O Corinthians de Sylvinho piorou muito com um jogador a mais. Inaceitável
MARCELLO ZAMBRANA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDOSão Paulo, Brasil
Foi incrível.
O Corinthians piorou com um jogador a mais.
Bastou Abel Fernández entrar com as travas de chuteira na canela de Gabriel, aos quatro minutos do segundo tempo, e o time de Sylvinho entrou em parafuso.
Até então, o time vencia por 1 a 0, o Fluminense, em São Januário, gol de Jô, cobrando pênalti de Luccas Claro em Gustavo Mosquito.
Mas em vez de o Corinthians melhorar, se aproveitar da vantagem numérica e pressionar o time carioca para marcar mais um gol e selar a vitória, que seria importantíssima, a equipe recuou.
Roger Machado se aproveitou do espaço oferecido, adiantou seus jogadores, e o Fluminense tomou conta do jogo. Cássio havia feito duas ótimas defesas. Até que o castigo veio aos 24 minutos.
Egidio fez excelente cruzamento e o baixinho Casares, 1m70, cabecear forte, sem chance para Cássio. 1 a 1.
Marcou seu primeiro gol no Fluminense. E não comemorou por respeito ao Corinthians
Reprodução/EspnResultado inaceitável no futebol moderno. Empatar a partida com um jogador a mais é desperdiçar dois pontos importantes.
O Fluminense poupou os veteranos Nenê e Fred na partida de hoje.
"Tem que ter muita força nesse momento. Deus e os companheiros têm me dado muita força neste momento", disse Gustavo Mosquito que, há dez dias, perdeu o pai, vítima de Covid.
"Respeitei o elenco, o Corinthians, onde tive uma boa passagem", disse Casares, que fez questão de não comemorar o gol que marcou. O primeiro, em 15 partidas no time carioca.
O time de Sylvinho surpreendeu no início da partida no Rio de Janeiro. Com muita movimentação do meio para a frente. Com Gustavo Mosquito com ótimas arrancadas com a bola dominada. Jô conseguindo atuar como pivô, saindo da grande área, deixando de atuar estático, como nos jogos que havia entrado, desde a chegada de Sylvinho.
Roger montou uma equipe de maior força física, mais velocidade, sem Nenê e Fred. Só que com muito menos talento. A maior preocupação do Fluminense era travar Fagner, desafogo corintiano pela direita.
O Corinthians dominava as ações. Só que chutava muito pouco a gol. Até que, aos 35 minutos, Gustavo Mosquito conseguiu invadir a área carioca, depois de ganhar de Luccas Claro, em um giro na intermediária. O zagueiro, que perdeu na corrida, acertou pontapé no meia-atacante por trás. Pênalti claro.
Jô cobrou com segurança, sem chances para Marcos Felipe. 1 a 0, Corinthians.
O time de Sylvinho terminou o primeiro tempo melhor e deveria ter uma vantagem maior. Na etapa final, veio o lance que definiria o jogo. A expulsão de Abel Fernández, depois de uma entrada forte, violenta e desnecessária em Gabriel.
Foi expulso aos quatro minutos. Faltou ambição a Sylvinho. Seu time abriu mão de atacar. E o Fluminense se aproveitou do espaço dado.
Com um atleta a menos, o Corinthians se perdeu.
O time carioca tinha espaço para articular suas jogadas. Até mesmo Ganso, apesar de sua lentidão, conseguia criar.
O justo gol de empate veio depois de cruzamento de Egidio. O baixinho Cazares se infiltrou na área e cabeceou forte para as redes. 1 a 1.
No final, empate bom para o Fluminense.
E, pelas circunstâncias, ruim para o Corinthians...
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