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Cuca está preso. A pacto de lealdade sobre acusação de estupro

Cuca, Henrique, Fernando e Eduardo prometeram não revelar o que aconteceu com a menina de 13 anos, há 34 anos, no quarto 204 do hotel Metropolitano

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Henrique, Fernando, Eduardo e Cuca. O quarteto fez voto de silêncio sobre escândalo
Henrique, Fernando, Eduardo e Cuca. O quarteto fez voto de silêncio sobre escândalo Henrique, Fernando, Eduardo e Cuca. O quarteto fez voto de silêncio sobre escândalo

São Paulo, Brasil

Lealdade.

Mesmo depois de 34 anos, um pacto une Cuca, Henrique, Fernando e Eduardo.

Os quatro ex-jogadores que se envolveram no escândalo sexual na Suíça, em 1987.

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E que atinge em cheio o que teve muito mais sucesso depois de abandonarem suas carreiras dentro do campo.

O técnico Cuca.

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Ele teria todas as condições de detalhar o que aconteceu naquela quinta-feira, 30 de julho de 1987, no quarto 204 do hotel Metropolitano, em Berna.

Bastaria falar qual foi a real participação de cada um do quarteto que ficou detido por quase 30 dias, acusado de terem estuprado Sandra Pfaffli, de apenas 13 anos.

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Cuca apenas assume que não fez absolutamente nada, não encostou em Sandra.

Mas se nega a detalhar a participação dos outros três ex-companheiros.

"O Cuca não cometeu o crime. A postura dele foi absolutamente correta. Somente um jogador teve relações sexuais com a menina, mesmo assim, com o consentimento dela, e esse jogador não foi o Cuca. Não vou revelar o nome de quem foi", disse o advogado Luiz Carlos Martins, ex-presidente do Grêmio e que era vice-jurídico em 1987.

Foi Luiz Carlos Martins que foi libertar os atletas. Eles faziam parte da delegação que excursionava pela Europa, sob o comando de Luiz Felipe Scolari.

Henrique, Fernando e Eduardo, que tinha o apelido de Chico, também se negam a falar sobre o que aconteceu.

Cuca. Apalavrado com o Atlético Mineiro. Basta apenas assinar contrato
Cuca. Apalavrado com o Atlético Mineiro. Basta apenas assinar contrato Cuca. Apalavrado com o Atlético Mineiro. Basta apenas assinar contrato

Se foi apenas um jogador que manteve relações, e consensuais, com a suíça de 13 anos.

O que impera é o pacto de lealdade.

O máximo que Cuca se permitiu foi garantir que ele não fez nada.

O governo brasileiro e o falecido ex-presidente da Fifa, João Havelange, tiveram participação direta para que os quatro atletas não ficassem presos na Suíça.

Eles saíram da detenção no dia 27 de agosto de 1987.

Voltaram para Porto Alegre e tiveram recepção especial, quase como heróis.

A história que foi espalhada era que a menina não passava de uma "maria chuteira".

A versão dela, que foi para o hotel com dois amigos e que queria ganhar uma recordação do time gaúcho, como uma camisa, e que os jogadores teriam expulsado os amigos e a levaram para o quarto e a estupraram, não foi levado em consideração pela imprensa brasileira.

Foram julgados, à revelia, em 1989.

E condenados.

Cuca teria de passar 15 meses na prisão.

Não passou um dia sequer.

O Brasil não extradita seus cidadãos.

Em 2004, a sentença perdeu validade, prescreveu.

Ainda assim, o silêncio do quarteto sobre o escândalo de Berna continuou.

No dia 7 de agosto de 1987, o jornal Estado de S. Paulo publicou que Eduardo e Henrique teriam confirmado terem tido relações sexuais com a menina. Mas consensuais.

Os dois jamais confirmaram esta versão.

O que prevaleceu entre os quatro foi a lealdade.

Sentimento que ainda domina Cuca.

Mesmo sendo o mais prejudicado.

Mesmo assim, o Atlético não desistiu de sua contratação.

E anunciou o técnico nesta manhã...

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