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Como o desprezo do São Paulo fez Denilson jogar no Palmeiras. A mágoa dura 16 anos. 'A tristeza que senti nunca vai passar'

Denilson foi a maior venda da história do futebol mundial. O equivalente a R$ 200 milhões. Acreditava que, na volta da Europa,  retornaria à 'sua casa', o Morumbi. Foi desprezado. E acabou no grande rival, o Palmeiras

Cosme Rímoli|Do R7 e Cosme Rímoli

Denilson foi jogar no Palmeiras, grande rival do São Paulo, que lhe virou as costas
Denilson foi jogar no Palmeiras, grande rival do São Paulo, que lhe virou as costas Denilson foi jogar no Palmeiras, grande rival do São Paulo, que lhe virou as costas

São Paulo, Brasil

Pentacampeão do mundo.

E cria do clube, a ponto de ter morado nas arquibancadas do Morumbi quando era menino. Tendo a companhia de várias promessas tricolores, como Rogério Ceni.

16 anos não foram suficientes para desfazer a imensa mágoa que sente pelo São Paulo Futebol Clube.

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E o amor que descobriu pelo grande rival Palmeiras.

Em entrevista exclusiva ao canal do Cosme Rímoli, Denilson detalhou com toda a tristeza o que viveu no clube que era dono do seu coração.

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"Era lógico que eu voltaria da Europa ao São Paulo, ao clube que me lançou para o mundo. Com quem tinha uma ligação profunda de carinho, vontade de retribuir tudo o que fez por mim.

"Até porque eu acredito ter ajudado o clube, com a minha venda. [Os 32 milhões de dólares em 2007, recebidos pelo São Paulo com a ida do jogador para o Betis, convertidos para 2023, chegam perto de R$ 200 milhões. Foi a negociação mais alta do futebol mundial na época. Com o dinheiro, o São Paulo reformou o Morumbi. E equilibrou suas finanças.] Nunca esperaria o que aconteceu.

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"Eu não estava contundido, queria manter a minha forma física no clube. Estava voltando do Al-Nassr, da Arábia, em 2007. Fui ao clube que acreditava ser minha casa. E pedi para treinar, nada mais do que isso.

"No primeiro dia, tudo bem. Fui muito bem recebido pelos jogadores. Encontrei o Muricy [que era o treinador na época]. E ele já me perguntou: 'Veio ajudar a gente aí?'. Estava muito feliz.

"Mas, no segundo dia, de repente chega o (Ricardo) Sassaki, todo sem graça. E me diz que o diretor de futebol na época, João Paulo de Jesus Lopes, queria falar comigo sobre continuar treinando no São Paulo.

"Fui para a sala dele, perguntei se poderia continuar treinando fisicamente no clube e ele me disse 'não'. Eu nem retruquei ou implorei. Apenas virei as costas e fui embora. Mas lógico que aquilo me doeu muito.

"Eu não queria acreditar no que havia acontecido. Estava muito magoado, muito mesmo. Foi quando o advogado Breno Tanuri, que é meu amigo, me ligou. E eu disse o que havia acontecido. Ele desligou me mandando esperar.

"Ele ligou em seguida e disse que o Toninho Cecílio, que na época era coordenador de futebol do Palmeiras, me autorizava a treinar no clube.

"Palmeiras, meu? Os caras do São Paulo vão me matar. Sempre foi o nosso grande rival. E o Breno respondeu: 'Você vai ficar chorando pelo São Paulo, depois do que eles fizeram com você?'. Ele tinha razão.

"Fui para o CT do Palmeiras, no dia seguinte. Cheguei com o coração na mão. Mal cheguei, o Toninho me deu o maior apoio. Falei que treinaria em outro período, não queria atrapalhar ninguém. Ele respondeu 'de jeito nenhum'. E passei a treinar com os jogadores, que me acolheram com muita amizade, carinho.

"O que o Palmeiras fez comigo foi inesquecível. Com um jogador que era do grande rival. E justo o que tinha o meu marcador mais duro, que mais 'chegava junto', o Galeano.

"Fiquei muito orgulhoso de ter terminado a minha carreira no Brasil no Palmeiras.

"Passei anos sem pisar no São Paulo. Hoje, a situação melhorou.

"Mas, eu não tenho dúvida em falar, quando me perguntam se sou palmeirense ou são-paulino.

"Torço pelos dois, de verdade.

"Tenho muito respeito, gratidão pelo clube que nasci, que me lançou para o mundo. Me deu abertura para conquistar tudo o que conquistei. Porém, a tristeza que senti com aquele 'não', nunca vai passar.

"Mas meu coração também é do Palmeiras, clube que me ajudou na hora mais dolorida, mais difícil para mim como jogador. Que eu sempre vi como rival. E me deu todo o respeito e carinho que eu jamais pensei que fosse receber.

"Joguei um ano no Palmeiras, ganhamos o Paulista.

"Parece que foram dez anos. Sou tratado como um grande ídolo.

"Como não posso não gostar desse clube?"

Mais histórias e revelações de Denilson no dia 30, no YouTube.

Lá já estão entrevistas exclusivas com Casagrande, Milton Neves, Silvio Luiz, PVC, Wagner Ribeiro, André Henning.

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