ontem manteve o Palmeiras com oito pontos de vantagem sobre o Flu, segundo no Brasileiro

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Rony marcou o segundo gol de bicicleta no ano. Perseverança e dedicação total às ordens de Abel
Rony marcou o segundo gol de bicicleta no ano. Perseverança e dedicação total às ordens de Abel Rony marcou o segundo gol de bicicleta no ano. Perseverança e dedicação total às ordens de Abel

São Paulo, Brasil

No dia 1º de outubro de 2020, Rony era motivo de piada.

Depois de 22 partidas, ele havia marcado, finalmente, o primeiro gol pelo Palmeiras.

Marcou o quinto na goleada por 5 a 0 sobre o Bolívar.

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O então presidente Mauricio Galiotte chegou a ser muito questionado.

Por ter investido 6 milhões de euros, R$ 30,5 milhões, em 50% do atacante do Athletico.

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Ele foi a maior contratação do clube em 2020.

Um ano e dez meses depois, o mesmo Ronyelson da Silva Barbosa ganha todas as manchetes de portais, vira o principal personagem de discussão em programas de TV e é louvado nas rádios.

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Pelo gol maravilhoso que marcou ontem, contra o Fluminense.

Em pleno Maracanã, no confronto importantíssimo no Brasileiro. 

Gol que não permitiu que o time carioca chegasse perto da liderança. O resultado garantiu a tranquila vantagem de oito pontos. 50 a 42 pontos, na 24ª rodada. Inegável que o título vai se desenhando cada vez mais verde.

Mas o gol de Rony foi de uma beleza impressionante. E mais perfeito que o primeiro de bicicleta, que ele havia marcado na goleada por 5 a 0 sobre o Cerro Porteño, na Libertadores.

Aos sete minutos do primeiro tempo, Dudu cruzou, na movimentação, Rony se livrou da marcação e, a 14 metros de distância do gol de Fábio, acertou a lindíssima bicicleta.

Foi seu 42º gol em 146 partidas. Ele se tornou cada vez mais fundamental no esquema ofensivo de Abel Ferreira. Como ponta, como centroavante, como atacante de referência no meio da zaga, de costas para o gol. 

Ou se preocupando apenas em travar o lateral adversário.

"Uns gostam. Outros não gostam. Eu amo ele", vive repetindo Abel Ferreira.

O que parece brincadeira é verdade.

O português fez com que o Palmeiras recusasse já duas propostas lucrativas por Rony. Ele o considera primordial no elenco. Os dois têm relacionamento próximo. O jogador é muito obediente e acredita que aprendeu "demais" com Abel.

Rony é o exemplo do trabalho individualizado do treinador português. O atacante é capaz de exercer três funções táticas em uma mesma partida.

O atacante acreditava que teria uma passagem rápida pelo Palmeiras. Logo iria para o exterior. De novo. Ele teve uma passagem regular pelo Albirex Niigata, do Japão. O sonho era a Europa. Só que o jogador se adaptou tanto ao clube que ele mesmo descartou a saída. Só se for para uma equipe forte e com enorme salário.

Rony foi com toda a confiança para a bicicleta. Estava a 14 metros do gol de Fábio
Rony foi com toda a confiança para a bicicleta. Estava a 14 metros do gol de Fábio Rony foi com toda a confiança para a bicicleta. Estava a 14 metros do gol de Fábio

Mas, por mais que Abel tenha influenciado Rony, foi o jogador que pediu para ensaiar o lance acrobático. Ele é obsessivo. E queria, de qualquer maneira, marcar outro gol de bicicleta.

Quando fez o gol no Maracanã, resolveu provocar o auxiliar de Abel Ferreira, Vitor Castanheira. Ele dizia que iria fazer outro de bicicleta, e fez.

Para espanto de todos.

O lance acrobático calou o Maracanã.

Hoje, ninguém ri de Rony.

O primeiro gol de bicicleta de Rony. Contra o Cerro Porteño. No mês passado
O primeiro gol de bicicleta de Rony. Contra o Cerro Porteño. No mês passado O primeiro gol de bicicleta de Rony. Contra o Cerro Porteño. No mês passado

Nem questiona sua contratação no Palmeiras, muito pelo contrário.

Todos são só elogios.

Mas há dois responsáveis pela reviravolta.

Abel Ferreira, que passou muito mais confiança ao jogador, além de lhe ensinar funções táticas.

E o próprio Rony.

Se não fosse sua perseverança, não seria o jogador que é.

Muito menos marcaria o gol espetacular de ontem...

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